Cobertura vacinal da Poliomielite no Brasil entre os anos 2012 e 2022: estudo ecológico

Autores

  • Marivânia Monteiro Alves Centro Universitário Maurício de Nassau de Juazeiro do Norte. Juazeiro do Norte, Ceará (CE), Brasil
  • Bianca Fernandes Marcelino Universidade Regional do Cariri. Crato, Ceará (CE), Brasil https://orcid.org/0000-0002-5256-1550
  • Gerliane Filgueira Leite Universidade Regional do Cariri. Crato, Ceará (CE), Brasil https://orcid.org/0000-0003-2688-6244
  • Ingrid Grangeiro Bringel Silva Universidade Regional do Cariri. Crato, Ceará (CE), Brasil
  • Irineu Ferreira da Silva Neto Escola de Saúde Pública do Ceará. Fortaleza, Ceará (CE), Brasil.
  • Izaely Vieira Tavares Centro Universitário Maurício de Nassau de Juazeiro do Norte. Juazeiro do Norte, Ceará (CE), Brasil
  • Monísya Oliveira Ferreira Brandão Escola de Saúde Pública do Ceará. Fortaleza, Ceará (CE), Brasil https://orcid.org/0000-0001-9234-0376

DOI:

https://doi.org/10.48017/dj.v9i2.2722

Palavras-chave:

Cobertura Vacinal, Epidemiologia, Imunização, Poliomielite

Resumo

Avaliar a cobertura vacinal da poliomielite no Brasil entre os anos 2012 e 2022. Trata-se de um estudo ecológico, quantitativo e transversal com busca realizada em abril de 2023. A coleta ocorreu por meio do acesso ao Sistema de Informação do Programa Nacional de Imunização (SI – PNI), disponível no Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS-TABNET) do Ministério da Saúde para cada região segundo o ano e variáveis de estudos entre 2012 e 2022. As variáveis utilizadas no estudo foram: cobertura vacinal, ano e região. No período entre 2012 e 2022, a cobertura vacinal da poliomielite no Brasil foi de 79,17%. A região Norte, apresentou o menor número quando comparada às outras cinco regiões brasileiras, contando com uma média quantitativa de 68,06%. Em relação ao ano com o maior quantitativo na cobertura vacinal, foi o de 2012 no qual a região Centro-Oeste apresentou uma porcentagem de 109% destacando-se em relação as demais regiões. Ao analisar quando se iniciou esse declínio no país, observa-se que os números sofreram uma queda a partir de 2016 intensificando-se em 2020 e solidificando-se em 2022. Diante dos achados expostos, afirma-se a relevância de uma CV ascendente no país, uma vez que diminui as chances de patologias combatidas como a poliomielite serem reintroduzidas no território brasileiro. Ademais, é importante destacar a heterogeneidade em relação ao índice em cada região brasileira, sinalizando como os determinantes e condicionantes influenciam no processo saúde-doença dos indivíduos.

Métricas

Carregando Métricas ...

Biografia do Autor

Marivânia Monteiro Alves, Centro Universitário Maurício de Nassau de Juazeiro do Norte. Juazeiro do Norte, Ceará (CE), Brasil

 0000-0002-2006-359X; Centro Universitário Maurício de Nassau de Juazeiro do Norte. Juazeiro do Norte, Ceará (CE), Brasil. marivaniamonteiro3@gmail.com

Bianca Fernandes Marcelino, Universidade Regional do Cariri. Crato, Ceará (CE), Brasil

0000-0002-5256-1550; Universidade Regional do Cariri. Crato, Ceará (CE), Brasil. biancamarcelino2828@gmail.com.

Gerliane Filgueira Leite, Universidade Regional do Cariri. Crato, Ceará (CE), Brasil

0000-0003-2688-6244; Universidade Regional do Cariri. Crato, Ceará (CE), Brasil. gerliane.filgueira@urca.br.

Ingrid Grangeiro Bringel Silva, Universidade Regional do Cariri. Crato, Ceará (CE), Brasil

0000-0001-5055-0762; Universidade Regional do Cariri. Crato, Ceará (CE), Brasil. Ingridgbringel@gmail.com.

Irineu Ferreira da Silva Neto, Escola de Saúde Pública do Ceará. Fortaleza, Ceará (CE), Brasil.

0000-0002-7443-5651; Escola de Saúde Pública do Ceará. Fortaleza, Ceará (CE), Brasil. yrineuferreira@gmail.com.

Izaely Vieira Tavares, Centro Universitário Maurício de Nassau de Juazeiro do Norte. Juazeiro do Norte, Ceará (CE), Brasil

0000-0003-2104-6764; Centro Universitário Maurício de Nassau de Juazeiro do Norte. Juazeiro do Norte, Ceará (CE), Brasil. izaelytavares022@gmail.com.

Monísya Oliveira Ferreira Brandão, Escola de Saúde Pública do Ceará. Fortaleza, Ceará (CE), Brasil

0000-0001-9234-0376; Escola de Saúde Pública do Ceará. Fortaleza, Ceará (CE), Brasil. monaofb@hotmail.com.

Referências

Araújo, T. M. D., Souza, F. D. O., & Pinho, P. D. S. (2019). Vacinação e fatores associados entre trabalhadores da saúde. Cadernos de Saúde Pública, 35(4). https://doi.org/10.1590/0102-311X00169618.

Barros, A. P., de Lima Garcia, A., Fernandez, B. G., Santana, G. V., Santos, H. D. H., Santos, I. C. L., Elias, R. M., & Dombroski, T. C. D. (2018). A Cobertura Vacinal Da Poliomielite No Brasil Nos Últimos 11 Anos. Caderno de Publicações Univag, (09). https://periodicos.univag.com.br/index.php/caderno/article/download/1205/1382.

