Estado nutricional, consumo alimentar e prática de atividade física em adultos no Nordeste Brasileiro

Autores

  • Andrea Gomes Santana de Melo Universidade Federal do Piaui - UFPI
  • José Jenivaldo de Melo Irmão INSTITUTO FEDERAL DE ALAGOAS - IFAL

DOI:

https://doi.org/10.48017/dj.v7i2.2127

Palavras-chave:

Sobrepeso, Obesidade, Hábito de vida.

Resumo

A alimentação e nutrição são condições indispensáveis à saúde humana. Os desvios nutricionais constitui base para o surgimento de doenças que atingem a população. O objetivo do estudo foi investigar o estado nutricional e hábitos de vida saudáveis da população adulta. O estudo é descritivo, transversal, com coleta de dados secundários na base de dados do Sistema Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel), do ano de 2019.  A população investigada foram adultos maiores de 18 anos residentes nas capitais do nordeste brasileiro. As variáveis estudadas foram sobrepeso, obesidade, consumo de frutas, verduras e legumes e a prática de atividade física. Dos 18.557 indivíduos avaliados, 65,1% eram mulheres e 34,9% homens. O excesso de peso e a obesidade estiveram presentes em todas as capitais avaliadas, com maiores ocorrências em mulheres. O sobrepeso foi mais prevalente em Recife e Salvador e a obesidade em Recife, Maceió e João Pessoa. A ingestão de frutas, legumes e verduras foi mais comum em mulheres originárias de Recife e Aracaju, assim como a prática de atividade física nas capitais de Salvador e Maceió. De um modo geral, as mulheres apresentaram maiores riscos nutricionais, melhor consumo da tríade de alimentos e adesão à prática de exercícios físicos.  Independente do sexo, ações mais especificas de promoção da saúde precisam ser desenvolvidas, considerando as especificidades de cada grupo populacional.

Métricas

Carregando Métricas ...

Biografia do Autor

Andrea Gomes Santana de Melo, Universidade Federal do Piaui - UFPI

Professora da Universidade Federal do Piauí (UFPI/CSHNB) – Campus Picos; Doutora em Saúde e Ambiente.

José Jenivaldo de Melo Irmão, INSTITUTO FEDERAL DE ALAGOAS - IFAL

Professor do Instituto Federal de Alagoas (IFAL/MD) – Campus Marechal Deodoro. Mestre em Desenvolvimento e Meio Ambiente.  

Referências

ABESO. Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica. Diretrizes Brasileiras de Obesidade 4ª edição. São Paulo. Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica. 2016. Disponível em: diretrizes-download-diretrizes-brasileiras-de-obesidade-2016.pdf (abeso.org.br)

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Programa Academia da Saúde: caderno técnico de apoio a implantação e implementação [recurso eletrônico] / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Atenção Básica. – Brasília: Ministério da Saúde, 2018. 220 p.

BRASIL. VIGITEL BRASIL 2018 [Internet]. Ministério da Saúde. 2019.Availablefrom:https://portalarquivos2.saude.gov.br/images/pdf/2019/julho/25/vigitel-brasil-2018.pdf

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Guia alimentar para a população brasileira / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Atenção Básica. – 2. ed., 1. reimpr. – Brasília: Ministério da Saúde, 2014. 156 p.

BOTTCHER, L.B. Atividade Física como ação para promoção da saúde: Um ensaio crítico. Revista Eletrônica Gestão & Saúde (Edição especial), 2019.

BUSS, P.M., CHAMAS, C.; FAID,M. et al. Development, health, and international policy: the research and innovation dimension. Cad. Saúde Pública, v.32(2)e-00046815, 2016, p. 1-12.

COSTA I.F.A.F, MEDEIROS C.C.M, COSTA F.D.A.F, et al. Adolescents: behavior and cardiovascular risk. J Vasc Bras.,v.16, n.3 p.205-13, 2017.

DAMIANI, T.F., PEREIRA, L.P.; FERREIRA, M.G. Consumo de frutas, legumes e verduras na Região Centro-Oeste do Brasil: prevalência e fatores associados. Ciência & Saúde Coletiva, v.22, n.2, p. 369 -372, 2017.

DUTRA, M.S.; FREITAS, T.M.R.; PORTO, E.F. A influencia do sobrepeso e obesidade sobre o estilo de vida. Life Style Journal, v.4, n.1, p.15-30, 2017.

FRUH, S.M. Obesity: risk factors, complications, and strategies for sustainable long-term weight management. Journal of the American Association of Nurse Practitioners, v.29, n.1, p.3-14, oct. 2017.

