Estudo farmacobotânico e prospecção fitoquímica de Mirabilis jalapa L

Autores

  • Gabriel Melo Santana Instituto Federal de Pernambuco
  • Carlos Henrique da Silva Ribeiro Instituto Federal de Pernambuco
  • Felipe Ribeiro Silva Universidade Federal de Pernambuco
  • Cledson dos Santos Magalhães Universidade Federal de Pernambuco
  • Karina Perrelli Randau Universidade Federal de Pernambuco

DOI:

https://doi.org/10.48017/dj.v8i2.2510

Palavras-chave:

Anatomia, Histoquímica, Batata-doce

Resumo

Mirabilis jalapa L., conhecida popularmente como “Maravilha”, pertencente à família Nyctaginaceae Juss., é utilizada na medicina popular para tratar leucorreia, coceiras, inchaço, dentre outras enfermidades. O estudo teve o objetivo de descrever características anatômicas de raiz, caule e folha; identificar os locais de acúmulo de metabolitos nas folhas e realizar a prospecção fitoquímica das folhas de M. jalapa. No estudo realizado, foram utilizados métodos usuais em anatomia vegetal na preparação das análises de lâminas semipermanentes contendo secções transversais da raiz, caule, pecíolo e lâmina foliar e paradérmicos da lâmina foliar de M. jalapa. Também foram realizados testes histoquímicos, a fim de localizar os metabólitos na lâmina foliar através de secções transversais e prospecção fitoquímica de extratos metanólicos das folhas, por meio da Cromatografia em Camada Delgada. Para a raiz foram observadas camadas de periderme e feloderme; no caule a presença de floema tanto próximo ao xilema quanto ao esclerênquima; na lâmina foliar foram observados cristais do tipo ráfide apenas na região do mesofilo, e apresentando lâmina foliar anfiestomática. Para histoquímica foi observado que os cristais são de oxalato de cálcio, além de observar compostos fenólicos, alcaloides, esteroides, compostos lipofílicos e lignina. Na fitoquímica foi identificado mono e sesquiterpenos, triterpenos e esteroides, flavonoides, derivados cinâmicos e açúcares redutores. Os resultados apresentados são fundamentais para o controle de qualidade da droga vegetal e a padronização farmacobotânica da espécie estudada.

Métricas

Carregando Métricas ...

Referências

Aher, A. N. Kavita, B., Sunanda, M., Shubhangi, B. (2016). Pharmacognostic, Phytochemical and Pharmacological Investigation on Leaf and Root of Mirabilis jalapa Linn (Nyctaginaceae). International Journal Pharmaceutical Science, v. 40, n. 2, p. 132-136,

Al-Garaawi, N. I.; Ali, A. M.; Abu-Serag, N. A. (2021). Anatomical Study to the Vegetative Part of Two Variety of Species Mirabilis Jalapa (Nyctaginaceae) in Iraq. Annals of the Romanian Society for Cell Biology, p. 10421-10440.

Brasil (2010). Farmacopeia Brasileira. Agência Nacional de Vigilância Sanitária, Brasília.

Bukatsch, F. (1972). Bemerkungen zur Doppelfärbung Astrablau-Safranin. Mikrokosmos, v. 61, n. 8, p. 255.

Chew, S. (2010). Anatomical features of Bougainvillea (Nyctaginaceae). SURG Journal, v. 4, n. 1, p. 72-78.

Fenner, R. Betti, A. H., Mentz, L. A., Rates, S. M. K. (2006). Plantas utilizadas na medicina popular brasileira com potencial atividade antifúngica. Brazilian Journal of Pharmaceutical Sciences, v. 42, n. 3.

Flora Do Brasil (2020). Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponível em: http://floradobrasil.jbrj.gov.br/ Acesso em: 14/07/2022

Gabe, M. (1968). Techniques histologiques. Masson &Cie, Paris.

Gobbo-Neto, L.; Lopes, N. (2007). Plantas medicinais: fatores de influência no conteúdo de metabólitos secundários. Química nova, v. 30, p. 374-381,

Gogoi, J., Nakhuru, K. S., Policegoudra, R. S., Chattopadhyay, P.,Rai, A. K., Vier, V. (2016). Isolation and characterization of bioactive components from Mirabilis jalapa L. radix. Journal of Traditional and Complementary Medicine, v. 6, n. 1, p. 41-47.

Harbone, J.B. (1998). Phytochemical methods 3.ed. London: Chapman & Hall.

Hanani, E.; Prastiwi, R.; Karlina, L. (2017). Indonesian Mirabilis jalapa Linn.: a pharmacognostical and preliminary phytochemical investigations. Pharmacognosy Journal, v. 9, n. 5.

