A importância da abelha mamangava (Xylocopa) para a polinização da flor do maracujá-amarelo (Passiflora eduli)

Autores/as

  • Juliana Dantas dos Santos Universidade Estadual de Alagoas
  • Katia Santos Bezerra Universidade Estadual de Alagoas

DOI:

https://doi.org/10.48017/dj.v8i3.2555

Palabras clave:

Mamangava, flor, polinização

Resumen

Atualmente, o Brasil é considerado o maior produtor de maracujá-amarelo do mundo. A polinização do maracujazeiro é efetivada unicamente pela abelha do gênero (Xylocopa spp.), mais conhecida por mamangava, mangangá ou vespa-de-rodeio. Essas abelhas se alimentam do néctar retirado das flores dos maracujazeiros, as quais, simultaneamente, realizam a polinização, com grande eficiência. Este trabalho objetiva ressaltar a importância da abelha mamangava para a polinização da flor do maracujá-amarelo, em uma pequena plantação em Palmeira dos Índios- AL. A coleta dos dados obtida in loco, a partir de caminhadas, no período de dezembro de 2016 a abril de 2017. Entre as fileiras do plantio observou-se um número maior de outros visitantes florais, cujas abelhas mamangavas se apresentavam sempre em menor quantidade, e mesmos assim, foram as únicas capazes de realizarem a polinização com qualidade. A importância da mamangava na polinização do maracujá-amarelo necessitou visualizar as flores do plantio mais visitados e compará-los com outras. As flores visitadas pela mamangava foram polinizadas, cujo aproveitamento é 100% de frutos vingados. Já as flores visitadas pelas demais espécies tiveram grandes danos com 0% de frutos vingados. Portanto, a abelha mamangava do gênero Xylocopa é essencial a perpetuação da espécie do maracujá-amarelo passifloracea edulis.

Métricas

Cargando métricas ...

Biografía del autor/a

Juliana Dantas dos Santos, Universidade Estadual de Alagoas

Discente do curso de Biologia da Universidade Estadual de Alagoas – UNEAL/Campus III.

Katia Santos Bezerra, Universidade Estadual de Alagoas

Possui graduação em Bacharelado em Ciências Biológicas pela Universidade Federal Rural de Pernambuco (2005), mestrado em Recursos Pesqueiros e Aquicultura pela Universidade Federal Rural de Pernambuco (2007) e doutorado em Ecologia e Recursos Naturais pela Universidade Federal de São Carlos (2012). Atualmente é professora adjunta da Universidade Estadual de Alagoas e conselheira suplemente da Universidade Estadual de Alagoas. Tem experiência na área de Aquicultura Sustentável, Biologia da Conservação e Ecologia Humana, através da execução de projetos pesquisa, inovação e produtos, com a elaboração de hambúrguer e ração animal de manga, inhame e folha de mandioca, para uso na agricultura familiar. Além disso, já realizou projetos investigativos em áreas sobre influência antropogênica e degradação ambiental, no bioma caatinga e mata atlântica com objetivo de avaliar a biodiversidade local.

Citas

Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais -Sistema Integrado de Biblioteca (2020). Aplicabilidade das Normas de APA para Formatação de Artigos Científicos de acordo com atualizações da 7ª edição. file:///C:/Users/cirle/Downloads/treinamento-apa-2020%20(2).pdf

Bibliotecas do Politécnico de Leiria (s.d.). Guia para elaboração de citações e referências bibliográficas –Normas APA 7ª edição.file:///C:/Users/cirle/Downloads/Guia_APA_7%C2%AAEd._v1.pdf

Sistema de Bibliotecas da Universidade de Brasília (SiB-UnB) -Biblioteca Central Coordenadoria de Atendimento ao Usuário Setor de Referência (2021). Estilo APA Regras gerais para citações, referências e formatação. file:///C:/Users/cirle/Downloads/Estilo-APA.pdf

Barbosa, D. B., Crupinski, E. F., Silveira, R. N., e Limberger, D. C. H. (2017). As abelhas e seu serviço ecossistêmico de polinização. Revista Eletrônica Científica da UERGS, 3(4), p. 694-703. https://doi.org/10.21674/2448-0479.34.694-703

Brasil. (1998). Lei nº 9.605, de 12 de fevereiro de 1998. Diário Oficial da República Federativa do Brasil. 7674-7674. https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9605.htm

Carvalho, S. D., Stenzel, N. M. C., & Auler, P. A. M. (2015). Recomendações técnicas para o cultivo no Paraná. IAPAR.

