A Rede Global de Produção Mineral e o corredor mineral de amianto no Sertão Alagoano
DOI:
https://doi.org/10.48017/dj.v7i3.2032Palavras-chave:
Commodities minerais, Capital minerador, Reorganização territorialResumo
A produção de amianto, no mundo, viveu sua dinâmica de boom no início do século XX. Nos anos 1950 um grande movimento de banimento tomou conta do Norte Global, em virtude dos resultados de pesquisas acerca de doenças causadas pelo mineral. As grandes corporações, articuladas em multiescalas, realizam extração, processamento, distribuição e comercialização e constituíram as chamadas Redes Globais de Produção Mineral – RGPM, mantendo em áreas periféricas do mundo essa atividade a todo vapor, a exemplo do Brasil. Diante disso, o objetivos desse estudo foi compreender as relações do amianto produzidos no Brasil na perspectiva de RGPM e a produção do corredor mineral no sertão alagoano, com destaque ao município de Jaramataia onde localiza a Vila Campestre, planta industrial da MIBASA S.A, tendo como caminho metodológico o levantamento bibliográfico e de dados secundários seguido de estudo de caso. Dentre as áreas de explotação mineral de amianto destacamos Bom Jesus da Serra – Bahia e Minaçu – Goiás que foram geridas pela SAMA S.A e Jaramataia – Alagoas pela MIBASA S.A, ambas produções locais conectadas com a Brasilit e a Eternit, duas grandes empresas internacionais que representam o capital minerador. Como resultados analisamos a articulação da extração de amianto no sertão de Alagoas, entre 1948 à 1997, pela MIBASA S.A em consórcio ao estado criaram infraestruturas locais e regionais a ponto de estabelecer um corredor mineral estratégico, facilitando o escoamento do amianto, do tipo antofilita, para o porto de Maceió e inserido Jaramataia na rede nacional de produção ligada a SAMA. S.A.
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