Impactos ambientais macroscópicos e qualidade da água em nascentes localizadas na Vila Bananeira, Arapiraca-AL
DOI:
https://doi.org/10.17648/diversitas-journal-v6i1-1181Palabras clave:
conservação, recursos hídricos , impactos sócio-ambientalResumen
O crescimento populacional vem acompanhado de uma constante degradação do meio ambiente, colocando em risco o equilíbrio ecológico de diversos ecossistemas afetando, direta ou indiretamente, muitas nascentes. Nascentes são sistemas ambientais importantes para a manutenção do equilíbrio hidrológico e são as principais fontes de água para um rio. Nesse contexto, e considerando que a água é um recurso natural imprescindível para diversas atividades humanas, objetivou-se, com este estudo, avaliar o grau de conservação de nascentes localizadas na Vila Bananeira, Arapiraca-AL, através do Índice de Impacto Ambiental em Nascentes (IIAN), assim como averiguar a qualidade da água proveniente dessas nascentes por meio da análise de alguns parâmetros físico-químicos e microbiológicos nas amostras coletadas. O estudo foi realizado nos meses de Janeiro e Fevereiro de 2020 e dividido em duas etapas. A primeira consistiu em um trabalho de campo com a observação dos parâmetros macroscópicos, para determinação do IIAN. Sete nascentes foram avaliadas. Na segunda etapa, análises laboratoriais foram realizadas para determinação da qualidade da água das nascentes em estudo. Amostras das três nascentes que apresentavam maior volume de água foram encaminhadas aos laboratórios da UFAL/ Campus Arapiraca. Parâmetros físico-químicos como: pH, turbidez e condutividade foram determinados utilizando-se aparelhos específicos para este fim. Também foram realizados testes microbiológicos para averiguar a presença de bactérias do grupo coliformes. Para a análise microbiológica, utilizou-se a técnica dos tubos múltiplos. Após as análises, constatou-se que seis nascentes apresentavam grau de conservação razoável (classe C) e uma delas, a nascente denominada “A”, grau de conservação ruim (classe D). Os valores de pH encontrados estavam ligeiramente abaixo daquele exigido pela legislação, mas foram classificados como satisfatórios para consumo humano. Os valores de turbidez estavam dentro da normalidade, considerando os valores de referência apontados pela legislação. Os valores de condutividade encontrados foram: 304,9; 302,1 e 355,8 µS/cm para as nascentes “A”, “B” e “C”, respectivamente. Quanto aos resultados microbiológicos, somente a nascente “A” apresentou contaminação por coliformes fecais. Os resultados encontrados nesta pesquisa, tanto quanto ao grau de conservação da nascente “A”, considerado ruim, como os achados microbiológicos, são preocupantes, dada a importância dessa nascente para a comunidade local e circunvizinha, uma vez que se trata da principal fonte de água da região.
Métricas
Citas
ALAGOAS. Projeto cadastro de fontes de abastecimento por água subterrânea.Diagnóstico do município de Arapiraca, estado de Alagoas/ Organizado [por] João de Castro Mascarenhas, Breno Augusto Beltrão, Luiz Carlos de Souza Junior. Recife: CPRM/PRODEEM, 2005. Disponível em: <http://dspace.cprm.gov.br/jspui/bitstream/doc/15285/1/rel_cadastros_maragogi.pdf> Acesso em 02 de fevereirode 2020.
ALVES, L. S. Desenvolvimento de medidor de condutividade elétrica da água para fins de monitoramento ambiental. 2016. 60 f. Trabalho de Conclusão de Curso (graduação) –Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) Graduação de Bacharelado emEngenharia Física, Porto Alegre, 2016.
ALVES, S. G. S.; ATAIDE, C. D. G.; SILVA, J. X. Análise microbiológica de coliformes totais e termotolerantes em águas de bebedouros de um parque público de Brasília, Distrito Federal. Revista de Divulgação Científica Sena Aires, v. 7, n. 1, 2018. Disponível em: <http://revistafacesa.senaaires.com.br/index.php/revisa/article/view/298>. Acesso em 04 de dezembro de 2019.
ARAPIRACA. Plano Municipal de Saneamento básico Sustentável de Arapiraca –Relatório Final Simplificado. 2016. Disponível em: <http://web.arapiraca.al.gov.br/arquivos/plano-municipal-de-saneamento-basico/>. Acesso em 06 de março de 2020.
