Papel do enfermeiro no diagnóstico precoce e assistência adequada à mulher com pré-eclâmpsia
DOI:
https://doi.org/10.48017/dj.v8i3.2619Palavras-chave:
Cuidados de enfermagem, diagnóstico de enfermagem, pré-eclâmpsia, fatores de riscosResumo
A pré-eclâmpsia constitui um grande problema de saúde pública em todo mundo, sendo responsável por altas taxas de morbimortalidade materno-fetal. O enfermeiro, por ser um dos profissionais a realizar o acompanhamento pré-natal de baixo risco, deve atentar-se às alterações no estado de saúde da mulher, que indiquem necessidade de encaminhamentos e maior acompanhamento. Diante do exposto, o presente estudo teve por objetivo descrever o papel do enfermeiro na assistência e diagnóstico da pré-eclâmpsia, bem como as principais características desta patologia. Para tal, realizou-se uma revisão bibliográfica da literatura no formato narrativo-exploratório; a busca por evidências ocorreu no período de janeiro a abril nas bases de dados: Scielo, Lilacs, Medline, NIH, Cochrane e Google Scholar. Foram encontrados 6012 artigos, após aplicação dos critérios de seleção restaram 27, correspondendo à amostra da revisão. Estes relataram que a pré-eclâmpsia é caracterizada pela tríade sintomática: edema, hipertensão e proteinúria. O enfermeiro é imprescindível no diagnóstico da pré-eclâmpsia, pois é na Atenção Primária que é identificada esta enfermidade e, com isso, deve-se estar atento aos fatores de riscos e sintomatologia de cada gestante, para que possa diagnosticar esta doença precocemente e prescrever os cuidados de enfermagem. Posto isso, é notório que a pré-eclâmpsia é uma doença multifatorial e com amplo aspecto, sendo o enfermeiro um profissional imprescindível no diagnóstico e assistência a gestantes portadoras desta enfermidade.
Métricas
Referências
Abrahão, Â. C. M., Santos, R. F. S., de Gois Viana, S. R., Viana, S. M., & Costa, C. S. C. (2020). Atuação do enfermeiro a pacientes portadoras de Síndrome Hipertensiva Específica da Gestação. Revista Científica da Escola Estadual de Saúde Pública de Goiás Cândido Santiago, 6(1), pp. 51-63. Disponível em: https://www.revista.esap.go.gov.br/index.php/resap/article/view/192
ACOG. American College of Obstetricians and Gynecologists. (2019). ACOG Practice Bulletin No. 203: chronic hypertension in pregnancy. Obstetrics and gynecology, 133(1), e26-e50. DOI: 10.1097/AOG.0000000000003020
Aguiar, M. I. F. D., Freire, P. B. G., Cruz, I. M. P., Linard, A. G., Chaves, E. S., & Rolim, I. L. T. P. (2010). Sistematização da assistência de enfermagem a paciente com síndrome hipertensiva específica da gestação. Rev. Rene, 11(4), pp. 66-75. Disponível em: https://repositorio.ufc.br/handle/riufc/14000
Amorim, M. M., Souza, A. S. R., & Katz, L. (2017). Planned caesarean section versus planned vaginal birth for severe pre‐eclampsia. Cochrane Database of Systematic Reviews, (10). DOI: https://doi.org/10.1002/14651858.CD009430.pub2
Araújo, I. F. M., Santos, P. A. D., Santos, P. A. D., & Franklin, T. A. (2017). Síndromes hipertensivas e fatores de risco associados à gestação. Rev. enferm. UFPE on line, 11 (supl. 10), 4254-4262. DOI: 10.5205/reuol.10712-95194-3-SM.1110sup201731
Borges, V. T. et al. (2018). Pré-eclâmpsia/eclampsia. Federação brasileira das associações de ginecologia e obstetrícia, 47(5) pp. 258 – 273. Disponível em: https://www.febrasgo.org.br/media/k2/attachments/Vol.Z47ZnZ5Z-Z2019.pdf
Brasil. Ministério da Saúde (2012). Manual técnico de gestação de alto risco. Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. 5. ed. Brasília: Editora do Ministério da Saúde. Disponível em: http://se.corens.portalcofen.gov.br/caderno-32-pre-natal-baixo-risco-e-manual-tecnico-de-gestacao-de-alto-risco_21213.html
Brasil. Ministério da Saúde (2013). Caderno 32 da Atenção Básica: Pré Natal de baixo risco. Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Atenção Básica. Brasília: Editora do Ministério da Saúde. Disponível em: http://se.corens.portalcofen.gov.br/caderno-32-pre-natal-baixo-risco-e-manual-tecnico-de-gestacao-de-alto-risco_21213.html
Brasil. Ministério da Saúde (2016). Protocolos da Atenção Básica: Saúde das Mulheres. Ministério da Saúde, Instituto Sírio-Libanês de Ensino e Pesquisa. Brasília: Editora do Ministério da Saúde. ISBN 978-85-334-2360-2 Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/protocolos_atencao_basica_saude_mulheres.pdf
