Avaliação da atividade antioxidante do extrato etanólico de Melochia tomentosa Linaeus (1735).

Autores

  • Regina da Silva Acácio
  • Simone Paes Bastos Franco
  • Walter Soares Costa Filho
  • João Gomes da Costa Centro Universitário CESMAC http://orcid.org/0000-0002-0761-0755
  • Aldenir Feitosa dos Santos
  • Henrique Fonseca Goulart Professor Centro de Ciências Agrárias, UFAL

DOI:

https://doi.org/10.17648/diversitas-journal-v3i2.643

Resumo

RESUMO:O Brasil possui a maior biodiversidade do mundo e ainda não há estudos acerca de diversas espécies da flora brasileira. Nesse contexto, o gênero Melochia tem sido estudado como possível fonte de antioxidante natural alternativo. O presente trabalho teve como objetivo investigar a atividade antioxidante do extrato etanólico das partes aéreas (folhas e talos) do candieiro (Melochia tomentosa L.) e compará-la a outros antioxidantes naturais e sintéticos. Para tanto, foram realizados os testes DPPH Trolox e DPPH Quantitativo, FRAP, Teor de compostos fenólicos totais e flavonoides totais, e Prospecção fitoquímica. Comparou-se a ação antioxidante do extrato etanólico com Trolox, Ácido gálico, Quercetina e BHA, bem como com fontes de antioxidantes naturais encontradas na literatura. Os valores obtidos para compostos fenólicos totais e flavonoides foram respectivamente 1833,73 mg de equivalente ácido gálico/g de extrato seco e 133, 35 mg de equivalente de quercetina/g de extrato seco. Foi obtido para o teste do Poder Redução do Ferro (FRAP) uma concentração de 3692,76 μmol de equivalente Trolox/g de extrato seco. Foram encontradas altas atividades de sequestro para o radical DPPH com percentual de atividade antioxidante de 84,89% na concentração de 75 μg/mL, e com EC50 (Concentração da substância antioxidante necessária para reduzir em 50% a concentração inicial do DPPH) de 37,3 μg/mL. Os resultados indicaram um teor elevado de compostos fenólicos, um alto potencial no sequestro do radical DPPH e de redução do ferro, sugerindo ao candieiro elevada atividade antioxidante.

 

PALAVRAS-CHAVE: extrato vegetal; flavonoides; fenóis totais.

 

 

ABSTRACT: Brazil has the greatest biodiversity in the world and there are no studies on several species of Brazilian flora. In this context, the genus Melochia has been studied as a possible source of alternative natural antioxidant. The objective of the present work was to investigate the antioxidant activity of the aerial parts (leaves and stems) of the candle (Melochia tomentosa L.) and to compare it with other natural and synthetic antioxidants. For that, the DPPH Trolox and DPPH Quantitative, FRAP, Total phenolic compounds and total flavonoids, and Phytochemical Prospection tests were performed. It was compared the antioxidant action of the ethanolic extract with Trolox, Gallic Acid, Quercetin and BHA, as well as with sources of natural antioxidants found in the literature. The values obtained for total phenolic compounds and flavonoids were respectively 1833.73 mg of gallic acid equivalent / g of dry extract and 133, 35 mg of quercetin equivalent / g of dry extract. A concentration of 3692.76 μmol Trolox / g dry extract was obtained for the Iron Reduction Power (FRAP) test. High sequestration activities were found for the DPPH radical with a percentage of antioxidant activity of 84.89% at the concentration of 75 μg / mL and with EC50 (Concentration of the antioxidant substance necessary to reduce the initial concentration of DPPH by 50%) from 37, 3 μg / ml. The results indicated a high content of phenolic compounds, a high potential in the sequestration of the DPPH radical and iron reduction, suggesting to the candle high antioxidant activity.

 

KEYWORD: vegetable extract; flavonoids; total phenols.

Métricas

Carregando Métricas ...

Biografia do Autor

João Gomes da Costa, Centro Universitário CESMAC

Possui graduação em Engenharia Agronômica pela Universidade Federal de Alagoas (1985), mestrado em Genética e Melhoramento pela Universidade Federal de Viçosa (1995) e doutorado em Biotecnologia - RENORBIO pela Universidade Estadual do Ceará (2010). Atualmente é pesquisador da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária - Embrapa Tabuleiros Costeiros e Professor do programa de Pós-Graduação em Agricultura e Ambiente da Universidade Federal de Alagoas e Professor do Centro Universitário CESMAC. Tem experiência na área de Agronomia, com ênfase em Melhoramento Vegetal e Ecologia Química, atuando principalmente nos temas: melhoramento de frutíferas e uso de semioquímicos na agricultura. (Texto informado pelo autor)

Referências

ARRAIS, Luciana Gomes. Estudo fitoquímico e avaliação da atividade antimicrobiana e farmacológica de CrotonpulegioidesBaill. (EUPHORBIACEAE). 2012. (Dissertação de Mestrado). Universidade Federal de Pernambuco, 2012. Disponível em:<http://www.ufpe.br/ppgbi/images/documentos/dissertao_luciana.pdf>. Acesso em: 25/01/2015.

