Potencial erosivo das chuvas do município de Cacimbinhas - AL obtido por modelos matemáticos

Autores/as

  • Julio César Calixto Costa Universidade Federal de Alagoas
  • Renata Rikelly Silva Barbosa Universidade Federal de Alagoas
  • André Luiz Pereira Barbosa Universidade Federal de Alagoas
  • Thaís Rayane Gomes da Silva Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho
  • Márcio Aurélio Lins dos Santos Universidade Federal de Alagoas
  • Cícero Gomes dos Santos Universidade Federal de Alagoas

DOI:

https://doi.org/10.48017/dj.v8i3.2673

Palabras clave:

Erosão do solo, Pluviosidade, Nordeste

Resumen

A erosão hídrica é um processo que consiste no desprendimento, arraste e deposição de partículas de solo. A capacidade que a chuva possui em causar erosão no solo é denominada de erosividade e devido à escassez de dados pluviográficos na maioria dos municípios, utiliza-se dados pluviométricos para determinação desse fator. Objetivou-se determinar a erosividade através de diferentes modelos matemáticos no município de Cacimbinhas – AL. Obteve-se os dados pluviométricos através do portal Hidroweb, entre 1963 a 2000, sendo tabulados para realização do cálculo da chuva, coeficiente de chuva e sua relação com a erosividade utilizando seis equações. A regressão foi realizada através de planilha de cálculo. A média anual de precipitação foi de 687,01 mm. O ano de 1975 obteve o maior registro pluviométrico, enquanto 1998, a menor precipitação. De abril a julho obteve-se as maiores precipitações, e, outubro e novembro os menores índices. O coeficiente de chuva total corresponde a 10,88% da média de precipitação no período estudado. Para todos os modelos matemáticos, os maiores índices de erosividade compreendem os meses de março a julho, enquanto novembro registrou o menor índice deste fator. A correlação entre a erosividade e o coeficiente de chuva foi alta para todos os modelos analisados. A erosividade variou de 246,51 a 4964,13 MJ mm ha-1 h-1 ano-1. Entre março a julho registrou-se o maior potencial erosivo e, em novembro, o menor potencial. Os modelos matemáticos podem ser utilizados para estimar a erovisidade das chuvas no município de Cacimbinhas – AL.

Métricas

Cargando métricas ...

Biografía del autor/a

Julio César Calixto Costa, Universidade Federal de Alagoas

Possui graduação em Agronomia pela Universidade Federal de Alagoas. É mestrando em Ciência do Solo pela Universidade Federal Rural de Pernambuco. Durante a graduação atuou como monitor nas disciplinas de Gênese e Classificação dos Solos e Conservação do Solo, desenvolvendo trabalhos voltados para ambas as áreas, sendo também estagiário no Laboratório de Física do Solo, na Universidade Federal de Alagoas - Campus Arapiraca.

Renata Rikelly Silva Barbosa, Universidade Federal de Alagoas

Possui graduação em Ciências Biológicas pela Universidade Estadual de Alagoas. Atualmente é mestranda em Agricultura e Ambiente pela Universidade Federal de Alagoas (PPGAA/UFAL).

André Luiz Pereira Barbosa, Universidade Federal de Alagoas

Possui graduação em Agronomia pela Universidade Federal de Alagoas e tem experiências em georreferenciamento e extensão rural.

Thaís Rayane Gomes da Silva, Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho

Engenheira Agrônoma formada pela Universidade Federal de Alagoas, mestre em Agricultura e Ambiente pela Universidade Federal de Alagoas e doutoranda em Agronomia (Produção Vegetal) pela Universidade Estadual Júlio de Mesquita Filho. Durante a graduação, participou do Grupo de Estudos Água-Solo-Planta-Atmosfera - Grupo Irriga, desenvolvendo atividades de pesquisa, extensão e inovação tecnológica em manejo de água para irrigação. Pesquisadora na área de Engenharia de Água e Solo, ênfase em Irrigação e Drenagem, com trabalhos voltados para Função de Produção, Consumo Hídrico e Lisimetria, trabalhou com Manejo de Culturas Agrícolas (Hortícolas, Oleaginosas e Frutíferas). Atuou como Diretora de Projetos na MultAgro Júnior: Projetos e Consultorias, Empresa Júnior do curso de Agronomia da UFAL. No mestrado, atuou na linha de pesquisa em Manejo de Ambientes Agrícola e área de concentração em Ciências Agrárias.

