Febre Chikungunya no estado de Alagoas: Clusters de risco em quatro anos de notificação
Chikungunya fever in the state of Alagoas: Clusters of risk in four years of notification
DOI:
https://doi.org/10.48017/dj.v7i3.2076Palabras clave:
Análise espacial; Análise espaço-temporal; Epidemiologia.Resumen
A chikungunya é uma arbovirose causada pelo vírus chikungunya (CHIKV), sendo que a sua transmissão aos seres humanos ocorre por mosquitos do gênero Aedes (principalmente Aedes aegypti e Aedes albopictus). Assim, o objetivo deste estudo foi analisar a dinâmica espacial e espaço-temporal dos casos da febre de chikungunya no estado de Alagoas, Brasil, entre os anos de 2017 a 2020. Trata-se de um estudo ecológico, de série espaço-temporal com abordagens descritivas e analíticas que visou analisar os aspectos evolutivos dos casos de chikungunya. No período do estudo foram verificados 3.979 casos, sendo que o sexo feminino representou 59,9% (n = 2.383), enquanto o masculino 40,0% (n = 1.592). As faixas etárias de 20 a 39 e de 40 a 59 anos apresentaram os maiores percentuais 5,3% (n = 1.403) e 26,0% (n = 1.033) de notificação. No estado, foram identificados dois clusters de alto risco, ambos estatisticamente significativos. O cluster primário correspondendo a uma taxa de prevalência anual de 2.017,4 (RR=11,70; p-valor=<0,001) e o cluster secundário a uma taxa de prevalência anual de 43,2 (RR=1,52; p-valor=<0,001). Este trabalho é um instrumento de conhecimento e notificação aos profissionais de saúde e à população local sobre os casos de Chikungunya no estado de Alagoas. De modo que o ingresso desse arbovírus em um país já endêmico para dengue, como o Brasil, pode resultar em colapso nos serviços de saúde em períodos de epidemias simultâneas.
Métricas
Citas
AALST, Mariëlle Van; NELEN, Charlotte Marieke; GOORHUIS, Abraham; STIJNIS Cornelis; GROBUSCH, Martin Peter. Long-term sequelae of chikungunya virus disease: A systematic review. Travel Medicine and Infectious Disease, 2017. vol, 15, 8-22, https://doi.org/10.1016/j.tmaid.2017.01.004.
ANSELIN, Luc. Local Indicators of Spatial Association – LISA. 1995. Geographical Analysis. vol. 27(2), 93-115. https://doi.org/10.1111/j.1538-4632.1995.tb00338.x.
ANSELIN, Luc; BAO, Shuming. (1997). Análise exploratória de dados espaciais ligando o SpaceStat e o ArcView. In: Fischer M.M., Getis A. (eds) Desenvolvimentos Recentes em Análise Espacial. Avanços na Ciência Espacial. Springer, Berlim, Heidelberg. https://doi.org/10.1007/978-3-662-03499-6_3.
BRASIL. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, IBGE. Censo 2010. 2010. Disponível em: www.ibge.gov.br. Acesso em: 20 de agosto de 2021.
BRASIL. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, Censo 2020. 2020. Disponível em: Alagoas | Cidades e Estados | IBGE. Acesso em: 20 de agosto de 2021.
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância das Doenças Transmissíveis. Chikungunya Manejo Clínico, 2017a. Acesso em 13 de junho de 2021. Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/chikungunya_manejo_clinico.pdf.
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Monitoramento dos casos de dengue, febre de chikungunya e febre pelo vírus Zika até a Semana Epidemiológica 41 de 2017. Boletim Epidemiológico, v. 48, p: 1-13, 2017b. Disponível em: https://portalarquivos2.saude.gov.br/images/pdf/2017/novembro/07/2017-035-Monitoramento-dos-casos-de-dengue--febre-de-chikungunya-e-febre-pelo-virus-Zika-ate-a-Semana-Epidemiologica-41.pdf. Acesso em: 17 de junho de 2021.
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Monitoramento dos casos de arboviroses urbanas transmitidas pelo Aedes (dengue, chikungunya e zika), Semanas Epidemiológicas 01 a 52. Boletim Epidemiológico 02, v.51, 2020a. Disponível em: Boletim-epidemiologico-SVS-02-1-.pdf (saude.gov.br). Acesso em: 12 de julho de 2021.
BRASIL. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, IBGE. Cidades e Estados. Rio de Janeiro, 2020b. Disponível em: https://www.ibge.gov.br/cidades-e-estados/al.html. Acesso em: 20 de julho de 2021.
BRASIL. Boletim epidemiológico 48. Monitoramento dos casos de arboviroses urbanas transmitidas pelo Aedes Aegypti (dengue, chikungunya e zika), semanas epidemiológicas 1 a 46, 2020c. Disponível em: https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/media/pdf/2020/dezembro/11/boletim_epidemiologico_svs_48.pdf. Acesso em: 10 de julho de 2021.
FRUTUOSO, Livia Carla Vinhal; FREITAS, André Ricardo Ribas; CAVALCANTI, Luciano Pamplona de Góes; DUARTE, Elisabeth Carmen. Estimated mortality rate and leading causes of death among individuals with chikungunya in 2016 and 2017 in Brazil. 2020. Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical. vol. 53:e20190580. https://doi.org/10.1590/0037-8682-0580-2019.
