Avaliação da sensibilidade micelial a fungicidas de Colletotrichum spp. associadas à atemoia no estado de Alagoas.

Autores

  • Walisson Ferreira da Silva UFAL
  • Jockeliny Mayara Câmara dos Santos Universidade Federal de Alagoas (UFAL)
  • Jackeline Laurentino Universidade Federal de Alagoas (UFAL)
  • Kevison Romulo da Silva França Universidade Federal de Alagoas (UFAL)
  • Jaqueline Figueredo de Oliveira Costa Universidade Federal de Alagoas
  • Gaus Silvetre de Andrade Lima Universidade Federal de Alagoas (UFAL)
  • Iraildes Pereira Assunção Universidade Federal de Alagoas (UFAL)

DOI:

https://doi.org/10.48017/dj.v8i1.2420

Palavras-chave:

antracnose, anonáceas, controle químico

Resumo

R E S U M O

A antracnose, causada por Colletotrichum spp., é uma importante doença da atemoia causando danos tanto na pré como na pós-colheita. Os sintomas desta doença variam de antracnose foliar, abortamento de flores, queima de ramos e lesões necróticas nos frutos. Conhecer a ação de determinados fungicidas no combate ao agente etiológico é essencial para desenvolver técnicas de controle. O trabalho teve como objetivo avaliar a sensibilidade micelial de Colletotrichum spp., provenientes de atemoia, aos fungicidas tiofanato metílico, azoxistrobina e tebuconazole. Para determinar a sensibilidade das espécies de Colletotrichum aos fungicidas foi avaliado o crescimento micelial em meio de batata-dextrose-ágar (BDA) sintético suplementado com fungicida. Os fungicidas foram dissolvidos em dimetilsulfóxido (DMSO) e adicionados ao meio de cultura fundente (45°C), para alcançar as concentrações de 0.0, 0.1, 0.5, 1.0, 5.0 e 10 μg/ml-1 de i.a. O crescimento micelial de cada colônia foi mensurado diariamente para obter o índice de crescimento micelial (ICM). A EC50 também foi calculada. Após o cálculo da EC50, as espécies de Colletotrichum foram classificadas em três categorias de sensibilidade, onde: EC50: <10 μg/ml-1: alta sensibilidade (AS); EC50: 10-100 μg/ml-1: moderada sensibilidade (MS); EC50: 100-500 μg/ml-1: insensibilidade (I). As espécies C. theobromicola, C. fruticola, C. siamense e C. karstii foram altamente sensíveis aos fungicidas tebuconazole e tiofanato metílico. O fungicida azoxistrobina se mostrou eficiente no controle in vitro da espécie C. theobromicola, porém, se mostrou ineficiente para o controle da espécie C. siamense. As espécies C. fruticola e C. karstii foram moderadamente sensíveis ao fungicida azoxistrobina.

 

Métricas

Carregando Métricas ...

Referências

Agrolinkfit (2022). Bula Amistar 500 WG. Disponível em: https://www.agrolink.com.br/agrolinkfito/produto/amistar-500-wg_7485.html. Acesso em: 21 abr. 2022.

Agrolinkfito (2022). Bula Folicur 200 EC. Disponível em: https://www.agrolink.com.br/agrolinkfito/produto/folicur-200-ec_3145.html. Acesso em: 25 abr. 2022.

Agrolinkfito (2022). Bular cercobin. Disponível em: https://www.agrolink.com.br/agrolinkfito/produto/cercobin-875-wg_10619.html. Acesso em: 26 abr. 2022.

Bonaventure, L. (1999). El cultivo de la chirimoya y de su híbrido atemoya en Brasil. Acta Horticulturae, (497), p.147-151

Celoto, M. I. B., Papa, M. F. S., Sacramento, L. V. S., & Celoto, F. J. (2011) Atividade antifúngica de extratos de Momordica charantia L. sobre Colletotrichum musae. Revista Brasileira de plantas medicinais, v. 13(3), p. 337-341

Chatrou, L.W., Pirie, M.D., Erkens, R.H.J., Couvreur, T.L.P., Neubig, K.M., Abbott, J.R., Mols, J.B., Maas, J.W., Saunders, R.M.K., & Chase, M.W. (2012) A new subfamilial and tribal classification of the pantropical flowering plant family Annonaceae informed by molecular phylogenetics. Botanical Journal of the Linnean Society, v.169 (1), p. 5- 40

Couvreur, T.L.P., Maas, P.J.M., Meinke, S., Johnson, D.M., & Keßler, P.J.A. (2012). Keys to the genera of Annonaceae. Botanical Journal of Linnean Society, v. 169 (1), p. 74-83

Donadio, L.C. (2010) História da Fruticultura Paulista. Jaboticabal, 400p.

Edgington, L. V., Khew, K. L., Barron, G. L. (1971) Fungitoxic spectrum of benzimidazoles compounds. Phytopathology, v. 61, p. 42-44.

