A tribo Senecioneae (Asteraceae) em Pernambuco, Brasil

Autores/as

  • Rita de Cássia Araújo Pereira Instituto Agronômico de Pernambuco
  • Rafaela Alves Pereira da Silva Universidade Federal Rural de Pernambuco
  • Edilton Vital de Oliveira Neto Universidade Federal Rural de Pernambuco
  • Maria Rita Cabral Sales de Melo Universidade Federal Rural de Pernambuco

DOI:

https://doi.org/10.48017/dj.v8i3.2655

Palabras clave:

Taxonomia, Emilia, Erechtites

Resumen

Este trabalho teve como objetivo realizar um estudo taxonômico para a tribo Senecioneae no estado de Pernambuco. O estudo foi baseado na análise de coleções de herbárioeem observações de campo.Foram reconhecidos para a tribo Senecioneae dois gêneros: Emilia Cass. e Erechtites Rafin, e seis táxons no total: Emilia fosbergii Nicolson, Emilia sonchifolia (L.) DC., Erechtites valerianifolius (Wolf) DC., Erechtites hieraciifolius (L.) Raf. ex DC., além de duas variedades Erechtites var. hieraciifoliuse E. var. cacalioides (Fisch. ex Spreng.) Less. ex Griseb. Os representantes de Emilia são os de maior frequência e distribuição, estando presentes em todos os ecossistemas do estado, desde as áreas da Zona da Mata até regiões mais secas da zona da Caatinga. Por outro lado, as espécies de Erechtitesmostram distribuição mais restrita, sendo registradas para a Zona da Mata e em Brejos de Altitude. Neste trabalho são fornecidas descrições, chaves de identificação, ilustração das espécies, dados fenológicos e comentários sobre afinidades morfológicas e de distribuição geográfica.

Métricas

Cargando métricas ...

Biografía del autor/a

Rita de Cássia Araújo Pereira, Instituto Agronômico de Pernambuco

Possui graduação em Engenharia Agronômica pela Universidade Federal Rural de Pernambuco (1977), mestrado em Botânica pela Universidade Federal Rural de Pernambuco (1989) e doutorado em Botânica pela Universidade Federal Rural de Pernambuco (2001). Pesquisadora do Instituto Agronômico de Pernambuco e Curadora do Herbário IPA. Atualmente é também assessora ad-hoc da Fundação de Amparo à Ciência e Tecnologia do Estado de Pernambuco, membro da Comissão Editorial dos Anais da academia Pernambucana de Ciência Agronômica e assessora técnico-científica do Centro de Pesquisa do Trópico Semi Árido - Embrapa. Membro titular da Academia Pernambucana de Ciência Agronômica, apresenta ampla experiência na área de Botânica, com ênfase em Taxonomia de Fanerógamos, atuando principalmente nos seguintes temas: florística, asteraceae, caatinga, taxonomia botânica econômica e fitossociologia.

Rafaela Alves Pereira da Silva, Universidade Federal Rural de Pernambuco

Atualmente desenvolve Pós-doutorado pelo Projeto PNPD da Capes vinculado a Unidade Acadêmica de Serra Talhada da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE). Concluiu o pós-doutorado pelo Programa Nacional de Pós-Doutorado (PNPD/Capes) em 2019. É doutora em Botânica pelo Programa de Pós-Graduação em Botânica da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE). Durante o doutorado-sanduíche no Royal Botanical Garden, Kew, Inglaterra, e em outros herbários europeus (BM, LINN, G, P), permitiu-se a revisão taxonômica das espécies de Madagascar e Neotropicais do gênero e a descoberta de novas espécies. No Brasil, foram desenvolvidas as análises filogenéticas para a conclusão dos trabalhos. No mestrado desenvolveu a dissertação intitulada Dalechampia L. (Plukenetieae, Euphorbiaceae) para Pernambuco. Durante a Graduação em Tecnologia em Gestão Ambiental, pelo Instituto Federal de Pernambuco (IFPE), foi bolsista de iniciação científica na linha de pesquisa de Ecologia de Ecossistemas Terrestres, também atuou como monitora da disciplina de Estudos de Ecologia Regional.

Edilton Vital de Oliveira Neto, Universidade Federal Rural de Pernambuco

Graduado em Agronomia pela Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE). Atualmente mestrando em Biodiversidade pela Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE). Tem experiência na área de Botânica, com ênfase em Sistemática e Evolução, desenvolvendo estudos principalmente com a família Asteraceae.

Maria Rita Cabral Sales de Melo, Universidade Federal Rural de Pernambuco

Possui mestrado (1991) e doutorado (2005) em Botânica pela Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE). Atualmente é professora adjunto da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE). Tem experiência na área de Botânica, atuando principalmente nos seguintes temas: florística, biologia, ecologia, solos salinos.

Citas

Baker, J.G. 1884. Compositae. In: Martius. C.P.F. Flora Brasiliensis. Monachii: Lipsitae, v. 6, part. 2, p. 135-268.

