Notas sobre redes de proteção: facção, família e crime em periferias urbanas de Alagoas

Autores

  • Fernando de Jesus Rodrigues UFAL
  • Ada Rízia Barbosa da Silva UFAL
  • Alana Barros Santos UFAL

DOI:

https://doi.org/10.17648/diversitas-journal-v5i3-1226

Resumo

Este artigo trata do acervo de compreensões e práticas nativamente expressas como família e facção entre homens e mulheres que atuam no crime em Alagoas, particularmente no tráfico de drogas e mercadorias roubadas. Em torno do repertório de interlocutores, analisamos relações entre redes criminais, de proteção e conflitos cotidianos. O artigo divide-se em três partes. Na primeira, descrevemos três situações etnográficas em que as noções de família e facção são distintamente manuseadas. Na segunda, acompanhamos a trajetória da jovem Vitória, interna na unidade socioeducativa feminina. Nela, analisamos significados do repertório e a posição relacional das referências às noções nativas de família e facção em situações de conflito na figuração pós-ruptura da aliança CV-PCC (2016) em quebradas de Alagoas. Na última parte, argumentamos que os padrões de regulação do uso da força em conflitos cotidianos, como os familiares, desejos de posse e controle do outro, interesses de lucro ou reputação vinculadas às bocas e biqueiras tornam porosas e mutantes as referências às famílias e facções. A partir de uma abordagem que foca em figurações e redes de interdependências, analisa-se como dimensões da política em periferias urbanas moldam-se conectadas a redes de proteção socioafetivas como amizades, consideração e respeito expressos em símbolos de grupos, como família e facção.

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Biografia do Autor

Ada Rízia Barbosa da Silva, UFAL

Mestranda em sociologia, aluna do Programa de Pós-graduação em Sociologia (ICS/UFAL). Bacharela em Ciências Sociais pelo Instituto de Ciências Sociais (ICS) da UFAL (2018). Membro do Grupo de Pesquisa Periferias, Afetos e Economia das Simbolizações (GruPPAES), atuando na linha de pesquisa Cultura, Tensões Socioambientais e Padrões Sociais de Controle e Autocontrol.

Alana Barros Santos, UFAL

Mestranda no Programa de Pós Graduação em Sociologia da UFAL. Bacharel em Ciências Sociais pela Universidade Federal de Alagoas. Membro do GRUPPAES (Grupo de Pesquisa Periferia, Afeto e Economia das Simbolizações). Atualmente é bolsista da CAPES (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior). Tem experiência na área de Sociologia, atuando principalmente nos seguintes temas: sistema socioeducativo, mercado ilícito, periferia, gênero e famíli.

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Publicado

2020-07-08

Como Citar

Rodrigues, F. de J., Silva, A. R. B. da, & Santos, A. B. (2020). Notas sobre redes de proteção: facção, família e crime em periferias urbanas de Alagoas. Diversitas Journal, 5(3), 2297–2316. https://doi.org/10.17648/diversitas-journal-v5i3-1226

Edição

Seção

Dossiê Temático - Teorias da Sociedade em Rede