Avaliação da reconciliação medicamentosa durante a admissão hospitalar de pacientes renais
DOI:
https://doi.org/10.48017/dj.v9i3.2583Palabras clave:
Segurança do paciente, erros de medicação, nefrologiaResumen
Objetivo: Avaliar o processo de reconciliação medicamentosa durante a admissão na enfermaria de nefrologia do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Pernambuco. Metodologia: Estudo de caráter quantitativo retrospectivo e descritivo, viabilizado mediante a análise de formulários aplicados pelo farmacêutico clínico durante sua rotina de trabalho. Foram identificados os medicamentos mais envolvidos em discrepâncias, a associação destas com polifarmácia e a análise de desempenho do serviço. Os dados coletados foram apresentados como frequência, média e desvio padrão. A análise estatística foi realizada utilizando SPSS.V.21.0, o teste do Qui quadrado foi utilizado para análise de associação entre as variáveis dicotômicas e o nível de rejeição da hipótese de nulidade foi fixado em 1% (p< 0,01). Resultados: Foram analisados 250 formulários. 63,2% apresentaram discrepâncias, porém 32,3% eram discrepâncias não intencionais. 1384 medicamentos foram utilizados pelos pacientes antes da internação, dentre os quais 24,1% possuíam algum tipo de discrepância. Furosemida e Metformina foram frequentemente associados a discrepâncias intencionais; Anlodipino à discrepância intencional não documentada e vitamina D/Calcitriol às discrepâncias não intencionais. Foi verificada associação entre a polifarmácia e a ocorrência de discrepâncias (p<0,01). Conclusão: Foi identificada uma baixa prevalência de discrepâncias não intencionais, porém uma maior atenção deve ser dada aos medicamentos que necessitam de monitoramento laboratorial. Além disso, a associação estatística entre polifarmácia e ocorrência de discrepâncias foi observada. As reconciliações foram majoritariamente realizadas no intervalo máximo de 48 horas e apresentaram uma cobertura mensal variável.
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