Infomemória dos bairros fantasmas de Maceió
Caso Braskem
DOI:
https://doi.org/10.48017/dj.v8i4.2814Palavras-chave:
memória, Projeto Ruptura, EfêmeraResumo
Há cinco anos, Maceió vivencia uma catástrofe ambiental devido à mineração irregular realizada pela empresa Braskem. Na ocasião, 60 mil pessoas saíram de seus locais de moradia em razão de subsidência do solo, e na desocupação, escreveram na estrutura de suas casas mensagens de protesto, que fazem parte da memória não apenas dessa população, mas da sociedade alagoana como um todo. Os escritos trazem vestígios, traços, informações que alimentam memórias coletivas, porém efêmeras, pois as paisagens reais estão vulneráveis a fatores externos, tendo as redes digitais como recurso de preservação, talvez em breve o único, onde são inseridos nas redes sociais em fotografia. Este artigo tem por objetivo analisar, de modo sucinto, a importância dos vestígios infomemoriais presentes nos escritos nas casas dos chamados bairros fantasmas, registrados em fotografia. Os métodos utilizados são os de levantamento bibliográfico e digital; em seguida, é realizada a análise de fotografias disponibilizadas na rede social Instagram, num perfil específico do projeto intitulado Projeto Ruptura. Após a análise das fotografias, concluímos que o material disponibilizado no Instagram é importante para memórias individuais e coletivas dos ex-moradores dos bairros fantasmas, esses novos “lugares de memória”, que permitem acessar e disseminar esse conteúdo. Contudo, a memória consolidada nos patrimônios material ou imaterial é protegida, mas a memória efêmera presentes nos inscritos só poderá contar com os registros digitais, também efêmeros.Métricas
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