Articulações interdisciplinares para pensar as experiências geográficas da(s) bissexualidade(s) no espaço urbano
DOI:
https://doi.org/10.48017/dj.v10iEspecial_2.3254Palavras-chave:
não monossexualidade, Exclusão social, norma heterossexual, epistemologia bissexualResumo
O objetivo do presente artigo é produzir uma articulação entre as temáticas da(s) bissexualidade(s), a partir da perspectiva queer, às experiências geográficas no espaço urbano, a partir das contribuições de Angelo Serpa (2023). A pesquisa é qualitativa e fenomenológica, compreende-se como bibliográfica e tem finalidade exploratória. Existe um processo de invisibilização e deslegitimação nas vivências de pessoas bissexuais, tanto dentro como fora da comunidade LGBTQIAPN+. Também existe um apagamento dentro comunidade científica, conferindo a relevância teórica do estudo. A(s) bissexualidade(s) descrevem experiências de não monossexualidade, compondo vivências singulares e autônomas, sendo a bifobia a violência enfrentada. A exclusão, enquanto fenômeno psicossocial, é analisada através do conceito de sofrimento ético-político de Sawaia (2001). A cidade é composta por diversos espaços e lugares articulando-se debates sobre poder, afetos, simbolismos, segregações e representações, portanto, causam efeitos específicos em corpos não heterossexuais. A norma heterossexual incide nas relações modificando as construções das subjetividades, influenciando nas percepções sobre si e seus desejos. As experiências geográficas de pessoas bissexuais no espaço urbano precisam ser analisadas de maneira interseccional, devido a sobreposição de vetores de opressão que se cruzam e complexificam o debate.
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