Campos, L., de Almeida Gomes, E., da Silva, D. C. F., & Berlet, L. J. (2019). Conhecimento de enfermeiros sobre a doença hipertensiva especifica da gestação. Revista Saúde Viva Multidisciplinar da AJES, 2(2). Disponível em: http://www.revista.ajes.edu.br/revistas-noroeste/index.php/revisajes/article/view/16
Coutinho, T., Coutinho, C. M., & Coutinho, L. M. (2021). Sulfato de magnésio: principais utilizações na obstetrícia contemporânea. Rev. méd. Minas Gerais, 31(1), pp. 30211-30211. DOI: http://dx.doi.org/10.5935/2238-3182.20210009
Ferreira, M. B. G., Silveira, C. F., Silva, S. R. D., Souza, D. J. D., & Ruiz, M. T. (2016). Assistência de enfermagem a mulheres com pré-eclâmpsia e/ou eclâmpsia: revisão integrativa. Revista da Escola de Enfermagem da USP, 50(2), pp. 0324-0334. DOI: http://dx.doi.org/10.1590/S0080-623420160000200020
Ferreira, S. S., Martins, A. C., Magalhães, A. C., & Martins, H. (2017). Ácido acetilsalicílico na prevenção da pré-eclâmpsia: uma revisão baseada na evidência. Revista Portuguesa de Medicina Geral e Familiar, 33(2), pp. 118-32. DOI: https://doi.org/10.32385/rpmgf.v33i2.12040
Gerretsen, G., Huisjes, H. J., HARDONKf, M. J., & Elema, J. D. (1983). Trophoblast alterations in the placental bed in relation to physiological changes in spiral arteries. BJOG: An International Journal of Obstetrics & Gynaecology, 90(1), pp. 34-39. DOI: https://doi.org/10.1111/j.1471-0528.1983.tb06743.x
Gomes, C. D. B., Vasconcelos, L. G., Cintra, R. M. G. D. C., Dias, L. C. G. D., & Carvalhaes, M. A. D. B. L. (2019). Hábitos alimentares das gestantes brasileiras: revisão integrativa da literatura. Ciência & Saúde Coletiva, 24(6), pp. 2293-2306. DOI: https://doi.org/10.1590/1413-81232018246.14702017
Kahhale, S., Francisco, R. P. V., & Zugaib, M. (2018). Pré-eclâmpsia. Revista de Medicina, 97(2), pp. 226-234. DOI: http://dx.doi.org/10.11606/issn.1679-9836.v97i2p226-234
Marques, D. S. M., Siqueira, H. G. R., Cruz, M. A., Vieira, M. S. V., Apolônio, S. P. T., Esteves, A. P. V. (2019). A relação entre pré-eclâmpsia e obesidade: uma revisão integrativa. Revista caderno de medicina, 2(2), pp. 56 – 62. Disponível em: https://www.unifeso.edu.br/revista/index.php/cadernosdemedicinaunifeso/article/download/1394/608
Melo, W. F., Oliveira, B. A., Saldanha, H. G. A. C., Sousa, J. S., & Maracaja, P. B. (2015). A hipertensão gestacional e o risco de pré-eclampsia: Revisão bibliográfica. Revista Brasileira de Educação e Saúde, 5(3), pp. 7-11. Disponível em: https://www.gvaa.com.br/revista/index.php/REBES/article/view/3648/3288
Moura, E. R. F., de Oliveira, C. G. S., de Castro Damasceno, A. K., & Pereira, M. Q. (2010). Fatores de risco para síndrome hipertensiva específica da gestação entre mulheres hospitalizadas com pré-eclâmpsia. Cogitare Enfermagem, 15(2), pp. 250-255. Disponível em: https://www.redalyc.org/pdf/4836/483648971010.pdf
Oliveira, A. C. M. D., & Graciliano, N. G. (2015). Síndrome hipertensiva da gravidez e diabetes mellitus gestacional em uma maternidade pública de uma capital do Nordeste brasileiro, 2013: prevalência e fatores associados. Epidemiologia e Serviços de Saúde, 24(3), pp. 441-451. DOI: https://doi.org/10.5123/S1679-49742015000300010
Oliveira, C. (2015). Influência da posição prona, em maca para gestantes, nos parâmetros hemodinâmicos materno-fetais e no conforto da gestante [Tese de Doutoramento no programa de obstetrícia e ginecologia na Universidade de São Paulo]. Biblioteca Virtual em Saúde. Disponível em: https://pesquisa.bvsalud.org/portal/resource/pt/biblio-870937
Oliveira, G. A. G.; Lima, S. M. R. (2014). Ações do enfermeiro no atendimento da paciente na pré-eclâmpsia [Artigo de especialização em Enfermagem em Emergência, na Faculdade de Ciências Sociais Aplicada]. Salvador. Disponível em: http://bibliotecaatualiza.com.br/arquivotcc/EE/EE16/OLIVEIRA-gilvania-LIMA-samanta.pdf
Oliveira, G. S. D., Paixão, G. P. D. N., Fraga, C. D. D. S., Santos, M. K. R. D., & Santos, M. A. (2017). Assistência de enfermeiros na síndrome hipertensiva gestacional em hospital de baixo risco obstétrico. Revista Cuidarte, 8(2), pp. 1561-1572. DOI: https://doi.org/10.15649/cuidarte.v8i2.374