Márcio Aurélio Lins dos Santos, Universidade Federal de Alagoas

Engenheiro Agrônomo pelo Centro de Ciências Agrárias da Universidade Federal de Alagoas - CECA/UFAL, Mestre em Agronomia - área de concentração em Irrigação e Drenagem pelo Departamento de Engenharia Agrícola da Universidade Federal do Ceará - DEAg/UFC, Doutor em Agronomia - área de concentração em Irrigação e Drenagem pela Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz da Universidade de São Paulo - ESALQ/USP e pós-doutor em Recursos Hídricos pelo Programa de Pós-Graduação em Recursos Hídricos da Universidade Federal de Sergipe - PRORH/UFS. Professor Associado do Campus de Arapiraca da Universidade Federal de Alagoas, nos Cursos de Graduação em Agronomia e Zootecnia e de Pós-Graduação em Agricultura e Ambiente da Universidade Federal de Alagoas (PPGAA/UFAL).

Cícero Gomes dos Santos, Universidade Federal de Alagoas

Possui graduação em Agronomia pela Universidade Federal de Alagoas e mestrado em Manejo de Solo e Água pela Universidade Federal da Paraíba, doutorado em Agronomia (Ciência do Solo). É professor de Solos, atuando na área de Manejo e Conservação de Solo e da Água no Curso de Agronomia do Campus Arapiraca da Universidade Federal de Alagoas. Tem experiência na área de Agronomia, com ênfase em manejo e conservação do solo.

Citas

Albuquerque, A. W. (1991). Determinação da erosividade das chuvas de Caruaru-PE: 1 Correlação com perdas de solo, 2. Distribuição e probabilidade de ocorrência [Dissertação de mestrado, Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz]. https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11140/tde-20181127-155207/en.php

Amaral, B. S. D., Dantas, J. C., Silva, R. M., & Carvalho Neto, J. F. (2014). Variabilidade espacial da erosividade das chuvas no estado da Paraíba.Revista Brasileira de Geografia Física, v. 7, (04), p. 691-701. https://pdfs.semanticscholar.org/2e5d/cedda2131939807dd71d15a594efe858837b.pdf

Back, A. J. (2018a). Erosividade da chuva para a região do Planalto Serrano de Santa Catarina, Brasil. Revista de Ciências Agrárias, v. 41, (2), p. 298-308. https://doi.org/10.19084/RCA17264

Back, A. J. (2018b). Fator Erosividade e características das chuvas erosivas para a região do Planalto norte de Santa Catarina. Agropecuária Catarinense, Florianópolis, v.31, (1), p.61-66, jan./abr. https://publicacoes.epagri.sc.gov.br/RAC/article/view/116

Carvalho, N.O. Hidrossedimentologia Prática., 2ª ed. (2008). Interciência, Rio de Janeiro: Interciência, Brazil. 599 p. Cogo, N. P., Levien, R., & Schwarz, R. A. (2003). Perdas de solo e água por erosão hídrica influenciadas por métodos de preparo, classes de declive e níveis de fertilidade do solo. Revista Brasileira de Ciência do Solo, v. 27, (4) p.743-753. https://doi.org/10.1590/S0100-06832003000400019

Costa, R. L., de Mello Baptista, G. M., Gomes, H. B., dos Santos Silva, F. D., da Rocha Júnior, R. L., de Araújo Salvador, M., & Herdies, D. L. (2020). Analysis of climate extremes indices over northeast Brazil from 1961 to 2014.Weather and Climate Extremes, v. 28, 100254. https://doi.org/10.1016/j.wace.2020.100254

Cprm, Serviço Geológico do Brasil. Projeto cadastro de fontes de abastecimento por água subterrânea. Diagnóstico do município de Cacimbinhas, estado de Alagoas. (2005). Organizado: João da Costa Mascarenhas, Breno Augusto Beltrão, Luiz Carlos de Souza Júnior. Recife: CPRM/PRODEEM, 12p. https://rigeo.cprm.gov.br/jspui/bitstream/doc/15246/1/rel_cadastros_cacimbinhas.pdf

