Tratamento térmico e biológico de sementes de alface no controle de fungos fitopatogênicos
DOI:
https://doi.org/10.48017/dj.v7i2.2072Palavras-chave:
Controle alternativo, Fitopatógenos, Lactuca sativa L.Resumo
A qualidade sanitária de sementes de alface (Lactuca sativa L.) é um atributo fundamental para garantir o estabelecimento da cultura e na redução dos custos da lavoura. Por isso, o objetivo deste trabalho foi avaliar a qualidade sanitária e o efeito do tratamento térmico e biológico no controle de fungos fitopatogênicos associados a sementes de alface cultivar ‘Simpson’. A avaliação sanitária foi realizada por meio do método Blotter Test. Durante o térmico, as sementes foram submetidas a diferentes combinações de temperatura (45, 48 e 50º C) e tempo (25 e 30 min.) em banho-maria. Já, na realização do tratamento biológico, as sementes foram microbiolizadas com isolados de Bacillus methylotrophicus (MGSS B271, MGSS B272 e MGSS B273), B. amyloliquefaciens (MGSS B274) e B. thuringiensis (MGSS B275). Após os tratamentos, foi avaliada a incidência, o percentual de controle dos patógenos e a porcentagem de germinação das sementes. No teste de sanidade das sementes de alface, Aspergillus fumigatus foi a espécie com maior incidência. O tratamento térmico a 48º C/ 25 min e 51 ºC/ 30 min, e o biológico com os isolados MGSS B271, MGSS B273 e MGSS B275 foram os mais eficientes no controle de fungos fitopatogênicos associados às sementes de alface.
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