A abordagem social de linguagem em questões de concurso: implicações da Linguística Aplicada
um olhar para questões de concurso para professor de Língua Portuguesa
DOI:
https://doi.org/10.48017/dj.v7i3.2087Palavras-chave:
Linguagem, linguística aplicada, contemporaneidadeResumo
O objetivo deste artigo é analisar 2 (duas) questões de concurso com base nos pressupostos da LA, focalizando o tratamento da linguagem como prática social. O recorte das questões foi encontrado na prova do concurso público da Secretaria Estadual de Educação do estado de Alagoas, proposto pelo EDITAL Nº 1 – SEDUC/AL, DE 28 DE DEZEMBRO DE 2017, especificamente para o cargo de professor – especialidade: Português. A discussão é composta com, além das considerações iniciais e finais, pontuações acerca da linguagem como pressuposto norteador da pesquisa em LA, tomando como base os estudos da teoria dialógica da linguagem e algumas noções de LA. O estudo aponta que ainda é tímida a presença de uma concepção de língua/linguagem como prática social nas abordagens propostas pelas questões de concurso, o que atribui espaço para a Linguística Aplicada contemporânea permanecer questionando essas realidades e levando-as ao debate científico visando a mudança de postura numa sociedade marcadamente tradicionalista.
Métricas
Referências
Bakhtin, M. (2003). Estética da criação verbal. Trad. P. Bezerra. 4. ed. São Paulo: Martins Fontes.
Bakhtin, M. (1998). Questões de literatura e de estética: a teoria do romance (1934-1935). Trad. Bernadini et al. 4. ed. São Paulo: Unesp.
Benveniste, E. (2005). Problemas de Linguística Geral I. 5. ed. Campinas, SP: Pontes Editores.
Bourdieu, P. (1996). Razões práticas: sobre a teoria da ação. São Paulo: Papirus.
Bronckart, Jean-Paul. (2003). Atividade de linguagem, textos e discursos: por um Interacionismo sócio-discursivo. Trad. Anna Raquel Machado e Péricles Cunha. São Paulo: EDUC.
Chomsky, N. (1965). Aspects of theory of syntax. Cambridge: MIT Press.
De Certeau, M. (1996). A invenção do cotidiano. Petrópolis: Vozes.
Faraco, C. (2009). Linguagem e Diálogo: As idéias lingüísticas do Círculo de Bakhtin. São Paulo: Parábola Editorial.
Ferreira, S. B. (2015). Reflexões sobre a compreensão responsiva ativa de alunos de EJA: um olhar a partir de práticas de letramento. Dissertação (Mestrado em Linguística), Faculdade de Letras, Universidade Federal de Alagoas.
Halliday, M; Hasan, R. (1989). Language, Context and Text: aspects of language in a social-semiotic perspective. Oxford: Oxford University Press.
Kleiman, A. B. (1991). Introdução e um Início: A Pesquisa Sobre Interação e Aprendizagem. Trabalhos em Lingüística Aplicada, Campinas, S.P., v. 18, p. 5-14.
Luz, L. S. F. (2017). Práticas linguístico-discursivas em consígnias e as identidades do docente na constituição de saberes: estudo interpretativo em turmas de Letras Ead do Ifal. Dissertação (Mestrado em Linguística), Programa de Pós-Graduação em Letras e Linguística, Universidade Federal de Alagoas.
Moita Lopes, L. P. (2009). Da aplicação de linguística à linguística aplicada indisciplinar. In: Pereira, R. C; Roca, P. (Org.) Linguística aplicada: um caminho com diferentes acessos. São Paulo: Contexto, p. 11-24.
Moita Lopes, L. P. (Org.). (2006). Por uma linguística aplicada INdisciplinar. São Paulo: Parábola Editorial.
Morin, E. (2000). Ciência com consciência. Rio de Janeiro: Bertrand.
Rampton, B. (2006). Continuidade e mudança nas visões de sociedade em lingüística aplicada. In: Moita Lopes, L. P (Org.). Por uma lingüistica aplicada INdisciplinar. São Paulo SP: Parábola Editorial, 109-128.
Santos, M. V. S. (2017). As constituições do Ethos especular de estudantes estrangeiros/as no aprendizado de português como segunda língua dentro de uma perspectiva dialógica de ensino. Dissertação (Mestrado em Linguística), Programa de Pós-Graduação em Letras e Linguística, Universidade Federal de Alagoas.
Saussure, F. (2006 [1016]). Curso de Linguística Geral. São Paulo: Cultrix.
Signorini, I. (1998). Do residual ao múltiplo e ao complexo: o objeto da pesquisa em linguística aplicada. In: Signorini, I.; Cavalcante, M. (Orgs.). Linguística aplicada e transdisciplinaridade. Campinas: Mercado das Letras, p. 99-110.
Signorini, I. (1995). Letramento e legitimidade de poder em contextos institucionais. DELTA. Documentação de Estudos em Lingüística Teórica e Aplicada, v. 11, p. 185-200.
Silva, R. F. (2018). Identidade e responsividade: uma análise das constituições identitárias responsivas de um professor língua portuguesa de uma escola pública da cidade de Maceió - AL. Dissertação (Mestrado em Linguística), Programa de Pós-Graduação em Letras e Linguística, Universidade Federal de Alagoas.
Volochinov, V. (2017). Marxismo e filosofia da linguagem: Problemas fundamentais do método sociológico na ciência da linguagem. Trad. Sheila Grillo e Ekaterina Vólkova Américo. São Paulo: Editora 34.
Zozzoli, R. M. D. (2012). A noção de compreensão responsiva ativa no ensino e na aprendizagem. Bakhtiniana: Revista de Estudos do Discurso, v. 7, p. 253-269.
Zozzoli, R. M. D. (2015). Conhecimentos linguístico - discursivos na sala de aula de língua portuguesa: desenvolvendo táticas para desobedecer a propostas prontas. Revista Leia Escola, v. 14, p. 40-50.
Arquivos adicionais
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2022 Silvio Nunes da Silva Júnior, Mariana Galdino Santana
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
O periodico Diversitas Journal expressa que os artigos são de unica responsabilidade dos Autores, conhecedores da legislação Brasileira e internacional. Os artigos são revisados pelos pares e devem ter o cuidado de avisar da possível incidencia de plagiarismo. Contudo o plagio é uma ação incontestavel dos autores. A Diversitas Journal não publicará artigos com indicios de Plagiarismos. Artigos com plagios serão tratados em conformidade com os procedimentos de plagiarismo COPE.
A violação dos direitos autorais constitui crime, previsto no artigo 184, do Código Penal Brasileiro:
“Art. 184 Violar direitos de autor e os que lhe são conexos: Pena – detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano, ou multa. § 1o Se a violação consistir em reprodução total ou parcial, com intuito de lucro direto ou indireto, por qualquer meio ou processo, de obra intelectual, interpretação, execução ou fonograma, sem autorização expressa do autor, do artista intérprete ou executante, do produtor, conforme o caso, ou de quem os represente: Pena – reclusão, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa.”