Duarte, M. L., & da Silva Filho, E. P. (2019). Estimativa da erosividade da chuva na bacia hidrográfica do rio Juma com base em dados do satélite TRMM/Estimation of rain erosion in the Juma river basin based on TRMM satellite data.Caderno de Geografia, v. 29 (56). https://doi.org/10.5752/P.2318-2962.2019v29n56p45

Fournier, F. (1960). Climat et erosion. Paris, Press Universitairies de France, 201p. https://gallica.bnf.fr/ark:/12148/bpt6k3376435p/f18.item.texteImage

Leprun, J. C. (1981). A erosão, a conservação e o manejo do solo no nordeste brasileiro: balanço, diagnóstico e novas linhas de pesquisas. Recife: SUDENE. https://horizon.documentation.ird.fr/exl-doc/pleins_textes/divers15-12/02805.pdf

Lombardi Neto, F. (1977). Erosividade das chuvas - sua distribuição e relacionamento com a perda de solo em Campinas, Brasil. West Lafayette: Purdue University, 53 p. Lombardi Neto, F. & Moldenhauer, W. C. (1992). Erosividade da chuva: sua distribuição e relação com perdas de solo em Campinas (SP). Bragantina, Campinas, v.51, (2), p.189-196. https://doi.org/10.1590/S0006-87051992000200009

Machado, R. L., Carvalho, D. F., Rouws, J. R. C., Gomes, D. P., & Eduardo, E. N. (2013). Erosividade das chuvas associada a períodos de retorno e probabilidade de ocorrência no estado do Rio de Janeiro. Revista Brasileira de Ciência do Solo, v.37, p. 529-547. https://doi.org/10.1590/S0100-06832013000200024

Martins, W. L. D., Blanco, C. J. C., & Melo, A. M. Q. (2020). Potencial erosivo das chuvas nos estados do Maranhão e Pará via análise da distribuição espacial da erosividade. Revista Eletrônica do curso de Geografia. Jataí – GO. (36), jan-abr. https://doi.org/10.5216/revgeoamb.vi36.60668

Mello, C. R., Sá, M. A. C., Curi, N., Mello, J. M., Viola, M. R., & Silva, A. M. (2007). Erosividade mensal e anual da chuva no Estado de Minas Gerais. Pesq. agropec. bras., Brasília, v.42, (4), p.537-545, abr. https://doi.org/10.1590/S0100-204X2007000400012

Morais, L. F. B., Silva, V., Naschenveng, T. M. C., Hardoin, P. C., Almeida, J. E. L., Weber, O. L. S., Boel, E., & Durigon, V. (1991). Índice EI30 e sua relação com o coeficiente de chuva do sudoeste do Mato Grosso. Revista Brasileira de Ciência do Solo, Campinas, v.15, (3), p.339-344. http://pascal-francis.inist.fr/vibad/index.php?action=getRecordDetail&idt=5398856

Oliveira Júnior, R.C., & Medina, B.F. (1990). A erosividade das chuvas em Manaus (AM). Revista Brasileira de Ciência do solo, Campinas, v.14, (2), p.235-239, maio/ago. https://www.researchgate.net/profile/Raimundo-Oliveira-Junior-2/publication/292320007_A_erosividade_das_chuvas_em_Manaus_AM/links/5731eb1708ae298602da2b04/A-erosividade-das-chuvas-em-Manaus-AM.pdf

Rosa, A. G., & Sousa, A. M. L. (2018). Erosividade da chuva: distribuição e correlação com a precipitação em Óbidos – PA (Brasil). Revista GeoAmazônia, Belém, v. 6, (11) p. 256–272. repositorio.ufra.edu.br/jspui/handle/123456789/1035

Rosa, A. G., Sousa, A. M. L., Costa, J. A., & Souza, E. B. (2016). Erosividade da chuva em Rondo do Pará, PA, Brasil de 1999 a 2015 e projetada para 2035. Revista Ambiente e Água vol. 11, n. 4, Taubaté – Oct. / Dec. https://doi.org/10.4136/ambi-agua.1956

