Levantamento do uso de plantas medicinais para manutenção da Saúde da Mulher
DOI:
https://doi.org/10.48017/dj.v7i4.2367Palabras clave:
Plantas medicinais, Ginecologia, FitoterapiaResumen
O objetivo do estudo foi delinear e interpretar o uso tradicional de plantas medicinais utilizadas para a manutenção da saúde da mulher em suas diferentes fases. Para isso, foi realizada uma revisão integrativa de artigos publicados entre os anos de 2011 e 2021 nos bancos de dado da ScienceDirect, LILACs e ARCA (Fiocruz), em todos os idiomas, utilizando os descritores “gynecology” e “medicinal plants”, combinados pelo operador booleano AND, seguindo as recomendações PRISMA. Foram incluídos 24 artigos na revisão por preencherem os critérios de inclusão e responderem aos objetivos do estudo. Estudos etnobotânicos de todo o mundo, foram considerados para gerar a identificação e um padrão de frequência na utilização de plantas que são cultivadas em nosso país. Como resultados obtidos a partir da análise, verificou-se 1208 citações de plantas utilizadas através do conhecimento de parteiras, curandeiras, fitoterapeutas, homens e mulheres. Destas citações aproximadamente 116 eram relacionadas a 51 plantas que são cultivadas também em solo brasileiro e foram descritas segundo seu nome popular, nome cientifico, parte utilizada e indicações mediante o uso tradicional. Conclui-se que dentro de um contexto biocultural, o uso tradicional de plantas por mulheres deve ser pesquisado, compreendido, compilado e divulgado para que haja manutenção do reconhecimento e valorização cultural e, como sugerem as políticas vigentes, que seja acrescido de conhecimentos, por parte dos profissionais de saúde que atuam diretamente com a população, sobre características que garantam a qualidade do uso dessas plantas.
Métricas
Citas
Adhikari, P. P., Talukdar, S., & Borah, A. (2018). Ethnomedicobotanical study of indigenous knowledge on medicinal plants used for the treatment of reproductive problems in Nalbari district, Assam, India. Journal of ethnopharmacology, 210, 386-407.
Almeida, A., & Caramona, M. (2019).Papel do farmacêutico na deteção/informação das interações entre plantas e medicamentos. Acta Farmacêutica Portuguesa, 8(2), 82-90.
Aziz, M., Khanb, A. H., Ullahc, H., Adnana, M., Hashemd, A., & Abd-Allahf, E. F. (2018). Traditional phytomedicines for gynecological problems used by tribal communities of Mohmand Agency near the Pak-Afghan border área. Revista Brasileira de Farmacognosia, 28, 503-511.
Balamurugan, S., S Vijayakumar, S., Prabhu, S., & Yabesh, J. E. M. (2018). Traditional plants used for the treatment of gynaecological disorders in Vedaranyam taluk, South India-an ethnomedicinal survey. Journal of traditional and complementary medicine, 8(2), 308-323.
Bhatia, H., Sharma, Y. P., Manhas, R. K., & Kumar, K. (2015). Traditional phytoremedies for the treatment of menstrual disorders in district Udhampur, J&K, India. Journal of ethnopharmacology, 160, 202-210.
Bomfim, F. S. (2018). Avaliação do potencial antifúngico de extratos de plantas medicinais frente a isolados clínicos de Candida. [Tese de Doutoramento, Universidade Federal de Pernambuco]. Attena. https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/32266
Brasil. (2004). Ministério da Saúde. Política nacional de atenção integral à saúde da mulher: princípios e diretrizes / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. Brasília: Ministério da Saúde.
Brasil. (2006a). Ministério da Saúde. Política nacional de plantas medicinais e fitoterápicos / Ministério da Saúde, Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos, Departamento de Assistência Farmacêutica. Brasília: Ministério da Saúde.
Brasil. (2006b). Ministério da Saúde. Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares no SUS - PNPIC-SUS / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Atenção Básica. Brasília: Ministério da Saúde.
Brito, F. M., Oliveira, A. F. P., Costa, I. C. P., Andrade, C. G., Santos, K. F. O., & Anízio, B. K. F. (2017). Fitoterapia na atenção básica: estudo com profissionais enfermeiros. Revista de Pesquisa: Cuidado é fundamental online, 9(2), 480-487.
Chaves, E. M. F., & Barros, R. F. M. (2012). Diversidade e uso de recursos medicinais do carrasco na APA da Serra da Ibiapina, Piauí, Nordeste do Brasil. Revista Brasileira de Plantas Medicinais, 14(3), 476-86.
