Triste Fim de Policarpo Quaresma – entre a tríade simbólica – as teias de uma violência anunciada
DOI:
https://doi.org/10.48017/dj.v7i4.2359Palabras clave:
Lima Barreto, Materialismo Lacaniano, violência subjetiva, sistêmica e simbólicaResumen
Este artigo analisa as formas de violência no romance Triste Fim de Policarpo Quaresma, de Lima Barreto, por meio do materialismo lacaniano proposto por Slavoj Žižek. O processo metodológico de construção desta pesquisa seguiu o percurso de seleção e revisão da bibliografia a partir das leituras e dos estudos de obras impressas e digitais que forneceram os dados essenciais para a construção do texto. Por se tratar de uma pesquisa de cunho qualitativo, recorremos às leituras da Literatura e do Materialismo Lacaniano, trazendo, a fim de complementar a abordagem específica, elementos da Filosofia e Sociologia, objetivando averiguar a relação entre mundo, pessoas, acontecimentos e lugares, em suas formas de representação social e literária. O texto apresenta dados sobre a obra de Lima Barreto, destacando os aspectos literários que refletem o comportamento e as tensões de um país que se fizera independente e democrático, mas isso não se traduzia nas práticas cotidianas. Dentre as várias concepções de violência, elegemos as postuladas por Žižek (2014) para explicar como as violências subjetiva e objetiva – sistêmica e simbólica – aparecem como consequências das relações de poder entre classes, no cenário político e social apresentado pela narrativa do personagem Policarpo Quaresma. As pesquisas apontam que a violência, em Policarpo Quaresma, está associada ao homem e à sociedade, e, no romance, as formas subjetiva, sistêmica e simbólica, além de manterem a estrutura da narrativa, são responsáveis pela busca do sentido da existência que caracteriza o personagem.
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Disponível em:
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