GOMES, Adriana Fagundes; NOBRE, Aline Araújo; CRUZ, Oswaldo Gonçalves. Temporal analysis of the relationship between dengue and meteorological variables in the city of Rio de Janeiro, Brazil, 2001-2009. 2012. Cadernos de Saúde Pública. vol. 28(11) 2189-2197. https://doi.org/10.1590/S0102-311X2012001100018.
KHAN, Omar Ali; DAVENHALL, Willian; ALI, Myah; CASTILLO-SALGADO, Carlos; VAZQUEZ-PROKOPEC, Gonzalo Martín; KITRON, Uriel; MAGALHÃES, Ricardo. Jorge Soares; CLEMENTES, Archie. Geographical information systems and tropical medicine. 2010. Annals of Tropical Medicine and Parasitology. vol. 104(4), 303-318. https://doi.org/10.1179/136485910x12743554759867.
KULLDORFF, Martin. A spatial scan statistic. 1997. Communications in Statistics - Theory and Methods. vol. 26(6), 1481-1496. https://doi.org/10.1080/03610929708831995.
LIMA-Camara, Tâmara Nunes. Arboviroses emergentes e novos desafios para a saúde pública no Brasil. 2016. Revista de Saúde Pública. vol. 50(36). https://doi.org/10.1590/S1518-8787.2016050006791.
LAMPARELLI, Rubens Augusto Camargo; ROCHA, Jansle Vieira; BORGHI, Elaine Geoprocessamento e agricultura de precisão: fundamentos e aplicações. Guaíba: Livraria e Editora Agropecuária, 2001. v. 2.
NARDI, Susilene Maria Tonelli; PASCHOAL, José Antônio Armani; PEDRO, Heloisa da Silveira Paro; PASCHOAL, Vânia Del´Arco; SICHIERI, Eduvaldo Paulo. Geoprocessamento em Saúde Pública: fundamentos e aplicações. Revista Instituto Adolfo Lutz. São Paulo, 2013; 72(3):185-91. Disponível em: Geoprocessamento em Saúde Pública: fundamentos e aplicações | Rev. Inst. Adolfo Lutz;72(3): 185-191, 2013. ilus, mapas | LILACS | SES-SP | SESSP-CTDPROD | SES-SP | SESSP-IALPROD | SES-SP | RIPSA (bvsalud.org). Acesso em: 20 de agosto de 2021.
PEREIRA, Emile Danielly Amorim. Análise espacial e temporal dos casos de febre de chikungunya no Maranhão, Brasil. 2018. 137 f. Dissertação (Mestrado em Saúde Pública) - Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca, Fundação Oswaldo Cruz, Rio de Janeiro, 2018. Disponível em: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/27921. Acesso em: 20 de Agosto de 2021
PINHEIRO, Talys Jason; GUIMARÃES, Luis Fernando; SILVA, Marcus Tulius Teixeira; SOARES, Cristiane Nascimento. Neurological manifestations of Chikungunya and Zika infections. 2016. Arquivos de Neuro-Psiquiatria. vol. 74. https://doi.org/10.1590/0004-282X20160138.
SALJE, Henrik; LESSLER, Justin; PAUL, Kishor Kumar; AZMAN, Andrew S.; RAHMAN, M. Waliur; RAHMAN, Mahmudur; CUMMINGS, Derek; GURLEY, Emily S.; CAUCHEMEZ, Simon. How social structures, space, and behaviors shape the spread of infectious diseases using chikungunya as a case study. 2016. Proceedings of the National Academy of Sciences of the United States of America. vol. 113(47) https://doi.org/10.1073/pnas.1611391113.
SIMIÃO, Adriana Rocha; CAVALCANTI, Luciano Pamplona de Góes. A major chikungunya epidemic with high mortality in northeastern Brazil. Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical. 2019. vol. 52:e20190266. https://doi.org/10.1590/0037-8682-0266-2019.
SILVA, Nayara Messias da; TEIXEIRA, Ricardo Antônio Gonçalves; CARDOSO, Clever Gomes; JUNIOR, João Bosco Siqueira; COELHO, Giovanini Evelim; OLIVEIRA, Ellen Synthia Fernandes de. Vigilância chikungunya no Brasil: desafios no contexto da Saúde Pública. Epidemiologia e Serviços de Saúde. 2018. vol. 27(3) http://dx.doi.org/10.5123/s1679-49742018000300003.
WHO. World Health Organization. Chikungunya, 2020. Disponível em: https://www.who.int/news-room/fact-sheets/detail/chikungunya. Acesso em: 14 de junho de 2021.
Archivos adicionales
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
Derechos de autor 2022 Sheilla da conceição Gomes
Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución 4.0.
O periodico Diversitas Journal expressa que os artigos são de unica responsabilidade dos Autores, conhecedores da legislação Brasileira e internacional. Os artigos são revisados pelos pares e devem ter o cuidado de avisar da possível incidencia de plagiarismo. Contudo o plagio é uma ação incontestavel dos autores. A Diversitas Journal não publicará artigos com indicios de Plagiarismos. Artigos com plagios serão tratados em conformidade com os procedimentos de plagiarismo COPE.
A violação dos direitos autorais constitui crime, previsto no artigo 184, do Código Penal Brasileiro:
“Art. 184 Violar direitos de autor e os que lhe são conexos: Pena – detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano, ou multa. § 1o Se a violação consistir em reprodução total ou parcial, com intuito de lucro direto ou indireto, por qualquer meio ou processo, de obra intelectual, interpretação, execução ou fonograma, sem autorização expressa do autor, do artista intérprete ou executante, do produtor, conforme o caso, ou de quem os represente: Pena – reclusão, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa.”