Por uma geografia das comunidades tradicionais: metodologias participativas para a compreensão dos etnosolos na Colônia Z-29, Jaramataia-Alagoas
DOI:
https://doi.org/10.17648/diversitas-journal-v5i1-1010Resumo
RESUMO: Este artigo tem como proposta discutir a importância do uso de metodologias participativas em pesquisas relacionadas a comunidades tradicionais. O Brasil possui inúmeras expressões culturais, e, por isso mesmo, comunidades indígenas, quilombolas, camponesas, pesqueiras, entre outras, mantêm relações socioespaciais singulares em seus territórios. A ciência tradicional hegemônica invisibilizou, por muito tempo, questões de pesquisa por meio de metodologias frias e escritas parciais que não alcançavam o território identitário dessas comunidades. Parte-se aqui da experiência de pesquisas realizadas na Colônia Z-29, no Povoado São Pedro, em Jaramataia, Alagoas, para compreender como saberes e fazeres ancestralizados são acionados para classificar, por meio de chaves de identificação, diferentes tipos de solos e seus usos. A partir da participação observante, foram realizadas rodas de conversa que foram potencializadas com o uso da técnica da mística, buscando conhecer as cosmologias pesqueiras com relação aos solos registradas em diário de campo do método geoetnográfico. Destaca-se que a abordagem etnopedológica não serviu apenas para classificar os solos partindo dos saberes tradicionais, mas refletiu a identidade, a coletividade e a ancestralidade de um povo que precisa de uma outra escrita acadêmica tão potente quanto suas oralidades.
PALAVRAS-CHAVE: Saberes e fazeres, Chaves de identificação, Participação observante, Geoetnografia, Rodas de conversa.
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Copyright (c) 2020 Jackson Pereira, Matteus Freitas de Oliveira, José Lucas Nunes de Farias
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