BISOGNIN, R. P.et al. Análise e divulgação da qualidade da água de nascentes, afluentes e ponto de captação do arroio Lajeado Erval Novo no município de Três Passos –RS. Revista Gestão & Sustentabilidade Ambiental, v. 6, n. 2, p. 44-55, ago. 2017. ISSN 2238-8753. Disponível em: <http://www.portaldeperiodicos.unisul.br/index.php/gestao_ambiental/article/view/3625>. Acesso em 29 de fevereiro de2020.
BOTELHO, S. A.; DAVID, A.C. Métodos silviculturais para recuperação de nascentes e recomposição de matas ciliares. In: Simpósio Nacional sobre Recuperação de Áreas Degradadas: Água e Biodiversidade, Belo Horizonte-MG. p.123-145, 2002. Disponível em: <https://www.researchgate.net/profile/Soraya_Botelho/publication/242672925_METODOS_SILVICULTURAIS_PARA_RECUPERACAO_DE_NASCENTES_E_RECOMPOSICAO_DE_MATAS_CILIARES/links/55ba18fb08aed621de0ab2a6.pdf>. Acesso em 20 de dezembro de 2019.
BRASIL. Fundação Nacional de Saúde. Manual de Saneamento. 3 ed. rev. Brasília: Fundação Nacional de Saúde, 2004. Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/manual_saneamento_3ed_rev_p1.pdf. Acesso em 27 de janeiro de 2020.
BRASIL. Fundação Nacional de Saúde. Manual prático de análise de água / Fundação Nacional de Saúde –4. ed. –Brasília: Funasa, 2013. 150 p.
BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria MS nº 2.914 de 12 de dezembro de 2011. Dispõe sobre os procedimentos de controle e de vigilância da qualidade da água para consumo humano e seu padrão de potabilidade. Disponível em: <http://www.comitepcj.sp.gov.br/download/Portaria_MS_2914-11.pdf>. Acesso em 10 de fevereiro de2020.
COLET, K. M. Avaliação do impacto da urbanização sobre o escoamento superficial na bacia do Córrego do Barbado, Cuiabá-MT. 2012. 134 f. Dissertação (Mestrado em Engenharia de Edificações e Ambiental) -Universidade Federal de Mato Grosso, Faculdade de Arquitetura, Engenharia e Tecnologia, Cuiabá, 2012.
DERÍSIO, J. C. Introdução ao controle de poluição ambiental. 2ed. São Paulo: Signus; 2000. Disponível em: < http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S2179-80872015000200171&script=sci_arttext>. Acesso em 05 de dezembro de 2019.
DORNELLAS, P. D.; CAMPOS, H. L. Efeitos do crescimento urbano na qualidade das águas do Riacho Piauí, Arapiraca-AL. Revista de Geografia, v. 25, n. 2, mai/ago,2008.
FELIPPE, M. F.; CARMO, L. G.; MAGALHÃES JUNIOR, A. P. Áreas de preservação permanente no entorno de nascentes: conflitos, lacunas e alternativas da legislação ambiental brasileira. Boletim Goiano de Geografia(Online), v. 34, p. 275-293, 2014. Disponível em: <https://www.redalyc.org/pdf/3371/337131734006.pdf>. Acesso em 06 de fevereiro de 2020.
FELIPPE, M. F.; MAGALHÃESJÚNIOR, A. P.Impactos ambientais macroscópicos e qualidade das águas em nascentes de parques municipais em Belo Horizonte-MG. Geografias, 2012. Disponívem em: <https://periodicos.ufmg.br/index.php/geografias/article/view/13336>. Acesso em 19 de dezembro de 2019.
MARMOTEL, C. V. F.; RODRIGUES, V. A. Parâmetros indicativos para qualidade da água em nascentes com diferentes coberturas de terra e conservação da vegetação ciliar.Floresta eambiente, v. 22, n. 2, p. 171-181, 2015. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S2179-80872015000200171&script=sci_arttext>. Acesso em 13 de fevereiro de 2020.
OLIVEIRA, J. L. Da crise do setor fumageiro à diversificação produtiva em Arapiraca-AL: o projeto cinturão verde. 2007. Dissertação (Mestrado) –Instituto de Geografia, Desenvolvimento e Meio Ambiente, Universidade Federal de Alagoas, Maceió, 2007. Disponível em: < http://www.repositorio.ufal.br/handle/riufal/1110>. Acesso em 04 de fevereiro de 2020.
PHYTO –CONSULTORIA EM ENGENHARIA E MEIO AMBIENTE LTDA.Levantamento e diagnóstico de nascentes na região da bacia do Rio Piauí -Arapiraca/AL: relatório técnico.Maceió, 2013.