Oliveira, I. L., Santos, L. C., Nascimento, D. G., & de Lima Vieira, V. C. (2019). Knowledge and conduct of nurses of basic care in front of specific hypertensive disease of pregnancy. Revista Paranaense De Enfermagem (REPENF), 2(1), pp. 66-74. Disponível em: http://seer.fafiman.br/index.php/REPEN/article/view/556
Pascoal, A. C. F. et al. (2019). Níveis séricos de magnésio durante a infusão de sulfato de magnésio a 1 grama/hora versus 2 gramas/hora como dose de manutenção para prevenir eclâmpsia em mulheres com pré-eclâmpsia grave. Medicina (Baltimore), 98(32). Disponível em: https://www.cochranelibrary.com/central/doi/10.1002/central/CN-01759878/full
Peraçoli, J. C., Borges, V. T., Ramos, J. G., Cavalli, R. C., Costa, S. H., Oliveira, L. G. et al. (2018). Pré-eclâmpsia/eclâmpsia. Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo), 5(47), pp. 258-273. Disponível em: https://www.febrasgo.org.br/media/k2/attachments/REVISTAZFEMINAZ-Z2019ZVOLZ47ZNZ5.pdf
Poon, L. C., Shennan, A., Hyett, J. A., Kapur, A., Hadar, E., Divakar, H., ... & Hod, M. (2019). The International Federation of Gynecology and Obstetrics (FIGO) initiative on preeclampsia (PE): a pragmatic guide for first trimester screening and prevention. International journal of gynaecology and obstetrics: the official organ of the International Federation of Gynaecology and Obstetrics, 145 (Suppl 1), 1-33. DOI: 10.1002/ijgo.12802
Sampaio, T. A. F., Santana, T. D., da Silva Hanzelmann, R., dos Santos, L. F. D. M., do Amaral Montenegro, H. R., de Andrade Martins, J. S., ... & de Carvalho Ferreira, D. (2013). Cuidados de enfermagem prestados a mulheres com hipertensão gestacional e pré-eclampsia. Revista Saúde Física & Mental-ISSN 2317-1790, 2(1), pp. 36-45
Santos, J. O. S., & Almeida Neto, T. P. (2016). Atuação do enfermeiro na redução da ocorrência da pré-eclâmpsia: uma revisão integrativa. Revista Científica da FASETE, 10(10), pp. 169-188. Disponível em: https://www.publicacoes.unirios.edu.br/index.php/revistarios/article/view/521
Souza, L. D. M., Monteiro, R. C., & Santos, S. O. (2019). Procedimentos fisioterapêuticos no tratamento da pré-eclâmpsia. Referências em Saúde da Faculdade Estácio de Sá de Goiás-RRS-FESGO, 2(01), 62-72. Disponível em: https://estacio.periodicoscientificos.com.br/index.php/rrsfesgo/article/view/248
Souza, V. F. F. D., Dubiela, Â., & Serrão Júnior, N. F. (2010). Efeitos do tratamento fisioterapêutico na pré-eclampsia. Fisioterapia em Movimento, 23(4), 663-672. DOI: https://doi.org/10.1590/S0103-51502010000400016
Thuler, A. C. D. M. C., Wall, M. L., Benedet, D. C. F., Souza, S. R. R. K., & Souza, M. A. R. D. (2018). Medidas preventivas das síndromes hipertensivas da gravidez na atenção primária. Rev. enferm. UFPE on line, 12(4), pp. 1060-1071. Disponível em: https://periodicos.ufpe.br/revistas/revistaenfermagem/article/view/234605/28678
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2023 Marcelo Cerilo-Filho, Lais Edvirgens Lima da Cruz, Julyana Constância Feitosa Marinho, Bruna Stefany Rocha do Nascimento, Mirelly Nascimento Soares, Wiris Vieira do Nascimento, Adriano José dos Santos, Erika dos Santos Nunes
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
O periodico Diversitas Journal expressa que os artigos são de unica responsabilidade dos Autores, conhecedores da legislação Brasileira e internacional. Os artigos são revisados pelos pares e devem ter o cuidado de avisar da possível incidencia de plagiarismo. Contudo o plagio é uma ação incontestavel dos autores. A Diversitas Journal não publicará artigos com indicios de Plagiarismos. Artigos com plagios serão tratados em conformidade com os procedimentos de plagiarismo COPE.
A violação dos direitos autorais constitui crime, previsto no artigo 184, do Código Penal Brasileiro:
“Art. 184 Violar direitos de autor e os que lhe são conexos: Pena – detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano, ou multa. § 1o Se a violação consistir em reprodução total ou parcial, com intuito de lucro direto ou indireto, por qualquer meio ou processo, de obra intelectual, interpretação, execução ou fonograma, sem autorização expressa do autor, do artista intérprete ou executante, do produtor, conforme o caso, ou de quem os represente: Pena – reclusão, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa.”