Relativismo e universalismo linguístico
algumas considerações sobre linguagem e pensamento
DOI:
https://doi.org/10.48017/dj.v8i1.2403Palabras clave:
Relativismo linguístico, universalismo linguístico, linguagem, pensamento, sociedade humanaResumen
A linguagem estabelece-se como um dos ramos mais longínquos – desde a Grécia Antiga – de investigação sistemática. Assim, torna-se importante acentuar que a linguagem é objeto frequente de análise acadêmica tanto nas ciências sociais quanto nas ciências exatas, mas sem um entendimento consensual quanto à sua “natureza”. O debate se concentra, principalmente, sob a forma como a linguagem emerge na espécie e sua relação com o pensamento humano. Destarte, analisamos duas das principais correntes de pensamento que empreenderam estudos linguísticos no que diz respeito a esta questão, tais quais são: 1. A escola da relatividade linguística; e 2. A escola do universalismo linguístico. Para tanto, revelou-se fundamental realizar uma pesquisa bibliográfica – em periódicos, teses e livros – que permitiu apreender a abordagem teórica de ambas escolas. Desse modo, ao longo do presente artigo, procuramos compreender as diferentes abordagens acerca da relação entre linguagem e pensamento, de tal maneira que, realizamos uma análise geral sobre o relativismo para em seguida abordarmos o universalismo linguístico. Logo, o debate acerca da linguagem e sua relação com o pensamento estabelece-se com um dos elementos mais relevantes da história da sociedade humana.
Métricas
Citas
CAMPOS, Jorge (2011). Chomsky vs Pinker: na interface entre linguística e psicologia evolucionária. Letras de Hoje, Porto Alegre, v. 46, n. 3, p. 12-17.
https://revistaseletronicas.pucrs.br/ojs/index.php/fale/article/view/9739
CHOMSKY, Noam (1998). Linguagem e mente: pensamentos atuais sobre antigos problemas. Brasília: Editora Universidade de Brasília.
______ (1980). Reflexões sobre a linguagem. São Paulo: Cultrix.
CIZESCKI, Fernanda (2008). Entre Chomsky e Port-Royal: uma análise da leitura chomskiana. Work. Pap. Liguíst., v. 9, n. 1, p. 121-131.
https://doi.org/10.5007/1984-8420.2008v9n1p121
GALEGO; Ángel J.; CHOMSKY, Noam (2020). A faculdade da linguagem: um objeto biológico, uma janela para a mente e uma ponte entre disciplinas. Revista Linguística, Rio de Janeiro, v. 16, número especial comemorativo, p. 52-84.
https://doi.org/10.31513/linguistica.2020.v16nEsp.a39404
GIPPER, Helmut (1979). Is there a linguistic relativity principle? On the verification of the Sapir-Whorf hypotesis. Indiana, v. 5, n. 1, p. 1-14.
https://doi.org/10.18441/ind.v5i0.1-14
GONÇALVES, Rodrigo Tadeu (2008). Perpétua prisão órfica ou Ênio tinha três corações: o relativismo lingüístico e o aspecto criativo da linguagem. Tese (Doutorado em Letras) – Universidade Federal do Paraná, Curitiba.
HAUSER, Marc D.; CHOMSKY, Noam; FITCH, W. Tecumseh (2002). The faculty of language: what is it, who has it, and how did it evolve? Science, v. 298, p. 1569-1579.
https://doi.org/10.1126/science.298.5598.1569
LIMA, Lucas Francelino de (2020). Relativismo linguístico: a relação entre língua e pensamento na conceitualização do tempo. Monografia (Graduação em Letras – Língua Inglesa) – Centro de Ciências Humanas, Letras e Artes, Universidade Federal da Paraíba, João Pessoa.
MACHADO, Isadora (2015). A reinvenção da “hipótese Sapir-Whorf”. Línguas e Instrumentos Linguísticos, n. 35, p. 29-52.
http://www.revistalinguas.com/edicao35/artigo2.pdf
MARQUES, Veruska Paioli do Nascimento (2014). Relativismo linguístico revisitado: como categorias numéricas podem influenciar a representação do mundo. Dissertação (Mestrado em Antropologia) – Escola de Ciências Sociais e Humanas, Instituto Universitário de Lisboa, Lisboa.
PINKER, Steven (2002). O instinto da linguagem: como a mente cria a linguagem. Tradução de Claudia Berliner; revisão técnica Cynthia Levart Zooca. São Paulo: Martins Fontes.
ROBL, Affonso (1975). Língua e “recorte” da realidade: uma abordagem da relação língua – cultura. Letras, Curitiba, v. 24, p. 3-20.
https://revistas.ufpr.br/letras/article/download/19582/12797
RODRÍGUEZ, Alfredo Maceira (1998). Universalismo e relativismo lingüístico. Revista Philologus, Rio de Janeiro, v. 11, p. 27-37.
http://www.filologia.org.br/revista/11/02.pdf
ROJAS, Letícia Rodrigues; GOMES, Nataniel dos Santos Gomes (2017). O relativismo linguístico no conto “A história de sua vida”, de Ted Chiang (Textos Completos). In: Anais do XXI Congresso Nacional de Linguística e Filologia, Rio de Janeiro, v. 21, n. 3, p. 2195-2213.
http://www.filologia.org.br/xxi_cnlf/cnlf/tomo2/0163.pdf
SAMPAIO, Rebecca Demicheli (2018). Linguagem, cognição e cultura: a hipótese Sapir-Whorf. Cadernos do IL, Porto Alegre, n. 56, p. 229-240.
https://doi.org/10.22456/2236-6385.83356
SAPIR, Edward ([1921] 1994). El lenguaje: introducción al estúdio del habla. México: Fondo de Cultura Económica.
______. The status of linguistics as a Science. Language, v. 5, n. 4, p. 207-214, 1929.
https://doi.org/10.2307/409588
SAUSSURE, Ferdinand de ([1996] 2006). Curso de lingüística geral. São Paulo: Cultrix.
STEINER, George (1972). Whorf, Chomsky and the student of literature. New Literary History, Autumn, v. 4, n. 1, p. 15-34.
https://doi.org/10.2307/468489
WHORF, Benjamin Lee (1956). Language, thought and reality: selected writings of Benjamin Lee Whorf. Edit. John B. Carrol. Cambridge, MA: The MIT Press.
YOO, Christopher S. (2021). What is the relationship between language and thought?: Linguistic Relativity and its Implications for Copyright. Faculty Scholarship at Penn Law.
Descargas
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
Derechos de autor 2023 Leonardo Sena do Carmo
Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución 4.0.
O periodico Diversitas Journal expressa que os artigos são de unica responsabilidade dos Autores, conhecedores da legislação Brasileira e internacional. Os artigos são revisados pelos pares e devem ter o cuidado de avisar da possível incidencia de plagiarismo. Contudo o plagio é uma ação incontestavel dos autores. A Diversitas Journal não publicará artigos com indicios de Plagiarismos. Artigos com plagios serão tratados em conformidade com os procedimentos de plagiarismo COPE.
A violação dos direitos autorais constitui crime, previsto no artigo 184, do Código Penal Brasileiro:
“Art. 184 Violar direitos de autor e os que lhe são conexos: Pena – detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano, ou multa. § 1o Se a violação consistir em reprodução total ou parcial, com intuito de lucro direto ou indireto, por qualquer meio ou processo, de obra intelectual, interpretação, execução ou fonograma, sem autorização expressa do autor, do artista intérprete ou executante, do produtor, conforme o caso, ou de quem os represente: Pena – reclusão, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa.”