O Panorama da pobreza no Brasil de 2016 a 2018
DOI:
https://doi.org/10.48017/dj.v7i1.1798Palavras-chave:
Análise regional,, Pobreza monetária, Pobreza multidimensional, Segregação socioespacial.Resumo
A pobreza é um dos graves problemas enfrentados pela humanidade ao longo dos tempos. Esta é uma realidade que ainda perdura como forma de segregação socioespacial no território brasileiro. Pontua-se que neste caso, a pobreza não deve ser redimensionada apenas por aspectos econômicos, mas também não econômicos. Com base nestas perspectivas, este ensaio tem como objetivo problematizar a pobreza monetária e a pobreza multidimensional como instrumentos de mensuração para compreender a geopolítica do Brasil na contemporaneidade. Para fundamentar os procedimentos metodológicos, utilizam-se dados secundários obtidos na plataforma do Instituto Brasileiro de Estatística e Geografia (IBGE), especificamente nas publicações dos anos de 2017, 2018 e 2019, no âmbito das Sínteses dos Indicadores Sociais com base na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua. Ressaltamos que os resultados catalogados retratam um período anterior das referidas publicações, a saber, 2016, 2017 e 2018. Em face do panorama apresentado, as relações de pobreza identificadas ressoam-se nitidamente na cor da pele e na faixa-etária. Desta feita, pode-se aferir que os mais afetados pela pobreza no Brasil são etnicamente homens e mulheres negras e pardas, crianças de 0 a 14 anos, concentrando-se expressivamente nas regiões periféricas do Norte e Nordeste do país.
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Referências
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