Ferreira, G., Guimarães, V. F., Pinho, S. Z., Oliveira, M. C., Richart, A., Braga, J. F., Dias, G. B. (2006) Curva de absorção de água em sementes de atemóia (annoma cherimola mill. X anona squamosa l.) Cv. Gefner. Revista Brasileira de Fruticultura, v.28 (1), p. 121-124

Ferreira, G., La Cruz-Chacón, I., Boaro, C.S.F., Baron, D., & Lemos, E.E.P. (2019a). Propagation of Annonaceous plants. Revista Brasileira de Fruticultura, v.41(1), p.1-14

Firmino, A.C., Tozze Junior, H.J., Tamelini, B.R., Nosaki, D.N., Furtado, E.L. (2014) Identificação de espécies de Colletotrichum associados à antracnose em plantas de atemóia e colonização do fungo nos frutos. Summa Phytopathologica, v. 40( 4), p. 323-328.

Junqueira, N. T. V., Cunha, M. M., Junqueira, K. P. (2003). Doenças e Pragas de anonáceas. In: I. Manica. (orgs.), Frutas anonáceas: ata ou pinha, atemólia, cherimólia e graviola: tecnologia de produção, pós-colheita e mercado. (pp.387-440). Cinco Continentes Editora.

Junqueira, N.T. et al. (2001) Principais doenças da fruteira do conde no cerrado. Planaltina - DF: EMBRAPA CERRADOS.

kavati, R. (1992). O cultivo de atemóia. In: Donadio, L. C.; Martins, A. B.G., Valente, J. P. Fruticultura tropical. (pp. 39-70P. FUNEP.

Lemos, E.E.P. (2014). A produção de anonáceas no Brasil. Revista Brasileira de Fruticultura, v. 36(SPE1), p. 77-85

Lima, N. B. L. 2013. Etiologia e epidemiologia das espécies de Colletotrichum relacionadas com a antracnose em frutos de mangueiras no Nordeste brasileiro, tese de doutorado, Universidade Federal de Pernambuco

Miranda, A.R.G.S. 2018. Sensibilidade a fungicidas e à solução salina de espécies de Colletotrichum associadas a Capsicum no nordeste do Brasil, Trabalho de Conclusão de Curso, Centro de Ciências Agrárias.

Oliveira, M. E. F. S. (2018). Sensibilidade de espécies de Colletotrichum a fungicidas e influência de períodos de permanecia em câmara úmida sobre a severidade da antracnose em anonáceas, Tese de doutorado, Universidade Federal de Alagoas.

Pereira, H. K. A. (2018) Caracterização morfológica, molecular e sensibilidade a fungicidas de isolados de Colletotrichum spp. associados a goiabeira, Dissertação de mestrado, Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias – Unesp, Campus de Jaboticabal, Jaboticabal, 2018.

Salgado, G.H.S.S. (2021) Sensibilidade in vitro de Colletotrichum spp. Associados a Citrus sinensis a fungicidas triazois (DMI) e suas combinações às estrobilurinas (QoI). Dissertação de mestrado, Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias – Unesp, Campus de Jaboticabal.

São José, A.R., Pires, M.M., Freitas, A.L.G.E., Ribeiro, D.P. & Perez, L.A.A. (2014) Atualidades e perspectivas das anonáceas no mundo. Revista Brasileira de Fruticultura, v. 36, edição especial, p. 086-093.

Takahashi, L. M., Rosa, D.D., Basseto, M.A., & Furtado, E.L. (2009). Caracterização fisiológica, morfológica, cultural e patogênica de isolados de Colletotrichum spp. causadores da antracnose da Atemoia (Annona cherimola x Annona squamosa). Boletín de Sanidad Vegetal Plagas, v. 35, p. 115-130

Takahashi, L.M. (2008) Identificação de Colletotrichum gloeosporioides de Atemoia (Annona cherimola x Annona squamosa) por meio de caracterização patogénica, cultural e morfológica, Dissertação de mestrado, Universidade Estadual Paulista, Faculdade de Ciências Agronômicas.

Tokunaga, T. (2000). A cultura da atemoia. Campinas: CATI.

Tozze Junior, H.J. (2007). Caracterização e identificação de espécies de Colletotrichum associadas à antracnose do pimentão (Capsicum annuum) no Brasil, Tese de Doutorado, Universidade de São Paulo.

Downloads

Publicado

2023-01-10

Como Citar

Ferreira da Silva, W. ., Câmara dos Santos, J. M., Laurentino, J. ., da Silva França, K. R., Figueredo de Oliveira Costa, J., Silvetre de Andrade Lima, G. ., & Pereira Assunção, I. (2023). Avaliação da sensibilidade micelial a fungicidas de Colletotrichum spp. associadas à atemoia no estado de Alagoas. Diversitas Journal, 8(1). https://doi.org/10.48017/dj.v8i1.2420

Artigos mais lidos pelo mesmo(s) autor(es)