Um relato de resistência no Sertão Alagoano: a (re)organização espacial da Etnia koiupanká na Aldeia Roçado em Inhapi/ AL
DOI:
https://doi.org/10.17648/diversitas-journal-v5i2-795Resumo
RESUMO: Os indígenas nordestinos possuem em seu contexto etnográfico a luta pela herança territorial e pela autoafirmação de sua identidade etno-cultural enquanto povos nativos. No entanto, é importante ressaltar que o cenário histórico dos povos indígenas, sobretudo do Sertão Alagoano, também é marcado pelas constantes diásporas em busca de reorganização de sua aldeia, em virtude das incessantes repressões, desde o período colonial. O objetivo do trabalho é externar as dificuldades e ações de resistência da etnia alagoana Koiupanká, salientando as lutas pelo território e pela concretude de sua autoafirmação etno-cultural. Realizou-se uma aula de campo e um levantamento bibliográfico, para melhor entendimento do assunto. Debruçamo-nos teoricamente nas discussões sobre o tema em Vieira (2010; 2017), Amorim (2010), Boas (2004), Cunha (2009) bem como realizamos uma visita técnica à comunidade indígena. Com base nas informações coletadas, buscou-se destacar as atividades e manifestações culturais na Aldeia Roçado, relatar sobre a luta territorial de resistência da etnia Kouipanká e elucidar suas dificuldades e conquistas. Os Koiupanká tiveram o reconhecimento étnico, mas mesmo assim não foi suficiente para conseguir a demarcação das terras. A Escola Estadual Indígena Anselmo Bispo de Souza é uma das formas de resistência, por meio do ensino-aprendizagem, da instrução e compartilhamento de saberes, tanto culturais quanto saberes externos da sociedade não indígena. A referida escola desempenha um papel fundamental na comunidade de preservação da memória dos seus ancestrais e na formação dos alunos para que sejam participantes da transformação da sua comunidade.
PALAVRAS-CHAVE: Indígenas; Identidade; Território.
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Copyright (c) 2020 Magda Campos de Lima, João Pedro Avelino dos Santos, Regilma dos Santos da Silva
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