Perfil epidemiológico, tendência temporal e localização geográfica da ocorrência de meningites em Alagoas (2008-2017)
DOI:
https://doi.org/10.48017/dj.v7i4.2397Palavras-chave:
Meningoencefalite, Incidência, Estudos ecológicosResumo
O estudo objetivou descrever o perfil epidemiológico e analisar a tendência e distribuição espacial da ocorrência de meningite em Alagoas, Brasil, no período 2008-2017. Caracteriza-se por ser um estudo ecológico misto envolvendo os casos confirmados de meningite e os óbitos causados pela doença. Os dados foram coletados do SINAN. Foram analisadas variáveis clínico-epidemiológicas e taxas de incidência e letalidade. Para a análise de tendência foi utilizado o modelo de regressão por pontos de inflexão. Na análise espacial foi realizada a suavização pelo modelo bayesiano empírico local, seguida da estatística de Moran global e local. Considerou-se um intervalo de confiança de 95% e significância de 5%. Foram notificados 1365 casos em Alagoas: 59,6% do sexo masculino, 60,7% com até 19 anos e 89,8% pardos. Quanto ao perfil clínico, destacou-se: meningite bacteriana (24,3%), soro grupo Y (14,0%) e diagnóstico pelo quimiocitológico (32,7%). A incidência reduziu de 4,97/100 mil em 2008 para 3,23/100 mil em 2017 (AAPC -7,3%; p<0,001). A taxa de letalidade mostrou tendência de crescimento, passando de 10,3% em 2008 para 15,85% em 2017 (AAPC 4,7%; p<0,001). Concluiu-se que a capital Maceió apresentou a maior concentração de casos notificados (40,7%). As maiores taxas de incidência foram identificadas nos municípios de Marechal Deodoro (36,00/100 mil) e Maragogi (29,63/100 mil). Os municípios prioritários situaram-se na região leste do estado.
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