Juventude ativa: protagonismo juvenil em prática na educação não formal
DOI:
https://doi.org/10.17648/diversitas-journal-v6i1-1418Resumo
RESUMO: A educação não formal possibilita a aprendizagem para a formação cidadã, de modo que os indivíduos compreendam seus direitos políticos e atuem tendo em vista a modificação do status quo em sua comunidade. Em meio a isto, o protagonismo juvenil trata-se especificamente de jovens que se apropriam de seus direitos e os utilizam para a mudança da sociedade. Delimitou-se como objetivo desta pesquisa compreender as práticas educativas voltadas para o protagonismo juvenil em uma instituição de ensino não-formal. Caracteriza-se como uma pesquisa do tipo etnográfica realizada no Coletivo Mulher Vida (CMV), uma instituição não governamental localizada em Olinda, Pernambuco, Brasil, por meio de observação participante no processo formativo denominado "Cultura de Paz", com adolescentes de 12 a 15 anos, e “Rede Mobilização Jovem de Olinda” (RMJO) com presença de jovens de 15 a 20 anos. Além disso, empreendeu-se uma análise documental em documentos fornecidos pela instituição. Os procedimentos foram envoltos de um cuidado ético por meio de termo de anuência institucional. Obteve-se como resultados que os jovens são considerados como parte das soluções dos problemas sociais, já que na instituição há a formação de adolescentes e jovens para atuarem nas comunidades, além das plenárias para mobilização juvenil, que são pensadas, discutidas e colocadas em prática pelos mesmos, que demonstram uma autoconfiança, construindo saberes através da troca de vivências. Isso ocorre por meio de uma escuta ativa e sem atitudes punitivas ou inibitórias. Identificou-se que a visão da instituição para com o protagonismo juvenil parte de um incentivo a autonomia pautada no desenvolvimento do ser para a sociedade, com o teor de empoderamento sobre sua própria existência e o contexto social em que está inserido. O presente estudo tem sua relevância por se tratar de uma experiência concreta, possibilitando reflexão para estudiosos da educação e das ciências humanas. Do mesmo modo, apto como exemplo e embasamento para instituições formais e não formais.
PALAVRAS-CHAVE: participação social, educação cidadã, autonomia juvenil.
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