Apresentação Dossiê:
Relatos de Experiências no Âmbito do PIBID e PRP
Abstract
O segundo dossiê temático “Relatos de Experiências no Âmbito do PIBID e PRP” do Diversitas Journal traz à baila reflexões sobre as experiências de práticas pedagógicas vivenciadas por discentes dos cursos de licenciaturas, professores da educação básica e de Instituições de Ensino Superior (IES).
Os relatos aqui apresentados foram realizados no cronotopo da pandemia Covid-19, e demonstram abertura para ações criativas mesmo que os sujeitos tenham assumido o chão da escola por trás de uma tela fria de celular e/ou computador.
Saberes necessários às práticas pedagógicas foram ressignificados de forma emergencial a partir da apreensão de uma realidade que exigiu tomada de decisão, disponibilidade para o diálogo e esperança. As narrativas dos diferentes autores e coautores refletem uma variabilidade de fazeres críticos, estéticos e éticos que contribuíram para o entendimento de que nunca foi tão fácil, parafraseando Paulo Freire, compreender que ensinar é uma especificidade humana.
O referido Dossiê se organiza em dois blocos. No primeiro bloco, aglutinam-se dez relatos de experiências vivenciados no Programa de Residência Pedagógica (PRP). No segundo bloco, reúnem-se treze trabalhos que tematizam as experiências no âmbito do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação a Docência (PIBID). Os relatos, que compõem os referidos blocos, abordam distintas perspectivas (teórica, histórica, política, metodológica, pedagógica, didática) e a partir de diferentes olhares.
Os relatos de experiências do PRP abordam diferentes objetos de reflexão, entre eles: formação de professores; impactos na aprendizagem; uso de ferramentas digitais; ensino e documentos históricos; desafios e vivencias na pandemia da Covid-19; adversidades no ensino; rubricas na avaliação; e o papel da família na aprendizagem dos discentes. Essas experiências foram desenvolvidas em diferentes contextos da educação básica e diferentes componentes curriculares (História, Geografia, Matemática, Química, entre outros).
Os resultados dos referidos relatos, sobre as experiências no PRP, de forma geral, indicam que: 1) o PRP possibilitou a imersão docente no contexto escolar, mesmo em formato remoto; 2) as rubricas, como ferramentas avaliativas, são eficientes instrumentos no que se refere à observação do desempenho dos estudantes; 3) o ensino nas escolas públicas ainda reproduzem a didática tradicional, baseada no conteúdo e na transmissão de conceitos, o que permeou uma intensa "atmosfera de desmotivação" na sala de aula; 4) o dialogo universidade-escola proporcionou uma inclusão de qualidade, pois garantiu que as necessidades cognitivas dos alunos fossem atendidas; 5) o PRP contribuiu com a melhoria na prática docente-administrativa do residente e na relação aluno/professor; 6) a didática do ensino de História ocupa lugar importância para abordar os assuntos sobre os Direitos Humanos e a ditaduras militares na América Latina; 7) a influência da família afeta diretamente no processo de desenvolvimento escolar dos alunos.
Os relatos de experiências do PIBID abordam diferentes temáticas, entre elas: formação docente; racismo estrutural na literatura brasileira; sequencias didáticas; pedagogia decolonial; práticas de leitura na infância; comunidades quilombolas; gêneros textuais; discurso político; e ferramentas digitais. Essas experiências foram desenvolvidas em diferentes etapas e modalidades da educação básica.
Concluindo o último bloco e o dossiê, os resultados das experiências no âmbito do PIBID, de forma geral, mostram que: 1) as ferramentas pedagógicas e tecnológicas utilizadas no ensino remoto foram indispensáveis para sobrepor os obstáculos da educação básica; 2) a raiva e o medo foram os principais sentimentos adquiridos durante a pandemia; 3) é preciso compreender os sujeitos em seus respectivos contextos históricos, ler o mundo e dar sentido a “Educação Libertadora”; 4) o PIBID permitiu articular a teoria pedagógica com a prática docente e vivenciar experiências e desafios dos profissionais; 5) há nos espaços educativos a necessidade de uma pedagogia decolonial nas aulas de línguas; 6) as experiências do PIBID contribuíram tanto para a aprendizagem dos estudantes de EJAI (Educação de Jovens, Adultos e Idosos) quanto para a ampliação e mudanças no processo de formação docente em relação ao uso das tecnologias digitais e de comunicação (TDICs); 7) os alunos se apropriaram do domínio de origem das competências exigidas pelo ENEM; 8) a necessidade de se (re)conhecer as especificidades e a vulnerabilidade social desses/as estudantes, o que impõe a constatação de uma privação coletiva do acesso e uso das plataformas virtuais.
Convidamos o(a)s leitore(a)s ao diálogo e a reflexões sobre os temas abordados nos relatos de experiências reunidos neste dossiê!
Additional Files
Published
How to Cite
Issue
Section
License
Copyright (c) 2022 Adelmo Fernandes de Araújo, Adriana Cavalcanti dos Santos, Chrystiane Vasconcelos Andrade Toscano, Jacqueline Praxedes de Almeida, Maria Danielle Araújo Mota, Maria Lusia de Morais Belo Bezerra, Wanderson Rodrigues Morais
This work is licensed under a Creative Commons Attribution 4.0 International License.
The Diversitas Journal expresses that the articles are the sole responsibility of the Authors, who are familiar with Brazilian and international legislation.
Articles are peer-reviewed and care should be taken to warn of the possible incidence of plagiarism. However, plagiarism is an indisputable action by the authors.
The violation of copyright is a crime, provided for in article 184 of the Brazilian Penal Code: “Art. 184 Violating copyright and related rights: Penalty - detention, from 3 (three) months to 1 (one) year, or fine. § 1 If the violation consists of total or partial reproduction, for the purpose of direct or indirect profit, by any means or process, of intellectual work, interpretation, performance or phonogram, without the express authorization of the author, the performer, the producer , as the case may be, or whoever represents them: Penalty - imprisonment, from 2 (two) to 4 (four) years, and a fine. ”