Fitopatometria da murcha bacteriana em gerações de tomateiro

Autores

  • Ester da Silva Costa Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Alagoas
  • Luís Felipe Barbosa Varjão Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Alagoas
  • Ranniele Luíza Ventura Silva Universidade Federal de Alagoas
  • Kleyton Danilo da Silva Costa Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Alagoas https://orcid.org/0000-0003-4631-3240

DOI:

https://doi.org/10.48017/dj.v8i4.2818

Palavras-chave:

Ralstonia pseudosolanacearum, Solanum lycopersicum, epidemia, severidade, herança

Resumo

A bactéria Ralstonia psedosolanacearum, é responsável pela murcha bacteriana do tomateiro, doença que obstrui os vasos xilemáticos e causa a morte da planta. A única medida de controle eficiente para esta doença é a utilização de cultivares resistentes. Desta forma, o objetivo deste trabalho foi realizar a fitopatometria da murcha bacteriana (Ralstonia pseudosalanacearum) em gerações de tomateiro. O delineamento experimental utilizado foi em blocos casualizados em esquema fatorial (6 x 2), com 12 tratamentos constituídos dos genitores Yoshimatsu (testemunha de resistência), IPA-7 (testemunha de suscetibilidade) e das gerações F1, F2, RC11 e RC12e dois periodos de avaliação, o 10º e 20º dia após a inoculação. Através da escala diagramática de notas da murcha bacteriana, foi realizada a fitopatometria da doença utilizando as variáveis: Incidência (INC), Índice de Murcha Bacteriana (IMB), Índice daDoença (ID), Período de Latência (PL50), Área Abaixo da Curva do Progresso da Doença (AACPD) e Taxa de Infecção (TI). Houve interação significativa entre gerações e as épocas de avaliações para as variáveis Incidência, Índice de Murcha Bacteriana e Índice da Doença. A testemunha Yoshimatsu demonstrou resistência nas duas épocas de avaliação; para as variáveis Íncidência, Índice de Murcha Bacteriana e Índice da Doença a testemunha IPA-7 e as gerações RC12 e F2 demonstraram suscetibilidade; segundo as variáveis Área Abaixo da Curva do Progresso da Doença, Taxa de Infecção e Período de Latência a murcha bacteriana (R. pseudosolanacearumem) se caracterizou como epidêmica.

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Biografia do Autor

Ester da Silva Costa, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Alagoas

Graduanda em Engenharia Agronômica no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Alagoas (IFAL), Piranhas, AL, Brasil.

Luís Felipe Barbosa Varjão, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Alagoas

Graduando em Engenharia Agronômica no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Alagoas (IFAL), Piranhas, AL, Brasil.

Ranniele Luíza Ventura Silva, Universidade Federal de Alagoas

Mestranda em Proteção de Plantas pela Universidade Federal de Alagoas – (UFAL), Maceió, AL, Brasil.

Kleyton Danilo da Silva Costa, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Alagoas

Doutor em Melhoramento Genético de Plantas pela Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE); docente no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Alagoas (IFAL), Piranhas, AL, Brasil.

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Publicado

2023-12-30

Como Citar

Costa, E. da S., Varjão, L. F. B., Silva, R. L. V., & Costa, K. D. da S. (2023). Fitopatometria da murcha bacteriana em gerações de tomateiro. Diversitas Journal, 8(4), 3147–3158. https://doi.org/10.48017/dj.v8i4.2818