BACARIN, C. C., RIBEIRO, M. A. S., COSTA, W. F., TRUITI, M. C. T. Determinação do potencial antioxidante de flavonóides isolados da espécie vegetal Melochia arenosa BENTH. (STERCULIACEAE). Anais do XIX EAIC. 28 a 30 de outubro. Unicentro. Guarapuava, 2010

BERGAMASCHI, K. B. Capacidade antioxidante e composição química de resíduos vegetais visando seu aproveitamento. 2010. 97 f. Dissertação (Mestrado em ciências) – Escola Superiorde Agricultura “Luiz de Queiroz”, Universidade de São Paulo, Piracicaba, 2010.

BLOMHOFF, R.; et al. Health benefits of nuts: potential role of antioxidants. British Journal of Nutrition, v. 96, n. S2, p. S52-S60, 2006.

CAETANO, A. C. S. Potencial Antioxidante de Extratos de Resíduos de Acerolas (MalpighiaEmarginata D. C.) em Diferentes Sistemas Modelos e na Estabilidade Oxidativa do Óleo de Soja. 2009. 113 f. Dissertação (Mestre em Ciência e Tecnologia de Alimentos),Universidade Federal Rural de Pernambuco, Recife, 2009.

CHAVES, M.S.B et al. Fenóis totais e atividade antioxidante de cinco plantas medicinais. Quim. Nova, Teresinha, v. 30, n. 2, p.351-355, 2007.

Dimitrios, B.; Trends Food Sci. Technol. 2006, 17, 505.

ERKAN, N; AYRANCI, G; AYRANCI, E. Antioxidant activities of rosemary (Rosmarinus Officinalis L.) extract, blackseed (Nigella sativa L.) essential oil, carnosic acid, rosmarinic acid and sesamol. FoodChemistry, v.110, p. 76–82, 2008.

Fett, A.J., Viechtbauer, W., Dominguez, M., Penn, D.L., van Os, J., Krabbendam, L., 2011. The relationship between neurocognition and social cognition with functional outcomes in schizophrenia: a meta-analysis. Neurosci. Biobehav. Rev. 35, 573–588.

F.I.B. Dossiê Antioxidantes. Revista Food Ingredientes Brasil, 2009. p. 16-23, nº 6. Disponível em: http://www.revista-fi.com/materias/83.pdf. Acessado em: 20/01/2015

(FLORA é reconhecida como uma das mais importantes do mundo. Portal Brasil, 2014. Disponível em: http://www.brasil.gov.br/editoria/meio-ambiente/2012/04/flora-brasileira16. Acesso em: 9 ago. 2018.

GALLEGO, M. G.; et al. Antioxidant properties of three aromatic herbs (rosemary, thyme and lavender) in oil-in-water emulsions. Journal of the American Oil Chemists' Society, v. 90, n. 10, p.1559-1568, 2013.

GOULART, M. O. F.; et al. Espécies reativas de oxigênio e nitrogênio, antioxidants e marcadores de dano oxidative em sangue humano: principais métodos analíticos para sua determinação. Química Nova, n.30, v.5, p. 1323-1338, 2007.

KANG, Wen-Yi; LI, Cai-Fang; LIU, Yu-Xin. Antioxidant phenolic compounds and flavonoids of Mitragynarotundifolia (Roxb.) Kuntzein vitro. Medicinal chemistry research,v. 19, n. 9, p. 1222-1232, 2010.

MAGINA, Michele A.; GILIOLI, Andressa; MORESCO, Henrique H.; COLLA, Guilherme; PIZZOLATTI, Moacir G.; BRIGHENTE, Inês M. C. Atividade antioxidante de três espécies de Eugenia (Myrtaceae). Latin American JournalofPharmacy, v. 29, n. 3, p. 376-382, 2010.

MATOS F.J.A. Introdução à Fitoquímica Experimental. 2.ed. Fortaleza: UFC; 1988.

MOLINEUX, P. The use of the stable free radical diphenylpicrylhidrazyl (DPPH) for estimating antioxidant activity. J Sci Technol, v. 26, n. 2, p. 211-19, 2004.