Barkley, T. M. 1975. Flora of Panamá: Compositae. Annals of the Missouri Botanical Garden, St. Louis, v. 62, n. 4, p. 1244-1272.

Barroso, G. M. 1959. Compositae: Flora da cidade do Rio de Janeiro. Rodriguésia, Rio de Janeiro, v. 21 e 24, n. 33-34, p. 70-147. https://www.jstor.org/stable/23491991

Bazante, M. L.; Soares, G.; Loeuille, B.(2021).Flora da Usina São José, Igarassu, Estado de Pernambuco, Brasil: Asteraceae. Hoehenea 49: e152021, 2022. http://dx.doi.org/10.1590/2236-8906-15/2021

BFG, 2020. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Available from: http://floradobrasil.jbrj.gov.br/ (last access 10 November 2020).

Cabrera, A. L. 1958. El género Senecioen Brasil, Paraguay y Uruguay. Arq. Jard. Bot., Rio de Janeiro, v. 15, p. 163-269 pp.

Cabrera, A. L. 1974. Compositae.In: Burkart, A. Flora ilustrada de Entre Rios (Argentina). Buenos Aires: Inta, p. 106-554 pp.

Cabrera, A. L. 1978. Compositae. Flora de la Provincia de Jujuy (Argentina). Buenos Aires: Inta, 726 p.

Cabrera, A. L. 2000. Catálogo Ilustrado de las Compuestas (Asteraceae) de laProvincia de Buenos Aires: Sistemática, Ecología y Usos. Buenos Aires: Cobiobo.136 pp.

Funez, L. A.; Hassemer, G.; Peroni, N.; Drechsler-Santos, E. R. Taxonomic notes on Erechtites (Asteraceae: Senecioneae). Phytotaxa, 489 (2): 155-170.

Heiden, G.; Barbieri, R.L.; Wasum, R.A.; Scur, L.; Sartori, M.(2007). A família Asteraceae em São Mateus do Sul, Paraná. Revista Brasileira de Biociências5(S2):249-251.https://seer.ufrgs.br/rbrasbioci/article/view/115077/62374

Hind, D. J. N. A. 1993. Checklist of the Brazilian Senecioneae (Compositae). Kew Bulletin, London, v. 48, n. 2, p. 279-295. https://www.jstor.org/stable/4117934

Hind, D. J. N. 1995. Compositae. In: Stannard, B. L. Flora of the Pico das Almas:Chapada Diamantina – Bahia, Brasil. Kew Royal Botanic Gardens, p. 175-278. https://www.infraestruturameioambiente.sp.gov.br/institutodebotanica/1995/01/flora-of-the-pico-das-almas-chapada-diamantina-bahia-brazil/

Hind, D. J. N. 2000. The Tribe Senecioneae (Compositae) in Bahia, Brazil, with descriptions of anew section and species in Senecio. Kew Bull, v. 54, n. 4, p. 897-904. https://www.jstor.org/stable/4111167

Mendonça, R. C.; Jeanine Maria Felfili, J. M.; Walter, B. M. T.; Júnior, M. C. S.; Rezende, A. V.; Filgueiras, T. S.; Nogueira, P. E.; Fagg, C. W. Flora vascular do Cerrado. Checklist com 12.356 espécies. In: Sano, S. M.; Almeida, S.P. de Cerrado: ambiente e flora. Planaltina: Emprapa, 1998. p. 289-556. https://www.bdpa.cnptia.embrapa.br/consulta/busca?b=pc&id=190626&biblioteca=vazio&busca=autoria:%22T.%22&qFacets=autoria:%22T.%22&sort=&paginacao=t&paginaAtual=825

Mendonça, R. C.; Felfil, J. M.; Fagg, C. W.; Silva, M. A. 2000. Florística da região do Espigão Mestre do São Francisco, Bahia e Minas Gerais. Brasília, Boletim do Herbário Ezechias Paulo Heringer, v. 6, p. 38-94. https://www.infraestruturameioambiente.sp.gov.br/institutodebotanica/2000/01/floristica-da-regiao-do-espigao-mestre-do-sao-francisco-bahia-e-minas-gerais/

Nakajima, J. N.; Semir, J. 2001. Asteraceae do Parque Nacional da Serra da Canastra, Minas Gerais, Brasil. São Paulo. Revista Brasileira de Botânica., São Paulo, v. 24, n. 4, p. 471-478. https://www.scielo.br/j/rbb/a/6dQSkHNvnx7z9jXcjjtmt6B/

Nordenstam, B.; Pelser, P.B.; Kadereit, J.W. & Watson, L.E. 2009. Senecioneae. In: Funk, V.A.; Susanna, A.; Stuessy, T.F. & Bayer, R.J. (eds.). Systematics, evolution and biogeography of Compositae. International Association for Plant Taxonomy, Vienna. p. 503-525.

Silva, M. F. C. & Pereira, R. C. A. (2005). Levantamento da tribo Senecioneae Cassini (Asteraceae) no estado de Pernambuco. Monografia (Bacharelado em Ciências Biológicas). Departamento de Biologia, Universidade Federal Rural de Pernambuco, 43f.