Conceição, S. F. S. M. (2013). Efeitos do Gengibre, do Alho e do Funcho na Saúde. [Tese de Doutoramento, Universidade Fernando Pessoa, Faculdade de Ciências da Saúde]. Bdigital. https://bdigital.ufp.pt/bitstream/10284/4077/1/TM_SaraConcei%C3%A7%C3%A3o.pdf
Denham, A., Green, J. & Hawkey, S. (2011). What’s in the bottle? Prescriptions formulated by medical herbalists in a clinical trial of treatment during the menopause. Journal of Herbal Medicine, 1(3-4), 95-101.
El Hajj, M., Sitali, D. C., Vwalika, B., & Holst, L. (2020). “Back to Eden”: An explorative qualitative study on traditional medicine use during pregnancy among selected women in Lusaka Province, Zambia. Complementary Therapies in Clinical Practice, 40.
El Hajj, M., Sitali, D. C., Vwalika, B., & Holst, L. (2020). Herbal medicine use among pregnant women attending antenatal clinics in Lusaka Province, Zambia: A cross-sectional, multicentre study. Complementary Therapies in Clinical Practice, 40.
Flores, K. & Quinlan, M. B. (2014). Ethnomedicine of menstruation in rural Dominica, West Indies. Journal of ethnopharmacology, 153(3), 624-634.
Geck, M. S., Garcia, A. J. R., Casu, L. & Leonti, M. (2016). Acculturation and ethnomedicine: A regional comparison of medicinal plant knowledge among the Zoque of southern Mexico. Journal of Ethnopharmacology, 187, 146-159.
Jamal, J. A., Ghafar, Z. A. & Husain, K. (2011). Medicinal plants used for postnatal care in Malay traditional medicine in the Peninsular Malaysia. Pharmacognosy Journal, 3(24), 15-24.
Kankara, S, S., Ibrahim, M. H., Mustafá, M. & Go, R. (2015). Ethnobotanical survey of medicinal plants used for traditional maternal healthcare in Katsina state, Nigeria. South African journal of botany, 97, 165-175.
Kissal, A., Güner, Ü. Ç. & Ertürk, D. B. (2017). Use of herbal product among pregnant women in Turkey. Complementary therapies in medicine, 30, 54-60.
Lima, L. O., Silva, M. R. F., Cruz, P. J. S. C., Pekelman, R., Pulga, V. L., & Dantas, V. L. A. (2009). Perspectivas da educação popular em saúde e de seu grupo temático na Associação Brasileira de Saúde Coletiva (ABRASCO). Ciência & Saúde Coletiva, 25, 2737.
Mendonça, R. C. F., Morais, C. D. B., Feitosa, F. L. S., Coelho, J. L. G., Andrade, F. S. N., Ferreira, L. M., Sousa, L. M., Souza, I. G. L., Maia, P. J. M., Cruz, K. R., & Ribeiro Filho, J. (2021). Uso de Plantas Medicinais por Gestantes em uma unidade Básica de Saúde de Juazeiro do Norte-CE. Research, Society and Development, 10(3).
Modak, B. K., Gorai, P., Dhan, R., Mukherjee, A. & Dey, A. (2015). Tradition in treating taboo: Folkloric medicinal wisdom of the aboriginals of Purulia district, West Bengal, India against sexual, gynaecological and related disorders. Journal of ethnopharmacology, 169, 370-386.
Moher, D., Liberati, A., Tetzlaff, J., & Altman, D. G. (2009). Preferred reporting items for systematic reviews and meta-analyses: The PRISMA statement. PLoS Medicine, 6(7), 2009.
Moteetee, A. & Kose, L. Seleteng. (2016). Medicinal plants used in Lesotho for treatment of reproductive and post reproductive problems. Journal of Ethnopharmacology, 194, 827-849.
Muniz, D. H. C., & Ito, R. K. (2016) Avaliação de diferentes classes de substâncias químicas naturais em garrafadas. Revista Saúde-UNG-Ser, 9(1 Esp), 47.
Oliveira, A. C. F. (2017). Evidências científicas da implantação da política nacional de plantas medicinais e fitoterápicos na atenção primária à saúde nos últimos 10 anos: uma revisão sistemática. [Monografia de Graduação, Universidade Federal de Sergipe]. Sistema de Bibliotecas UFS. https://ri.ufs.br/handle/riufs/7470
Oliveira, M., Simoes, M., & Sassi, C. (2006). Fitoterapia no sistema de saúde pública (SUS) no estado de São Paulo, Brasil. Revista Brasileira de Plantas Medicinais, 8(2), 39-41.
