Avaliação da sensibilidade micelial a fungicidas de Colletotrichum spp. associadas à atemoia no estado de Alagoas.
DOI:
https://doi.org/10.48017/dj.v8i1.2420Palavras-chave:
antracnose, anonáceas, controle químicoResumo
R E S U M O
A antracnose, causada por Colletotrichum spp., é uma importante doença da atemoia causando danos tanto na pré como na pós-colheita. Os sintomas desta doença variam de antracnose foliar, abortamento de flores, queima de ramos e lesões necróticas nos frutos. Conhecer a ação de determinados fungicidas no combate ao agente etiológico é essencial para desenvolver técnicas de controle. O trabalho teve como objetivo avaliar a sensibilidade micelial de Colletotrichum spp., provenientes de atemoia, aos fungicidas tiofanato metílico, azoxistrobina e tebuconazole. Para determinar a sensibilidade das espécies de Colletotrichum aos fungicidas foi avaliado o crescimento micelial em meio de batata-dextrose-ágar (BDA) sintético suplementado com fungicida. Os fungicidas foram dissolvidos em dimetilsulfóxido (DMSO) e adicionados ao meio de cultura fundente (45°C), para alcançar as concentrações de 0.0, 0.1, 0.5, 1.0, 5.0 e 10 μg/ml-1 de i.a. O crescimento micelial de cada colônia foi mensurado diariamente para obter o índice de crescimento micelial (ICM). A EC50 também foi calculada. Após o cálculo da EC50, as espécies de Colletotrichum foram classificadas em três categorias de sensibilidade, onde: EC50: <10 μg/ml-1: alta sensibilidade (AS); EC50: 10-100 μg/ml-1: moderada sensibilidade (MS); EC50: 100-500 μg/ml-1: insensibilidade (I). As espécies C. theobromicola, C. fruticola, C. siamense e C. karstii foram altamente sensíveis aos fungicidas tebuconazole e tiofanato metílico. O fungicida azoxistrobina se mostrou eficiente no controle in vitro da espécie C. theobromicola, porém, se mostrou ineficiente para o controle da espécie C. siamense. As espécies C. fruticola e C. karstii foram moderadamente sensíveis ao fungicida azoxistrobina.
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