Filosofia na escola: a surdez em foco
DOI:
https://doi.org/10.17648/diversitas-journal-v6i1-1422Resumo
RESUMO: Pensar o ensino de Filosofia no século XXI é uma tarefa árdua. Afinal, a Filosofia em si mesma assume características não vistas em sua gênese ou em seus períodos áureos. Em razão deste intento, faz-se necessária uma investigação de natureza dupla. Por um lado, a análise lógica e gramatical das construções conceituais sobre a Escola, o Ensino e a Surdez; por outro, uma análise genética do modus operandi do fazer filosófico na Escola. Tomando como referencial a perspectiva de Educação Popular de Simón Rodríguez, a investigação versa sobre sua institucionalização, ou seja, a necessidade de responder à uma série de demandas sociais – não raramente, representadas pela sujeição à instâncias superiores de diversas naturezas isto é, compreendida enquanto componente curricular. Breves considerações sobre o ensino de Filosofia propriamente dito e seus limites na Escola Básica, para que então se desemboque numa discussão sobre os processos de inclusão de surdos nesse processo. Haja vista que a comunidade surda, em especial, carrega consigo um eminente obstáculo para com grande parte dos ouvintes, convencionalmente chamado de “barreira linguística”. A par das discussões supracitadas e de suas interfaces, é possível sintetizar as dificuldades específicas encontradas na relação entre o componente curricular Filosofia e seu ensino para pessoas Surdas, sobretudo a questão da intradutibilidade de conceitos filosóficos, suscitando que a efetividade do ensino de Filosofia para pessoas surdas está para além do bilinguismo puro e simples.
PALAVRAS-CHAVE: Bilinguismo, Educação Inclusiva, Ensino de Filosofia, Surdez.
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