A relação sociedade-natureza nos territórios paleodunares do rio São Francisco/BA
DOI:
https://doi.org/10.48017/dj.v6i4.1957Resumo
RESUMO: O rio São Francisco tem delineado em seu curso muitas feições geológicas-geomorfológicas, e dentre elas é possível destacar os campos de paleodunas, construídas em outros períodos da história da Terra. Estas feições arenosas têm, ao longo dos anos, perdido suas características originais atribuídas não apenas aos agentes erosivos naturais, mas também, aos agentes antropogênicos, já que a relação estabelecida entre a sociedade e a natureza não tem sido harmoniosa. Neste sentido, esta pesquisa aborda sobre a relação dos habitantes e ribeirinhos dos territórios paleodunares do entorno do rio São Francisco no município de Casa Nova/BA, com a natureza., e seus respectivos impactos. Trata-se de uma pesquisa com natureza quali-quantitativa, de caráter exploratório, bibliográfico e de campo. Os achados indicam que o paleoambiente se encontra em estágios de degradação bastante consideráveis, sendo necessária a implementação de propostas de conservação que possa mitigar os danos causados ao meio físico-natural e que consequentemente, têm afetado à sociedade local.
PALAVRA-CHAVE: Geossistemas, Paleoambientes, Paleodunas, Impactos, Antropogenia.
ABSTRACT: The São Francisco River has outlined in its course many geological-geomorphological features, and among them it is possible to highlight the paleodune fields, built in other periods of the Earth's history. These sandy features have, over the years, lost their original characteristics attributed not only to natural erosive agents, but also to anthropogenic agents, since the relationship established between society and nature has not been harmonious. In this sense, this research deals with the relationship of the inhabitants and riverside dwellers of the paleodunar territories around the São Francisco River in the municipality of Casa Nova/BA, with nature., and their respective impacts. It is a qualitative-quantitative research, exploratory, bibliographical and field. The findings indicate that the paleoenvironment is in very considerable stages of degradation, requiring the implementation of conservation proposals that can mitigate the damage caused to the physical and natural environment and which, consequently, has affected the local society.
KEYWORDS: Geosystems, Paleoenvironments, Paleodunas, Impacts, Anthropogenesis.
Métricas
Referências
BAHIA. DECRETO Nº 9.957 DE 30 DE MARÇO DE 2006. Cria a Área de Proteção Ambiental – APA do Lago de Sobradinho, nos Municípios de Casa Nova, Remanso, Pilão Arcado, Sento Sé e Sobradinho, e dá outras providências. Disponível em: Acesso em: 20 abr. 2020.
BARDIN, L.. Análise de Conteúdo. São Paulo: Edições 70 Brasil, 2016.
BARRETO, A. M. F. Interpretação paleoambiental do sistema de dunas fixadas do médio Rio São Francisco, Bahia. Instituto de Geociências, Universidade de São Paulo, São Paulo: Tese de Doutoramento, 1996, 174 p.
BERTRAND, G.; BERTRAND C.. Uma Geografia Transversal e de Travessias: o meio ambiente através dos territórios e das temporalidades. Maringá: Mossoni, 2007.
BRASIL. LEI Nº 6.938, DE 31 DE AGOSTO DE 1981. Política Nacional de Meio Ambiente. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l6938.html. Acesso em: 22 junho 2019.
BRASIL. CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL DE 1988. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.html. Acesso em: 22 junho, 2019.
BRASIL. LEI Nº 9.985, DE 18 DE JULHO DE 2000. Regulamenta o art. 225, § 1o, incisos I, II, III e VII da Constituição Federal, institui o Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza e dá outras providências. Disponível em: https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9985.htm. Acesso em: 09, mar. 2021.
BRASIL. LEI Nº 9.985, DE 18 DE JULHO DE 2000. Regulamenta o art. 225, § 1o, incisos I, II, III e VII da Constituição Federal, institui o Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza e dá outras providências. Disponível em: https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9985.htm. Acesso em: 09, mar. 2021.
BRASIL. DECRETO Nº 4.340 DE 22 DE AGOSTO DE 2002. Regulamenta artigos da Lei N° 9.985, de 18 de julho de 2000, que dispõe sobre o Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza - SNUC, e dá outras providências. Disponível em: https://ideflorbio.pa.gov.br/wp-content/uploads/2015/08/Decreto_4340.pdf. Acesso em: 10, fev. 2021.
BRASIL. Conselho Nacional de Saúde (CNS). Resolução n. 510 de 07 de abril de 2017. Disponível em: http://conselho.saude.gov.br/resolucoes/2016/Reso510.pdf. Acesso em: 20 jun. 2020.
COELHO, L.; BRITO, J. Fotogrametria digital. 2. ed. Rio de Janeiro: EDUERJ, 2007. 196p.
DE OLIVEIRA, Paulo Eduardo; BEHLING, Hermann; LEDRU, Marie-Pierre; BARBERI, Maira; BUSH, Mark; SALGADO-LABOURIAU, Maria Léa; GARCIA, Maria Judite; MEDEANIC, Svetlana; BARTH, Ortrud Monika; BARROS, Márcia A. de; SCHEEL-YBERT, Rita.. Paelovegetação e Paleoclimas do Quaternário do Brasil. In: SOUZA, C. R. de G.; SUGUIO, K.; OLIVEIRA, A. M. dos S.; DE OLIVEIRA, P. E.. Quaternário do Brasil. Ribeirão Preto/SP: Holos Editora, 2005.
