Análise arqueológica do discurso de ódio que é uma forma de negar os direitos humanos
DOI:
https://doi.org/10.48017/dj.v7i2.2086Palavras-chave:
Discurso de ódio, Direitos Humanos, Arqueologia.Resumo
Este artigo demonstrou de maneira sucinta como o discurso de ódio representa uma grave ameaça a sociedade atual, uma vez que ele nega as conquistas da humanidade advindas da Declaração Universal dos Direitos do Homem (ONU, 1948) que lançou as bases de uma nova sociedade que precisou surgir dos escombros da destruição da Segunda Guerra Mundial (1939-1945). Em seguida discorro sobre a importância que a escola possui na promoção dessas conquistas, uma vez que o seu espaço está voltado tanto a dialogicidade (FREIRE, 1966) quanto a dialética (MARX; ENGELS, 2001). Assim, por meio de uma relação cotidiana formativa todos os grupos que fazem parte da escola desfrutam desse processo humanização que se constrói através de uma série de relações com ênfase nos princípios basilares efetivos da DUDH (ONU, 1948) que vão se consolidando nas gerações. A abordagem teórico-metodológica usada para analisar os achados desta pesquisa foi Análise Arqueológica do Discurso (AAD), de Michel Foucault (2015). E, foi por meio dos pressupostos dessa abordagem que investiguei o discurso de ódio na sociedade brasileira. No qual, a partir dos pressupostos operatórios pude encontrar sete séries enunciativas que logo são comunicadas por meio da análise-descritiva dos mesmos, que desta forma ajudam a sociedade a ver e compreender melhor como se dá o modus operandi desse tipo de discurso.
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Referências
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