PINTO, L. V. A.; ROMA, T. N.; BALIEIRO, K. R. C. Avaliação qualitativa da água de nascentes com diferentes usos do solo em seu entorno. Cerne, v.18, n.3, p.495-505, 2012. Disponível em: < http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0104-77602012000300018&script=sci_arttext&tlng=pt>. Acesso em 04 de janeiro de 2020.
RANGEL, A.R. M.; OLIVEIRA, V. P. S.; MOREIRA, M. A. C. O programa rio rural no estado do rio de janeiro: a experiência na microbacia canal Jurumirim, município de Macaé. Revista Monografias Ambientais–REMOA/UFSM, Santa Maria, RS, v. 15, n.1, p.302-322, 2006. Disponível em: <https://periodicos.ufsm.br/index.php/remoa/article/view/19948>. Acesso em 07 de dezembro de 2019.
RODRIGUES, V. A. Morfometria e mata ciliar da microbacia hidrográfica. In: Workshop em manejo de bacias hidrográficas. Botucatu: FEPAF: FCA: DRN; 2004.
ROMEIRO, S. S; FORTUNA, J. L. Pesquisa de coliformes e análises físico-químicas da água do córrego água limpa em Medeiros Neto-BA. Revista de Estudos Ambientais, v. 18, n. 2, p. 35-51, 2016. Disponível em: <https://bu.furb.br/ojs/index.php/rea/article/view/6085>. Acesso em 05 de janeiro de 2020.
SILVA, A. F. daet al. Avaliação quantitativa das águas subterrâneas do projeto cinturão verde–município de Arapiraca–AL. Revista Ambientale, v. 2, n. 2, 2010. Disponível em: < https://periodicosuneal.emnuvens.com.br/ambientale/article/view/28>. Acesso em 03 de janeiro de 2020.
SKORUPA, L.A. Áreas de preservação permanente e desenvolvimento sustentável.Jaguariúna: EMBRAPA Meio Ambiente, 2003. Disponível em: <http://www.agencia.cnptia.embrapa.br/recursos/Skorupa_areasID-GFiPs3p4lp.pdf> Acesso em08 de janeiro de 2020.
SMA -SECRETARIA DO ESTADO DO MEIO AMBIENTE. Caderno da mata ciliar. Departamento de Proteção da Biodiversidade, n 1, 2009. São Paulo. Disponível em: <https://www.sigam.ambiente.sp.gov.br/sigam3/Repositorio/222/Documentos/Cadernos_Mata_Ciliar_1_Preservacao_Nascentes.pdf>. Acesso em 04 de fevereiro de 2020.
SOUZA, J.R.et al. A Importância da Qualidade da Água e os seus Múltiplos Usos: Caso Rio Almada, Sul da Bahia, Brasil. REDE -Revista Eletrônica do PRODEMA, Fortaleza, v. 8, n. 1, abr. 2014. ISSN 1982-5528. Disponível em: <http://www.revistarede.ufc.br/rede/article/view/217>. Acesso em: 09 de fevereiro de 2020.
YAMAGUCHI, M. U. et al. Qualidade microbiológica d’água para consumo humano em instituição de ensino de Maringá-PR. O mundo da saúde. São Paulo, 2013. Disponível em: <http://bvsms.saude.gov.br/bvs/artigos/mundo_saude/qualidade_microbiologica_agua_consumo_humano.pdf>. Acesso em 05de dezembro de 2019.
Descargas
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
Derechos de autor 2021 Dayrane Rose Celestino da Silva Santos, Valdilene Canazart dos Santos
Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución 4.0.
O periodico Diversitas Journal expressa que os artigos são de unica responsabilidade dos Autores, conhecedores da legislação Brasileira e internacional. Os artigos são revisados pelos pares e devem ter o cuidado de avisar da possível incidencia de plagiarismo. Contudo o plagio é uma ação incontestavel dos autores. A Diversitas Journal não publicará artigos com indicios de Plagiarismos. Artigos com plagios serão tratados em conformidade com os procedimentos de plagiarismo COPE.
A violação dos direitos autorais constitui crime, previsto no artigo 184, do Código Penal Brasileiro:
“Art. 184 Violar direitos de autor e os que lhe são conexos: Pena – detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano, ou multa. § 1o Se a violação consistir em reprodução total ou parcial, com intuito de lucro direto ou indireto, por qualquer meio ou processo, de obra intelectual, interpretação, execução ou fonograma, sem autorização expressa do autor, do artista intérprete ou executante, do produtor, conforme o caso, ou de quem os represente: Pena – reclusão, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa.”