NAVARRO, F.,K.,S.,P. Efeito do fotoperíodo na atividade locomotora e parâmetros fisiológicos em fêmeas de lambari (Astyanaxbimaculatus).UFLA, 2010. 59 f., Dissertação (mestrado) – Programa de Pós Graduação em Ciências Veterinárias: Ciências Veterinárias, Lavras, Minas Gerais, 2010.

NIKI, E. Assessment of Antioxidant Capacity in vitro and in vivo. Free Radical Biologyand Medicine, v. 49, n. 4, p. 503-515, 2010.

OGAVA, L. E. et al. Fenóis totais, efeitos alelopáticos e avaliação da atividade antioxidante do extrato etanólico de Agave sisalana. 1ª Jornada de Química da UFOBA. Barreiros-Bahia, 21 a 24/10 de 2014.

PEREIRA, D. PINHEIRO, R. S. Elaboração de hamburgueres com antioxidantes naturais Oriundos de extratos etanólicos de alecrim (rosmarinusofficinalis.l). Trabalho de Conclusãodo Curso. Universidade Tecnológica Federal do Paraná. Pato Branco, 2013.

POKORNY, J. Are natural antioxidants better and safer than synthetic antioxidants? European Journal of Lipid Science and Technology, Weinheim, 2007. v. 109, n. 6, p. 629-642.

REZENDE, L. C. Avaliação da atividade antioxidante e composição química de seis frutas tropicais consumidas na Bahia. Salvador, 2010. 118 f. Dissertação (Doutorado em Química Orgânica) - Universidade Federal da Bahia.Disponível em :<http://www.repositorio.ufba.br:8080/ri/bitstream/ri/10639/1/Tese%20Larissa%20Rezende.pdf>. Acesso em: 12/01/2015.

RUFINO, M. S. M., et al. Metodologia Científica: Determinação da Atividade Antioxidante Total em frutas pelo método de Redução do Ferro (FRAP). Comunicado técnico online. Embrapa: Fortaleza, 2006. Disponível em: http://www.cnpat.embrapa.br/download_publicacao.php?id=202. Acessadoem: 12/12/2014.

SAMMAN, S.; et al. Green tea or rosemary extract added to foods reduces nonheme-iron abosorption. American JournalofClinicalNutrition, v. 73, p. 607 - 612, 2001.

SILVA, M. G. F. Atividade antioxidante e antimicrobiana in vitro de óleos essenciais e extratos hidroalcoolicos de Manjerona (Origanummanjorana L) e manjericão (Ocimumbasilicum L.). Trabalho de conclusão de curso. Universidade Tecnológica Feeral do Paraná. PatoBranco, 2011.

SIMÕES, C. M. O.; SCHENCKEL, E. P.; GOSMAN, G.; MELLO, J. C. P.; MENTZ, L. A.; PETROVICK, P. R.. Farmacognosia: da planta ao medicamento. 4ª Ed. Porto Alegre/ Florianópolis: Ed. Universidade/UFRGS/Ed. Da UFSC, 2002.

SOARES, M.; WELTER, L.; GONZAGA, L.; LIMA, A.; MANCINI FILHO, J.; FELT, R. Avaliação da atividade antioxidante e identificação dos ácidos fenólicos presentes no bagaço de maçã CV GALA. Ciência Tecnologia de Alimentos, Campinas, v. 28, n. 3, p. 727-732, Jul./Set. 2008. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/cta/v28n3/a32v28n3.pdf>. Acesso em: 16 Fev. 2016.

SOUZA, R. O. S. Potencial antioxidante de extratos obtidos a partir de resíduos de frutos amplamente consumidos no estado do Amazonas. 2013. Dissertação (Mestrado em Ciências Farmacêuticas) – Universidade Federal do Amazonas, Faculdade de Ciências Farmacêuticas, 2013

WU, X.; et al. Lipophilic and hydrophilic antioxidant capacities of common foods in the United States. Journal of Agricultural and Food Chemistry, v. 52, p.4026 - 4037, 2004.

Downloads

Publicado

2018-09-05

Como Citar

Acácio, R. da S., Franco, S. P. B., Costa Filho, W. S., Costa, J. G. da, Santos, A. F. dos, & Goulart, H. F. (2018). Avaliação da atividade antioxidante do extrato etanólico de Melochia tomentosa Linaeus (1735). Diversitas Journal, 3(2), 412–428. https://doi.org/10.17648/diversitas-journal-v3i2.643

Edição

Seção

Dossiê Temático - O potencial bioativo de plantas