Jensen, W. A. (1962). Botanical histochemistry, principles and practice. W. H. Freeman, San Francisco.

Johansen, D. A. (1940). Plant Microtechnique. Mc Graw Hill, New York.

Kraus, J. E; Arduin, M. (1997). Manual básico de métodos em morfologia vegetal. EDUR, Rio de Janeiro.

Lorenzi H., Souza, H.M. (1999). Plantas ornamentais do Brasil: arbustivas, herbáceas e trepadeiras. 2ed. Editora Nova Odessa, SP, Instituto Plantarum.

Mace, M. E.; Bell, A. A.; Stipanovic, R. D. (1974). Histochemistry and isolation of gossypol and related terpenoids in root of cotton seedlings. Phytophatology, v. 64, p. 1297-1302.

Mace, M. Z.; Howell, C. R. (1974). Histochemistry and identification of condensed tannin precursors in roots of cotton seedlings. Canadian Journal Botany. 52, 2423-2426.

Markham, K. R. (1982). Techniques of flavonoid identification. London: Academic Press, p.52-61,

Metz, H. (1961). Thin-layer chromatography for rapid assays of enzymic steroid transformations. Naturwissenschaften, n.48, p.569-570.

Mohammed, M. T. (2012). Study of some Mirabilis jalapa L. leaves components and effect of their extracts on growth of pathogenic bacteria. Al-Mustansiriyah Journal of Science, v. 23, n. 6, p. 117-124.

Nath, L.R., Manjunath, K. P., Savadi, R. V., Akki, K. S. (2010). Antiinflammatory activity of Mirabilis jalapa Linn. Leaves. Journal of Basic Clinical Pharmacy, v. 1, n. 2, p. 93- 96.

Neu, R. (1956). A new reagent for differentiating and determining flavones on paperchromatograms. Naturwisenchaften. n. 43, p. 82,

Oliveira, H.V. (1854). Systema de materiamedica vegetal. Rio de Janeiro: Eduardo e Henrique Laemmert. 284 p.

Roberts, E. A. H., Cartwright, R. A., Oldschool, M. (1957). The phenolic substances of manufactured tea. I.—Fractionation and paper chromatography of water-soluble substances. Journal of ScienceFood Agriculture., v.8,p. 72-80.

Sadiq, M.E., Abubakar, H. Y., Abubakar, A. L.. Adio, H. (2018). Treatment with methanol root extract of Mirabilis jalapa suppresses postprandial hyperglycemia and dyslipidemia in diabetic rats. Nigerian Journal of Basic Applied Sciences, 26(2): 59-66.

Sass, J. E. (1951). Botanical microtechnique. The Iowa State College Press, Ames, Second Edition.

Selvakumar, P.; Kaniakumari, D.; Loganathan, V. (2012). Phytochemical screening and antioxidant activity of red flowered Mirabilis jalapa leaf in different solvents. International Journal of Pharmacology and Biology Science, v. 3, n. 4, p. 440-6.

Sharma, H. K.; Chhangte, L.; Dolui, A. (2001). Traditional medicinal plants in Mizoram. India. Fitoterapia, 72: 146-161.

Stiasny, E. The qualitative and differenciation of vegetable tannins, Collegium, p. 483-499, 1912

Wagner, H., Bladt. S. Plant Drug Analyses. 2ed. New York : Springer, p. 384, 1996.

Walker C.I., Trevisan, G., Rossato, M. F., Franciscato, C., Pereira, M. E., Ferreira, J.,Manfron, M. P. (2008). Antinociceptive activity of Mirabilis jalapa in mice. Journal Ethnopharmacology, 120(2):169-75.

Watthanachaiyingcharoen, R., Uttasin, P., Potaros, T., Suppakpatana, P. (2010). Proteins from Mirabilis jalapa possess anticancer activity via an apoptotic pathway. Journal of Health Research, v. 24, n. 4, p. 161-165.

Zhou J.Y., Zhou, S. W., Zeng, S. Zhou, J., Jiang, M., He, Y. (2012). Hypoglycemic and Hypolipidemic effects of ethnolic extract of Mirabilis jalapa L. Root on normal and diabetic mice. Evidence Based Complementary and Alternative Medicine, 1-10.

Publicado

2023-04-10

Como Citar

Melo Santana, G., da Silva Ribeiro, C. H., Ribeiro Silva, F., dos Santos Magalhães, C., & Randau, K. P. (2023). Estudo farmacobotânico e prospecção fitoquímica de Mirabilis jalapa L. Diversitas Journal, 8(2), 886–895. https://doi.org/10.48017/dj.v8i2.2510

Artigos mais lidos pelo mesmo(s) autor(es)

Artigos Semelhantes

Você também pode iniciar uma pesquisa avançada por similaridade para este artigo.