Qual o papel das espécies exóticas na farmacopeia local? Estudo de caso em uma comunidade rural do município de Canapi, Alagoas
DOI:
https://doi.org/10.17648/diversitas-journal-v5i4-859Resumo
RESUMO: Este estudo objetivou analisar o papel das espécies nativas e exóticas na farmacopeia local de uma comunidade rural no município de Canapi no estado de Alagoas, relacionando os dados obtidos com a Hipótese da Aparência Ecológica e da Diversificação, considerando que estas evidenciam o processo de uso de plantas medicinais em populações humanas. Foram realizadas entrevistas semiestruturada com os moradores da comunidade Lopes, utilizando a técnica bola de neve, lista livre e observação direta, com auxílio dos programas Anthopac e Bioestat para análise de dados. Foi possível perceber que as espécies exóticas e nativas desempenham um papel fundamental para a farmacopeia local, uma vez que muitos dos indivíduos dependem ou dão preferência as mesmas para curar doenças. No entanto, espécies exóticas estão sendo utilizadas em maior quantidade (p)=0.041. Também foi possível perceber que a Hipótese da Aparência Ecológica pode explicar a utilização de plantas na farmacopeia local (p)=0.0413, uma vez que os moradores da comunidade categorizam como mais importantes e utilizam espécies “não aparentes” em maior quantidade. No entanto, a Hipótese da Diversificação não explicaria utilização de plantas medicinais da farmacopeia local, (p)=0.1228, uma vez que não existem lacunas preenchidas exclusivamente por espécies exóticas na cura de doenças. Os dados deste estudo realça a importância de farmacopeias locais na vida de muitos indivíduos, apresentando a comunidade um grande saber local e cultural, que deve ser preservado e valorizado, além de contribuir para o entendimento de estudos que abordem o critério popular da utilização de plantas medicinais em populações humanas.
PALAVRAS-CHAVE: Etnobotânica, Plantas Medicinais, Medicina Popular.
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