A atuação da Defensoria Pública na garantia do direito de acesso à saúde: uma revisão integrativa.
DOI:
https://doi.org/10.48017/dj.v10i1.3140Abstract
A Constituição Federal de 1988 assegura a garantia constitucional do acesso à justiça, da assistência jurídica integral e gratuita, além de alocar a Defensoria Pública como instituição permanente, essencial à função jurisdicional do Estado. Assim, o presente trabalho tem por objetivo realizar uma revisão integrativa da literatura que trata da atuação da defensoria pública na garantia do direito de acesso à saúde, destacando seu papel e missão constitucional, intimamente atrelados à evolução do direito fundamental de acesso à ordem jurídica justa, instrumento de concretização do mínimo existencial. Trata-se de pesquisa exploratória, com coleta de dados realizada a partir de 11 artigos selecionados, por meio de pesquisa bibliográfica e adotando, ainda, abordagem qualitativa, consubstanciada por pesquisa empírica. O presente estudo parte da premissa de que a atuação da Defensoria Pública na judicialização para acesso à saúde pode ser utilizada como instrumento de estruturação do SUS, especialmente em relação à correção de falhas e injustiças para o acesso à saúde pelos cidadãos alagoanos de baixa renda. Foi possível identificar que, durante a pandemia, a Defensoria Pública de Alagoas não mediu esforços para continuar a prestação de serviços junto à comunidade, assegurando o direito constitucional aos usuários do sistema público de saúde e cumprindo seu papel. Mas, estratégias políticas e sociais em sintonia com outros mecanismos e instrumentos de garantia democrática são decisivas ao aperfeiçoamento dos sistemas de saúde e de justiça visando assegurar a efetivo direito à saúde.
Metrics
References
Barroso, L. R. (2009). Da falta de efetividade à judicialização excessiva: direito à saúde, fornecimento gratuito de medicamentos e parâmetros para a atuação judicial. Jurisp. Mineira, 60(188), 29-60.
Biehl, J. (2016). Patient-Citizen-Consumers: judicialization of health and metamorphosis of biopolitics. Lua Nova, (98), 77-105.
Instituto Brasileiro de Geografia Estatística (IBGE). (1998). Pesquisa Nacional por amostras de Domicílios 1998. Rio de Janeiro.
Lima, F. M., & Sant’Ana, M. M. (2016). A Defensoria Pública como instrumento garantidor do acesso à justiça, inclusive às pessoas sem moradia. Rev. Cidadania e Acesso à Justiça, 1(2), 1066-1084.
Sant’Ana, R. N. (2011). A relevante atuação da Defensoria Pública no desenvolvimento do SUS. In Conselho Nacional de Secretários de Saúde (CONASS), Assistência Farmacêutica no SUS (Série: “Para Entender a Gestão do SUS”, livro 7, capítulo 6). Brasília: CONASS.
Sant’Ana, R. N. (2013). O relevante papel da Defensoria Pública na garantia do direito à saúde e na construção do SUS. Cad. IberAmer. Direito. Sanit., 8(3), 440.
Sant’Ana, R. N. (2018). Atuação da Defensoria Pública para a garantia do direito à saúde: a judicialização como instrumento de acesso à saúde. Rev. Bras. Polít. Públicas, 8(3), 194-211.
Silva, E. A., Comaru, F. A., & Silva, S. J. (2018). Direito à moradia e judicialização: atuação da Defensoria Pública Paulista. Estud. Sociol. Araraquara, 23(45), 81-98.
Souza Neto, C. P., & Sarmento, D. (2013). Notas sobre jurisdição constitucional e democracia: a questão da “última palavra” e alguns parâmetros de autocontenção judicial. Quaestio Iuris, 6(2), 119-161.
Souza, M. T., Silva, M. D., & Carvalho, R. (2010). Revisão integrativa: o que é e como fazer. Einstein [Internet], 8(1 Pt 1), 102-106. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/eins/v8n1/pt_1679-4508-eins-8-1-0102.
Ursi, E. S., & Gavão, C. M. (2006). Prevenção de lesões de pele no perioperatório: revisão integrativa da literatura. Rev Latino Am Enfermagem, 14(1), 124-131. DOI: http://dx.doi.org/10.1590/S0104-11692006000100017.
Ventura, M., Simas, L., Pepe, V. L. E., & Schramm, F. R. (2010). Judicialização da saúde, acesso à justiça e a efetividade do direito à saúde. Revista de Saúde Coletiva, 20(1), 77-100.
Vieira, F. S., & Zucchi, P. (2007). Distorções causadas pelas ações judiciais à política de medicamentos no Brasil. Rev. Saúde Pública, 41(2), 214-222.
Espero que isso ajude! Se precisar de mais alguma coisa, estou à disposição.
Downloads
Published
How to Cite
Issue
Section
License
Copyright (c) 2025 Clarissa Cavalcante, Ana Lydia de Albuquerque Peixoto

This work is licensed under a Creative Commons Attribution 4.0 International License.
The Diversitas Journal expresses that the articles are the sole responsibility of the Authors, who are familiar with Brazilian and international legislation.
Articles are peer-reviewed and care should be taken to warn of the possible incidence of plagiarism. However, plagiarism is an indisputable action by the authors.
The violation of copyright is a crime, provided for in article 184 of the Brazilian Penal Code: “Art. 184 Violating copyright and related rights: Penalty - detention, from 3 (three) months to 1 (one) year, or fine. § 1 If the violation consists of total or partial reproduction, for the purpose of direct or indirect profit, by any means or process, of intellectual work, interpretation, performance or phonogram, without the express authorization of the author, the performer, the producer , as the case may be, or whoever represents them: Penalty - imprisonment, from 2 (two) to 4 (four) years, and a fine. ”