A Literatura das minorias sob a pena de um triste visionário
DOI:
https://doi.org/10.48017/dj.v9i3.3092Palavras-chave:
Lima Barreto, ViolênciaResumo
Este artigo objetiva estudar a obra de Lima Barreto (1881-1922), cuja produção se encontra associada ao período Pré-Modernista da literatura brasileira, consideradas fundamentais para o estudo da narrativa moderna, pois ele registrou a realidade política, social e cultural da sociedade. Nessa perspectiva, investigamos quais são os fatores literários que, aliados aos fatores da realidade histórica nacional, fizeram com que sua produção chegasse até nós tão atualizados. Barreto escrevia sobre as problemáticas do homem e da mulher em um país, cujos governantes se voltavam cada vez mais aos interesses dos que dominavam pela força e cada vez menos para os interesses do povo – as minorias: negros, indígenas, mulheres e todos que se encontravam à margem de uma sociedade capitalista e excludente. Priorizamos ler o Brasil de Barreto, tomando como embasamento teórico o Materialismo Lacaniano proposto por Slavoj Žižek (2010, 2014), cuja finalidade é estabelecer os pontos em que os fatos narrados se aproximam e se distanciam histórica e socialmente. Trata-se de uma pesquisa bibliográfica e qualitativa, por isso, buscou, na análise da estrutura do romance, estudar as formas da violência sistêmica que marcam/marcaram essas minorias e discutir a literatura como representação do homem em dada sociedade e época. Um dos aspectos mais significativos da obra de Lima Barreto é sua relevância contínua. As questões que ele abordou, como racismo, desigualdade social e exclusão, permanecem atuais e ressoam no Brasil contemporâneo.
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Referências
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