Revisão integrativa sobre o uso indiscriminado de medicamentos para disfunção erétil em indivíduos jovens e adultos
Uma visão dos últimos 20 anos
DOI:
https://doi.org/10.48017/dj.v9i2.2962Palavras-chave:
Disfunção Erétil, Automedicação, Sildenafila, FarmacêuticoResumo
A disfunção erétil é definida como a perda da capacidade de obter e manter uma ereção satisfatória por um determinado período de tempo. Para solucionar esse problema, uma série de medicamentos foram desenvolvidos para essa finalidade. Porém, um grande problema surgiu na sociedade, o uso irracional de medicamentos para disfunção erétil. Portanto, este estudo tem como objetivo realizar uma pesquisa bibliográfica da literatura especificando o uso abusivo de medicamentos para disfunção erétil pela população jovem e adulta. Para isso, realizamos uma revisão de literatura incluindo estudos originais completos publicados nos últimos 10 anos. Foram selecionados apenas estudos realizados em indivíduos de 18 a 59 anos. Foram excluídos artigos que não estavam disponíveis na íntegra, bem como artigos repetidos, editoriais, artigos em outros idiomas e estudos que não tivessem relação com o objeto de estudo. O estado civil não se mostrou fator determinante para o consumo de medicamentos para disfunção erétil. Um ponto inusitado entre todos os estudos foi o fato de que, na maioria dos casos, o medicamento foi adquirido sem receita médica. Entre os principais motivos que induzem e promovem o uso irracional de medicamentos que aumentam a potência sexual destacam-se a curiosidade, a diversão, o estresse ou mesmo um novo parceiro. Além disso, os medicamentos Sildenafil (Viagra), Tadalafil (Cialis) e Vardenafil (Levitra) foram os mais utilizados por jovens e adultos, mesmo sem problemas de disfunção erétil. Concluindo, os dados aqui apresentados servem para esclarecer os motivos pelos quais indivíduos jovens e adultos utilizam indiscriminadamente medicamentos para disfunção erétil mesmo quando não apresentam esse problema.
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