Teles, A.M. & Freitas, F.S. 2013. Senecio hortensiae (Asteraceae, Senecioneae): a new species from Espírito Santo, Brazil. Phytotaxa 142: 46-50. https://www.biotaxa.org/Phytotaxa/article/view/phytotaxa.142.1.5

Teles, A.M. & Meireles, L.D. 2010. A new species of Senecio (Asteraceae: Senecioneae) from southeastern Brazil. Brittonia 62: 178-182. https://www.researchgate.net/publication/251319620_A_new_species_of_Senecio_Asteraceae_Senecionae_from_southeastern_Brazil

Teles, A.M. & Stehmann, J.R. 2008. Plantae, Magnoliophyta, Asterales, Asteraceae, Senecioneae, Pentacalia desiderabilis and Senecio macrotis: distribution extensions and first records for Bahia, Brazil. Check List 4: 62-64. https://www.biotaxa.org/cl/article/view/4.1.62

Teles, A.M. & Stehmann, J.R. 2011. Flora da Serra do Cipó, Minas Gerais: Asteraceae - Senecioneae. Boletim de Botânica da Universidade de São Paulo. São Paulo 29: 57-68. https://www.revistas.usp.br/bolbot/article/view/11810

Teles, A.M. 2010. Nova combinação e chave revisada para Dendrophorbium (Asteraceae - Senecioneae) no Brasil. Rodriguésia 61: 143- 145. https://www.scielo.br/j/rod/a/vpw78xLMwHTgbYRFB7b4RBS/abstract/?lang=pt

Teles, A.M.; Nakajima, J.N. & Stehamann, J.R. 2009. Senecio albus, a new species of Senecio sect. Adamantina (Senecioneae - Asteraceae) with an emendment to the section. Kew Bulletin 64: 161-165. https://www.jstor.org/stable/20649636

Teles, A.M.; Nakajima, J.N. & Stehmann, J.R. 2006. Dendrophorbium restingae (Asteraceae: Senecioneae), a new species from São Paulo, Brazil. Sida 22: 123-128. https://www.researchgate.net/publication/289123006_Dendrophorbium_restingae_Asteraceae_Senecioneae_a_new_species_from_Sao_Paulo_Brazil

Teles. A. M.; Stehmann, J. R. 2016. A tribo Senecioneae (Asteraceae) em Minas Gerais, Brasil. Rodriguésia 67(2): 455-487. https://www.scielo.br/j/rod/a/cTkfD4qgV7cpDrpwFGSVffB/?lang=pt

Teles, A.M.; Freitas, F.S.; Heiden, G.; Fernandes, F.SenecioneaeinFlora e Funga do Brasil.(2023). Jardim Botânico do Rio de Janeiro. https://floradobrasil.jbrj.gov.br/FB101563.

Thiers, B. 2022. Index Herbariorum: a global directory of public herbaria and associated staff. New York Botanical Garden’s Virtual Herbarium. Disponível em . Acesso em 9 novembro 2022.

Descargas

Publicado

2023-09-21

Cómo citar

de Cássia Araújo Pereira, R., Alves Pereira da Silva, R., Vital de Oliveira Neto, E., & Cabral Sales de Melo, M. R. (2023). A tribo Senecioneae (Asteraceae) em Pernambuco, Brasil. Diversitas Journal, 8(3), 3139–3150. https://doi.org/10.48017/dj.v8i3.2655

Número

Vol. 8 Núm. 3 (2023): Educación: una mirada al futuro

Sección

Ciências Biológicas

Licencia

Derechos de autor 2023 Rita de Cássia Araújo Pereira, Rafaela Alves Pereira da Silva, Edilton Vital de Oliveira Neto, Maria Rita Cabral Sales de Melo

Creative Commons License

Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución 4.0.

O periodico Diversitas Journal  expressa que os artigos são de unica responsabilidade dos Autores, conhecedores da legislação Brasileira e internacional. Os artigos são revisados pelos pares e devem ter o cuidado de avisar da possível incidencia de plagiarismo. Contudo o plagio é uma ação incontestavel dos autores. A Diversitas Journal não publicará artigos com indicios de Plagiarismos. Artigos com plagios serão tratados em conformidade com os procedimentos de plagiarismo COPE. 

A violação dos direitos autorais constitui crime, previsto no artigo 184, do Código Penal Brasileiro:

“Art. 184 Violar direitos de autor e os que lhe são conexos: Pena – detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano, ou multa. § 1o Se a violação consistir em reprodução total ou parcial, com intuito de lucro direto ou indireto, por qualquer meio ou processo, de obra intelectual, interpretação, execução ou fonograma, sem autorização expressa do autor, do artista intérprete ou executante, do produtor, conforme o caso, ou de quem os represente: Pena – reclusão, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa.”

Crossref
Scopus
Google Scholar
Europe PMC