Rufino, R. L., Biscaia, R. M., & Merten, G. H. (1993). Determinação do potencial erosivo da chuva do estado do Paraná, através de pluviometria: terceira aproximação.Revista brasileira de Ciência do Solo, v.17, (3), p.439-444. http://pascal-francis.inist.fr/vibad/index.php?action=getRecordDetail&idt=4048896

Santos, C. G., Silva, J., Santos, V. R., Santos, I. G. O., Santos, S. B. T., Rocha, J. J. L., & Santos, M. A. L. (2020). Aplicação de modelos matemáticos para estimativa do índice de erosividade das chuvas em Água Branca–AL.Brazilian Journal of Development, v. 6, (11), p. 89947-89964. https://www.brazilianjournals.com/ojs/index.php/BRJD/article/download/20145/16133?__cf_chl_tk=S_55MFmk9N_NT24HYX6cE72AA1qz6SqURnmpDaR9sNU-1680902463-0-gaNycGzNDNA

Santos, G. G., Griebeler, N. P., & de Oliveira, L. F. (2010). Chuvas intensas relacionadas à erosão hídrica. Revista Brasileira de Engenharia Agrícola e Ambiental, v.14, 115-123. https://doi.org/10.1590/S1415-43662010000200001

Silva, A. M., Silva, M. L. N., Curi, N., Avanzi, J. C., & Ferreira, M. M. (2009). Erosividade da chuva e erodibilidade de cambissolo e latossolo na região de Lavras, sul de Minas Gerais. Revista Brasileira de Ciência do Solo, v. 33, p.1811-1820. http://repositorio.ufla.br/handle/1/41961

Silva, R. B., Iori, P., & de Melo Silva, F. A. (2009). Proposição e validações de equações para estimativa da erosividade de dois municípios do estado de São Paulo.Irriga, v.14, (4), 533-547. https://doi.org/10.15809/irriga.2009v14n4p533-547

Silva, T. R. G., Silva, J. F., Lima Rocha, J. J., Souza Barbosa, M., Santos, M. A. L., & Santos, C. G. (2023). Variabilidade espacial do potencial erosivo das chuvas em Alagoas. Revista Brasileira de Climatologia, v. 32, 208-225. https://doi.org/10.55761/abclima.v32i19.16251

Silva, V. P., Pereira, E. R., Azevedo, P. V. D., Sousa, F. D. A., & Sousa, I. F. D. (2011). Análise da pluviometria e dias chuvosos na região Nordeste do Brasil.Revista Brasileira de Engenharia Agrícola e Ambiental, v.15, 131-138. https://doi.org/10.1590/S1415-43662011000200004

Val, L. A.; Bahia, V.G.; Freire, J.C.; Dias Júnior, M.S. (1986). Erosividade das chuvas em Lavras, MG. Ciência e prática, v.10, (2), p.199-209.Wanderley, H. S., Amorim, R. F. C. D., & Carvalho, F. O. D. (2012). Variabilidade espacial e preenchimento de falhas de dados pluviométricos para o estado de Alagoas. Revista Brasileira de Meteorologia, 27, 347-354. https://doi.org/10.1590/S0102-77862012000300009

Wischmeier, W. H., & Smith, D. D. (1978).Predicting rainfall erosion losses: a guide to conservation planning (No. 537). Department of Agriculture, Science and Education Administration. https://books.google.com.br/books?hl=pt-BR&lr=&id=rRAUAAAAYAAJ&oi=fnd&pg=PA1&dq=WISCHMEIER,+W.%3B+SMITH,+D.+Predicting+rainfall+erosion+losses:+a+Guide+to+conservation+planning.+Department+of+Agriculture+Handbook,+N.º+537,+USDA,+Washington,+1978.&ots=cvsnvWlr-U&sig=Fq4poBvZyF2phFALDqJ-Tx5q-XY#v=onepage&q&f=false

Publicado

2023-07-17

Cómo citar

Calixto Costa, J. C., Silva Barbosa, R. R., Pereira Barbosa, A. L., Gomes da Silva, T. R., Lins dos Santos, M. A., & Gomes dos Santos, C. (2023). Potencial erosivo das chuvas do município de Cacimbinhas - AL obtido por modelos matemáticos. Diversitas Journal, 8(3), 2922–2935. https://doi.org/10.48017/dj.v8i3.2673