GARVEY, W.T., MECHANICK, J.I.; BRETT, E.M et al. American Association Of Clinical Endocrinologists And American College Of Endocrinology Comprehensive Clinical Practice Guidelines For Medical Care Of Patients With Obesity. Endrocrine patrice, v.2, n.3, p1-203, 2016.

JESUS, L.A.S.; GRAVINA, M.P.L.; NETO, M;N.F . et al. Exercício físico e obesidade: prescrição e benefícios. HU Revista, v.44, n.2, p. 269-276, 2018.

LEÃO, A.L.M.; SANTOS, L.C. Consumo de micronutrientes e excesso de peso: existe relação? Revista Brasileira de Epidemiologia, v.15, n.1, p.85-95, 2012.

MACHADO, R.H.V.; FEFERBAUM, R., LEONE, C. Consumo de frutas no Brasil e prevalência de obesidade. J. Hum. Growth Dev., v.26, n.2, p. 234-252. 2016.

MARTINS, K.P.S.; SANTOS, V.G.; LEANDRO, B.B.S et al. Transição Nutricional No Brasil De 2000 A 2016, com Ênfase na Desnutrição E Obesidade. ASKLEPION: Informação em Saúde, v. 1, n.2, p. 113-132, 2020.

PEREIRA, I. F. S.; SPYRIDES, M. H. C.; ANDRADE, L. M. B. Estado nutricional de idosos no Brasil: uma abordagem multinível. Cad. Saúde Pública, v. 32, n. 5, 2016.

REIS, D.F.D.; SOUZA, F.S.; JESUS, J.D.S et al. Atividade física ao ar livre e a influência na Qualidade De Vida. Colloquium Vitae, v. 9, n. Especial, p.191-201, 2017.

SILVA, D.S.; SILVA, R.J.S. Associac¸ão entre prática de atividade física com consumo de frutas, verduras e legumes em adolescentes do Nordeste do Brasil. Rev. Paul Pediatr. v.32, n.2, p. 167-173, 2015

TAGLIETTI, R.L.; RIEPE, S.B.; MARONEZI, T.B.; TEO,C.R.P.A. Tratamento nutricional para redução de peso: aspectos subjetivos do processo. Revista Brasileira de Obesidade, Nutrição e Emagrecimento. v.12; n.69. p. 101-109, 2018.

TEIXEIRA, B. D. A. Caracterização dos fatores de escolha e compra de Frutas e Hortaliças pela população adulta do Distrito Federal. Universidade de Brasília. Departamento de Nutrição. Programa De Pós-Graduação Em Nutrição Humana. BRASÍLIA, 2013.

WANNMACHER, L. Obesidade como fator de risco para morbidade e mortalidade: evidências sobre o manejo com medidas não medicamentosas. Brasília: Organização Pan- Americana de Saúde/Organização Mundial de Saúde. v.1, n.7. p. 1-10, 2016.

WENDT, A.; CARVALHO, W. R. G. de; SILVA, I. C. M.; MIELKE, G. I. Preferências de atividade física em adultos brasileiros: resultados da Pesquisa Nacional de Saúde. Revista Brasileira de Atividade Física & Saúde, v. 24, p. 1–9, 2019.

WHO. World Health Organization. Physical activity (2020). Disponível: Physical activity (who.int) Acesso em: 11 de janeiro de 2022.

WORLD CANCER RESEARCH FUND / American Institute for Cancer Research. Food, Nutrition, Physical Activity, and the Prevention of Cancer: a Global Perspective. Washington DC: AICR; 2007.

RENDEIRO, L. C.; FERREIRA, C. R.; SOUZA, A. A. R et al. Consumo alimentar e adequação nutricional de adultos com obesidade. RBONE - Revista Brasileira de Obesidade, Nutrição e Emagrecimento, v. 12, n. 76, p. 996-1008, 2019.

ROPKE, L. M.; SOUZA, A. G.; BERTOZ, A. P. DE M et al. Efeito da atividade física na qualidade do sono e qualidade de vida: revisão sistematizada. Archives of Health Investigation, v. 6, n. 12, 29 jan. 2018.

Arquivos adicionais

Publicado

2022-04-02

Como Citar

Melo, A. G. S. de, & Irmão, J. J. de M. (2022). Estado nutricional, consumo alimentar e prática de atividade física em adultos no Nordeste Brasileiro. Diversitas Journal, 7(2). https://doi.org/10.48017/dj.v7i2.2127