Bertti, M. S., & Souza, S. M. B. (2021). Vacinas como agente de imunização. Revista Intelecto/Instituto Municipal de Ensino Superior de Assis–IMESA, 4, 101-107. https://fema.edu.br/images/fema/pesquisa/Intelecto2021/Intelecto_2021_completa_final.pdf#page=101.

Brasil. (2012). Conselho Nacional de Saúde. Resolução no 466 de 12 de dezembro de 2012. https://conselho.saude.gov.br/resolucoes/2012/Reso466.pdf.

Brasil. (2016). Conselho Nacional de Saúde. Resolução no 510 de 07 de abril de 2016. Disponível em: https://conselho.saude.gov.br/resolucoes/2016/Reso510.pdf.

Brasil. (2019). Ministério da Saúde. Poliomielite (Paralisia Infantil). Biblioteca Virtual em Saúde, 2019. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/poliomielite-paralisia-infantil/. Acesso em: 30 abr. 2023.

BRASIL. (2018). Sociedade Brasileira de Pediatria. Poliomielite nas Américas. Departamento Científico de Imunizações, 2018. Disponível em: https://www.sbp.com.br/fileadmin/user_upload/Nota_Polio_SBP_Final_PDF.pdf. Acesso em: 30 abr. 2023.

Carvalho, W. R. I., Souza, G. C., Simões, P., Teixeira, T. N. A., Santos, T. C. D., & Merlini, R. H. C. (2021). Impacto na baixa vacinação contra o sarampo no cenário da pandemia de Covid‐19 no Brasil. The Brazilian Journal of Infectious Diseases, 25, 101529. https://doi.org/10.1016/j.bjid.2020.101529.

Franco, M. A. E., Alves, A. C. R., Gouvêa, J. C. Z., Carvalho, C. C. F., de Miranda Filho, F., Lima, A. M. S., Elesbão, K. O., & Silva, M. G. R. (2020). Causas da queda progressiva das taxas de vacinação da poliomielite no Brasil. Brazilian Journal of Health Review, 3(6), 18476-18486. https://doi.org/10.34119/bjhrv3n6-241.

Greene, S. A., Ahmed, J., Datta, S. D., Burns, C. C., Quddus, A., Vertefeuille, J. F., & Wassilak, S. G. (2019). Progress toward polio eradication—worldwide, January 2017–March 2019. Morbidity and Mortality Weekly Report, 68(20), 458-462. https://www.jstor.org/stable/26675514.

Hamann, E. M., & Tauil, P. L. (2021). Proposta de classificação dos diferentes tipos de estudos epidemiológicos descritivos. Epidemiologia e Serviços de Saúde, 30(1), e2018126. https://doi.org/10.1590/s1679-49742021000100026.

Lins, S. B. H., De Oliveira, L. T., Lopes, G. L., Paulino, M. C. C., Mamede, D. D. L., & Azevedo, D. R. M. (2021). Cobertura vacinal contra febre amarela no estado de goiás, 2009 a 2019. Revista Multidisciplinar em Saúde, 2(4), 100-100. https://doi.org/10.51161/rems/2244.

Nóvoa, T. D. A., Cordovil, V. R., Pantoja, G. M., Ribeiro, M. E. S., dos Santos Cunha, A. C., Benjamin, A. I. M., Silva, C. D. C. C., Silva, T. N., & Santos, F. A. (2020). Cobertura vacinal do programa nacional de imunizações (PNI). Brazilian Journal of Health Review, 3(4), 7863-7873. https://doi.org/10.34119/bjhrv3n4-053.

Oliveira, G. S., Bitencourt, E. L., Amaral, P. F. F., Vaz, G. P., Júnior, P. M. R., & da Costa, S. B. (2020). Cobertura vacinal: uma análise comparativa entre os estados da Região Norte do Brasil. Revista de Patologia do Tocantins, 7(1), 14-17. https://sistemas.uft.edu.br/periodicos/index.php/patologia/article/view/9103.

Sato, A. P. S. (2020). Pandemia e coberturas vacinais: desafios para o retorno às escolas. Revista de Saúde Pública, 54, 115. https://doi.org/10.11606/s1518-8787.2020054003142.

Silveira, B., Bentes, A. A., Andrade, M. C. V., Carvalho, A. L., Diniz, L. M. O., & Romanelli, R. M. C. (2019). Atualização em Poliomielite. Revista Med Minas Gerais, 29, 74-79. https://rmmg.org/exportar-pdf/2628/v29n13a11.pdf.

Sousa, A. N. A. D., & Shimizu, H. E. (2021). Como os brasileiros acessam a Atenção Básica em Saúde: evolução e adversidades no período recente (2012-2018). Ciência & Saúde Coletiva, 26 (8), 2981-2995. https://doi.org/10.1590/1413-81232021268.08972020.

Verani, J. F. D. S. (2020). Poliomielite no Brasil: do reconhecimento da doença ao fim da transmissão. Cadernos de Saúde Pública, 36, 2020. https://doi.org/10.1590/0102-311X00145720.

Vieira, F. S.; & Benevides, R. P. S. (2016). Nota Técnica. Os impactos do novo regime fiscal para o financiamento do Sistema Único de Saúde e para a efetivação do direito à saúde no Brasil. https://repositorio.ipea.gov.br/handle/11058/7270.

Publicado

2024-06-27

Como Citar

Monteiro Alves, M., Marcelino, B. F., Filgueira Leite, G., Bringel Silva, I. G., Ferreira da Silva Neto, I., Vieira Tavares, I., & Ferreira Brandão, M. O. (2024). Cobertura vacinal da Poliomielite no Brasil entre os anos 2012 e 2022: estudo ecológico. Diversitas Journal, 9(2). https://doi.org/10.48017/dj.v9i2.2722