Orief, Y. I., Farghaly, N. F. & Ibrahim, M. I. A. (2014). Use of herbal medicines among pregnant women attending family health centers in Alexandria. Middle East Fertility Society Journal, 19(1), 42-50.
Paiva, K. O., Oliveira, G. L., Farias, D. F. A. & Müller, T. S. (2017). Plantas medicinais utilizadas em transtornos do sistema geniturinário por mulheres ribeirinhas, Caravelas, Bahia. Revista Fitos, 1-126.
Parthiban, R., Vijayakumar, S., Prabhu, S., & Yabesh, J.G.E.M. (2016). Quantitative traditional knowledge of medicinal plants used to treat livestock diseases from Kudavasal taluk of Thiruvarur district, Tamil Nadu, India. Revista Brasileira Farmacognosia. 26, 109-121.
Perin, M. G. (2018). Educação ambiental: análise e crítica da erosão cultural e da biodiversidade no biocolonialismo. [Monografia de Graduação, Universidade Federal de Santa Maria]. Repositório UFSM. https://repositorio.ufsm.br/handle/1/12856
Sadeghi, Z., & Mahmood, A. (2014). Conhecimento etno-ginecológico de plantas medicinais usadas por tribos Baluch, sudeste do Baluchistão, Irã. Revista Brasileira de Farmacognosia, 24, 706-715.
Sánchez-Yactayo, M., Vallejos-Gamboa, J. & Huaccho-Rojas, J. (2020). Factores asociados al uso de plantas medicinales en las gestantes, 2019. Rev Peru Med Integrativa, 5(2), 61-7.
Spagnuolo, R. S., & Baldo, R. C. S. (2009). Plantas medicinais e seu uso caseiro: o conhecimento popular. Journal of Health Sciences, 11(1).
Srithi, K., Trisonthi, C., Wangpakattanawong, P. & Balslev, H. (2012). Medicinal plants used in Hmong women's healthcare in northern Thailand. Journal of Ethnopharmacology, 139(1), 119-135.
Starosta, J. A., & Dos Anjos, M. C. R. (2020). “Cantos e saberes”: processo de construção de um documentário sobre plantas medicinais. Revista Eletrônica de Comunicação, Informação e Inovação em Saúde, 14(1).
Torri, M. C. (2013). Perceptions and uses of plants for reproductive health among traditional midwives in Ecuador: Moving towards intercultural pharmacological practices. Midwifery, 29(7), 809-817.
Turan, Z., Toker, E., Sonmez, M, O., & Kutlas, F. (2019). Plant use as a traditional method by women against vaginal discharge in western Anatolia, Turkey: A qualitative research study. Journal of Herbal Medicine, 17-18.
Wet, H. & Ngubane, S. C. (2014). Traditional herbal remedies used by women in a rural community in northern Maputaland (South Africa) for the treatment of gynaecology and obstetric complaints. South African Journal of Botany, 94, 129-139.
Yemele, M., Telefo, P. B., Lienou, L. L., Tagne, S. R., Fodouop, C. S. P., Goka, M. C., Lemfack, M. C. & Moundipa, F. P. (2015). Ethnobotanical survey of medicinal plants used for pregnant women’s health conditions in Menoua division-West Cameroon. Journal of Ethnopharmacology, 160, 14-31.
Archivos adicionales
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
Derechos de autor 2022 Dayzyane Farias dos Santos Melo, Cledson dos Santos Magalhães, Karina Perrelli Randau
Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución 4.0.
O periodico Diversitas Journal expressa que os artigos são de unica responsabilidade dos Autores, conhecedores da legislação Brasileira e internacional. Os artigos são revisados pelos pares e devem ter o cuidado de avisar da possível incidencia de plagiarismo. Contudo o plagio é uma ação incontestavel dos autores. A Diversitas Journal não publicará artigos com indicios de Plagiarismos. Artigos com plagios serão tratados em conformidade com os procedimentos de plagiarismo COPE.
A violação dos direitos autorais constitui crime, previsto no artigo 184, do Código Penal Brasileiro:
“Art. 184 Violar direitos de autor e os que lhe são conexos: Pena – detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano, ou multa. § 1o Se a violação consistir em reprodução total ou parcial, com intuito de lucro direto ou indireto, por qualquer meio ou processo, de obra intelectual, interpretação, execução ou fonograma, sem autorização expressa do autor, do artista intérprete ou executante, do produtor, conforme o caso, ou de quem os represente: Pena – reclusão, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa.”