Violência, memória, identidade e literatura de autoria feminina negra
DOI:
https://doi.org/10.48017/dj.v10iEspecial_2.3245Resumo
Neste estudo é ralizada uma análise de como se configura a violência contra a mulher negra, através da análise da obra Nietsche – uma história de poligamia (2004), da escritora moçambicana, Paulina Chiziane, representada aqui pelas personagens Rami, Julieta, Luísa, Saly, Mauá Sualé. Buscamos para essa pesquisa o aporte teórico a partir de questões acerca da subalternidade tratada por Spivak (2010), da colonialidade do poder de Quijano (2010), sobre identidade de Hall (2006), entre outros teóricos que nesse estudo discutem as formas de violências e opressão sofridas pelos colonizados, em especial a mulher negra. A partir da prática teórica e interpretativa, percebemos através da análise dessa obra que a submissão feminina foi mantida durante um longo período, em que as próprias personagens, vítimas de várias formas de violência, simbólicas ou físicas, buscam, através da subjetivação da memória e da identidade, uma reação a essa situação, fazendo-nos refletir sobre o papel da cultura da violência de gênero.
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