Camilo, E. (2003). Polinização do maracujá. Holos Editora.Flores, L. M. A. (2012). A importância dos habitats naturais no entorno de plantações de cajueiro anão precoce (Anacardium occidentale L.) para o sucesso reprodutivo. [Dissertação de mestrado, Universidade Federal do Ceará] https://repositorio.ufc.br/handle/riufc/17155

Lima, A. D. A., Borges, A. L., Fancelli, M. & Cardoso, C. E. L. (2011). Maracujá: sistema de produção convencional. In: M. de M. Pires, A. R. S. José, A. O. da Conceição (orgs), Maracujá: avanços tecnológicos e sustentabilidade. (pp. 203-237). Editus. https://www.bdpa.cnptia.embrapa.br/consulta/busca?b=ad&id=902786&biblioteca=vazio&busca=902786&qFacets=902786&sort=&paginacao=t&paginaAtual=1

Meletti, L. M. M. (2011). Avanços na cultura do maracujá no Brasil. RevistaBrasileira deFruticultura, 33(spe1). https://doi.org/10.1590/S0100-29452011000500012

Minayo, M. C. de S., Deslandes, S. F. (2008). Caminhos do pensamento: epistemologia e método. FIOCRUZ. https://doi.org/10.7476/9788575414118

Palazuelos-Ballivián, J. M. P., Utermoehi, B., & Soares, V. (2008). Abelhas nativas sem ferrão. Oikos.

Pires, M. M., São José, A. R. & Conceição, A. O. da. (2011). Maracujá: avanços tecnológicos e sustentabilidade. Editus.

Santos, V. A. dos, Ramos, J. D., Laredo, R. R., Silva, F. O. dos R., Chagas, E. A., & Pasqual, M. (2017). Produção e qualidade de frutos de maracujazeiro-amarelo provenientes do cultivo com mudas em diferentes idades. Revista de Ciências Agroveterinárias, 16(1), 33-40. https://doi.org/10.5965/223811711612017033

Souza, D. L., Evangelista-Rodrigues, A., Pinto, M. do S. de C. (2007). As abelhas como agentes polinizadores. Revista Electrónica de Veterinaria, VIII(3), p. 1-7. http://www.veterinaria.org/revistas/redvet/n030307.html

Vianna, M. R., Junior, P. de M., & Oliveira, L. A. de. (2007). Manejo de polinizadores e o incremento da produtividade agrícola: uma abordagem sustentável dos serviços do ecossistema. Revista Brasileira de Agroecologia, 2(1). https://revistas.aba-agroecologia.org.br/rbagroecologia/article/view/6253

Vieira, P. F. da S. P., Cruz, D. de O., Gomes, M. F. M., Campos, L. A. de O., & Lima, J. E. de. (2018). Valor econômico da polinização por abelhas mamangavas no cultivo do maracujá-amarelo. Revista Iberoamericana de Economia Ecológica, 15(1), p. 43-53. https://redibc.org/ojs/index.php/revibec/article/view/228

Witter, S., Nunes-Silva, P., Blochtein, B., Lisboa, B. B., Imperatriz-Fonseca, V. L. (2014). As abelhas e a agricultura. ediPUCRS. https://editora.pucrs.br/edipucrs/acessolivre/Ebooks//Pdf/978-85-397-0658-7.pdf

Yamamoto, M., Barbosa, A. A. A., & Oliveira, P. E. A. M. de. (2010). A polinização em cultivos agrícolas e a conservação das áreas naturais: o caso do maracujá-amarelo (Passiflora Edulis F. Flavicarpa Deneger).Oecologia australis,14 (1), p. 174-192. https://doi.org/10.4257/oeco.2010.1401.10

Zeraik, M. L., Pereira, C. A. M., Zuin, V. G., & Yariwake, J. H. (2010). Maracujá: um alimento funcional?. Revista Brasileira de Farmacognosia ,20(3), p. 459-471. https://doi.org/10.1590/S0102-695X2010000300026

Publicado

2023-07-29

Cómo citar

Dantas dos Santos, J., & Santos Bezerra, K. (2023). A importância da abelha mamangava (Xylocopa) para a polinização da flor do maracujá-amarelo (Passiflora eduli). Diversitas Journal, 8(3), 2949–2961. https://doi.org/10.48017/dj.v8i3.2555

Número

Sección

Ciências Biológicas