DIAS, R. Introdução ao turismo. São Paulo: Atlas, 2005.
DUARTE, T. S.. A construção das identidades territoriais na fronteira sul do Brasil. Geographia Meridionalis, v. 02, n. 01 Jan-Jun/2016 p. 04–19. Disponível em:<https://periodicos.ufpel.edu.br/ojs2/index.php/Geographis/article/view/7775>. Acesso em: 08/06/2020.
FOLADORI, Guillermo. Limites do Desenvolvimento Sustentável. Trad. Marise Manoel. Campinas: São Paulo, Editora da Unicamp, Imprensa Oficial, 2001.
GIANNINI, P.C.E.; ASSINE, M.L.; BARBOSA, L.M.; BARRETO, A.M.F.; CARVALHO, A.M.; SALES, V.C.; MAIA, L.P.; MARTINHO, C.T.; PEULVAST, J.P.; SAWABUCHI, A.Q.; TOMAZELLI, L.J. Dunas e Paleodunas Eólicas. In: Quaternário do Brasil. Cap.11. Associação Brasileira de Estudos do Quaternário. Holos Editora. Ribeirão Preto/SP: 2005.
GIL, A.C. Métodos e Técnicas de Pesquisa Social. 7 ed. São Paulo: Atlas, 2019. 207 p.
GUERRA, A. J. T. Dicionário Geológico e Geomorfológico. 7 Ed. Rio de Janeiro: IBGE, 1989.
HAESBAERT, Rogério. O mito da desterritorialização: do “fim dos territórios” à multiterritorialidade. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2004.
LEEF, Enrique. Agroecologia e saber ambiental. Agroecologia e Desenvolvimento Rural Sustentável. Porto Alegre, v.3, n.1, jan./mar.2002. Disponível em: http://www.emater.tche.br/docs/agroeco/revista/ano3_n1/revista_agroecologia_ano3_num1_parte08_artigo.pdf. Acesso em: 22/04/2020.
LOUREIRO, C. F.. Sustentabilidade e educação: um olhar da ecologia política. São Paulo: Cortez, 2012.
OLIVEIRA, A.R.S.; SILVA, C. H. da.. Território, Territorialidade e Identidade Territorial: categorias para análise da dinâmica territorial quilombola no cenário geográfico. Caderno de Geografia, v.27, n.49, 2017. DOI: 10.5752/p.2318-2962.2017v27n49p411. Disponível em: <http://periodicos.pucminas.br/index.php/geografia/article/view/p.2318-2962.2017v27n49p411>. Acesso em: 10/06/2020.
PACHECO, C. S.G. R. Paleoecossistemas no curso do rio São Francisco/BA e a ecodinâmica das paisagens. Curitiba/PR: Editora CRV, 2020.
ROSS, Jurandyr Sanches. Ecogeografia do Brasil: subsídios para o planejamento ambiental. São Paulo: Oficina de Textos, 2009, 208p.
_______. Geomorfologia: ambiente e planejamento. 9 Ed. São Paulo: Contexto, 2012, 89p.
SUGUIO, Kenitiro. Geologia do Quaternário e mudanças ambientais. São Paulo/SP: Oficina de Textos, 2010, 408p.
TRICART, Jean. Ecodinâmica. Rio de Janeiro, IBGE-SUPREN, 1977.
VELLOSO, A.; SAMPAIO, E. V. S. B.; PAREYN, F. G. C.. Ecorregiões Propostas para o Bioma Caatinga. Recife: Associação Plantas do Nordeste/Instituto de Conservação Ambiental The Nature Conservancy do Brasil, 2002, 76p. Disponível em: https://www.researchgate.net/profile/Antonio_Farias_Castro/publication/303899337_Ecorregioes_da_Caatinga/links/575bfc0008ae9a9c9556fb28/Ecorregioes-da-Caatinga.pdf. Acesso em: 20 jan. 2021.
XAVIER, H. A. Percepção Geográfica do Turismo. São Paulo: Aleph, 2007.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2021 CLECIA SIMONE GONÇALVES ROSA PACHECO, Reinaldo Pacheco dos Santos, Izabel Pesqueira Ribeiro Araújo, Márcia Bento Moreira, Jairton Fraga Araújo
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
O periodico Diversitas Journal expressa que os artigos são de unica responsabilidade dos Autores, conhecedores da legislação Brasileira e internacional. Os artigos são revisados pelos pares e devem ter o cuidado de avisar da possível incidencia de plagiarismo. Contudo o plagio é uma ação incontestavel dos autores. A Diversitas Journal não publicará artigos com indicios de Plagiarismos. Artigos com plagios serão tratados em conformidade com os procedimentos de plagiarismo COPE.
A violação dos direitos autorais constitui crime, previsto no artigo 184, do Código Penal Brasileiro:
“Art. 184 Violar direitos de autor e os que lhe são conexos: Pena – detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano, ou multa. § 1o Se a violação consistir em reprodução total ou parcial, com intuito de lucro direto ou indireto, por qualquer meio ou processo, de obra intelectual, interpretação, execução ou fonograma, sem autorização expressa do autor, do artista intérprete ou executante, do produtor, conforme o caso, ou de quem os represente: Pena – reclusão, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa.”