Relativismo e universalismo linguístico

algumas considerações sobre linguagem e pensamento

Autores/as

  • Leonardo Sena do Carmo Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH), da Universidade de São Paulo (USP)

DOI:

https://doi.org/10.48017/dj.v8i1.2403

Palabras clave:

Relativismo linguístico, universalismo linguístico, linguagem, pensamento, sociedade humana

Resumen

A linguagem estabelece-se como um dos ramos mais longínquos – desde a Grécia Antiga – de investigação sistemática. Assim, torna-se importante acentuar que a linguagem é objeto frequente de análise acadêmica tanto nas ciências sociais quanto nas ciências exatas, mas sem um entendimento consensual quanto à sua “natureza”. O debate se concentra, principalmente, sob a forma como a linguagem emerge na espécie e sua relação com o pensamento humano. Destarte, analisamos duas das principais correntes de pensamento que empreenderam estudos linguísticos no que diz respeito a esta questão, tais quais são: 1. A escola da relatividade linguística; e 2. A escola do universalismo linguístico. Para tanto, revelou-se fundamental realizar uma pesquisa bibliográfica – em periódicos, teses e livros – que permitiu apreender a abordagem teórica de ambas escolas. Desse modo, ao longo do presente artigo, procuramos compreender as diferentes abordagens acerca da relação entre linguagem e pensamento, de tal maneira que, realizamos uma análise geral sobre o relativismo para em seguida abordarmos o universalismo linguístico. Logo, o debate acerca da linguagem e sua relação com o pensamento estabelece-se com um dos elementos mais relevantes da história da sociedade humana.

Métricas

Cargando métricas ...

Citas

CAMPOS, Jorge (2011). Chomsky vs Pinker: na interface entre linguística e psicologia evolucionária. Letras de Hoje, Porto Alegre, v. 46, n. 3, p. 12-17.

https://revistaseletronicas.pucrs.br/ojs/index.php/fale/article/view/9739

CHOMSKY, Noam (1998). Linguagem e mente: pensamentos atuais sobre antigos problemas. Brasília: Editora Universidade de Brasília.

______ (1980). Reflexões sobre a linguagem. São Paulo: Cultrix.

CIZESCKI, Fernanda (2008). Entre Chomsky e Port-Royal: uma análise da leitura chomskiana. Work. Pap. Liguíst., v. 9, n. 1, p. 121-131.

https://doi.org/10.5007/1984-8420.2008v9n1p121

GALEGO; Ángel J.; CHOMSKY, Noam (2020). A faculdade da linguagem: um objeto biológico, uma janela para a mente e uma ponte entre disciplinas. Revista Linguística, Rio de Janeiro, v. 16, número especial comemorativo, p. 52-84.

https://doi.org/10.31513/linguistica.2020.v16nEsp.a39404

GIPPER, Helmut (1979). Is there a linguistic relativity principle? On the verification of the Sapir-Whorf hypotesis. Indiana, v. 5, n. 1, p. 1-14.

https://doi.org/10.18441/ind.v5i0.1-14

GONÇALVES, Rodrigo Tadeu (2008). Perpétua prisão órfica ou Ênio tinha três corações: o relativismo lingüístico e o aspecto criativo da linguagem. Tese (Doutorado em Letras) – Universidade Federal do Paraná, Curitiba.

HAUSER, Marc D.; CHOMSKY, Noam; FITCH, W. Tecumseh (2002). The faculty of language: what is it, who has it, and how did it evolve? Science, v. 298, p. 1569-1579.

https://doi.org/10.1126/science.298.5598.1569

LIMA, Lucas Francelino de (2020). Relativismo linguístico: a relação entre língua e pensamento na conceitualização do tempo. Monografia (Graduação em Letras – Língua Inglesa) – Centro de Ciências Humanas, Letras e Artes, Universidade Federal da Paraíba, João Pessoa.

MACHADO, Isadora (2015). A reinvenção da “hipótese Sapir-Whorf”. Línguas e Instrumentos Linguísticos, n. 35, p. 29-52.

http://www.revistalinguas.com/edicao35/artigo2.pdf

MARQUES, Veruska Paioli do Nascimento (2014). Relativismo linguístico revisitado: como categorias numéricas podem influenciar a representação do mundo. Dissertação (Mestrado em Antropologia) – Escola de Ciências Sociais e Humanas, Instituto Universitário de Lisboa, Lisboa.

PINKER, Steven (2002). O instinto da linguagem: como a mente cria a linguagem. Tradução de Claudia Berliner; revisão técnica Cynthia Levart Zooca. São Paulo: Martins Fontes.

ROBL, Affonso (1975). Língua e “recorte” da realidade: uma abordagem da relação língua – cultura. Letras, Curitiba, v. 24, p. 3-20.

https://revistas.ufpr.br/letras/article/download/19582/12797

RODRÍGUEZ, Alfredo Maceira (1998). Universalismo e relativismo lingüístico. Revista Philologus, Rio de Janeiro, v. 11, p. 27-37.

http://www.filologia.org.br/revista/11/02.pdf

ROJAS, Letícia Rodrigues; GOMES, Nataniel dos Santos Gomes (2017). O relativismo linguístico no conto “A história de sua vida”, de Ted Chiang (Textos Completos). In: Anais do XXI Congresso Nacional de Linguística e Filologia, Rio de Janeiro, v. 21, n. 3, p. 2195-2213.

http://www.filologia.org.br/xxi_cnlf/cnlf/tomo2/0163.pdf

SAMPAIO, Rebecca Demicheli (2018). Linguagem, cognição e cultura: a hipótese Sapir-Whorf. Cadernos do IL, Porto Alegre, n. 56, p. 229-240.

https://doi.org/10.22456/2236-6385.83356

SAPIR, Edward ([1921] 1994). El lenguaje: introducción al estúdio del habla. México: Fondo de Cultura Económica.

______. The status of linguistics as a Science. Language, v. 5, n. 4, p. 207-214, 1929.

https://doi.org/10.2307/409588

SAUSSURE, Ferdinand de ([1996] 2006). Curso de lingüística geral. São Paulo: Cultrix.

STEINER, George (1972). Whorf, Chomsky and the student of literature. New Literary History, Autumn, v. 4, n. 1, p. 15-34.

https://doi.org/10.2307/468489

WHORF, Benjamin Lee (1956). Language, thought and reality: selected writings of Benjamin Lee Whorf. Edit. John B. Carrol. Cambridge, MA: The MIT Press.

YOO, Christopher S. (2021). What is the relationship between language and thought?: Linguistic Relativity and its Implications for Copyright. Faculty Scholarship at Penn Law.

https://scholarship.law.upenn.edu/faculty_scholarship/2625/

Publicado

2023-01-10

Cómo citar

Sena do Carmo, L. (2023). Relativismo e universalismo linguístico: algumas considerações sobre linguagem e pensamento. Diversitas Journal, 8(1). https://doi.org/10.48017/dj.v8i1.2403

Número

Sección

Ciências Humanas e Sociais Aplicadas