Potencial germinativo de sementes de feijão caupi, cv. BRS Potengi, após condicionamento fisiológico

Autores/as

  • Bruna Tuane de Souza Caçula Universidade Federal Rural de Pernambuco, Unidade Acadêmica de Serra Talhada, UFRPE- UAST, Pernambuco – Brasil
  • Monalisa Alves Diniz da Silva Universidade Federal Rural de Pernambuco
  • Joyce Naiara da Silva Universidade Federal da Paraíba
  • Lauizy de Andrade Bezerra Universidade Federal Rural de Pernambuco

DOI:

https://doi.org/10.48017/dj.v7i1.2109

Palabras clave:

Potencial Fisiologico, Vigna unguiculata (L.) Walp., hidrocondicionamento

Resumen

O condicionamento fisiológico consiste de uma técnica que visa estimular o metabolismo das sementes frente às situações adversas, sendo aplicada para diversas culturas de expressão econômica, destacando-se o feijão caupi pela sua relevância, principalmente nas regiões Norte e Nordeste do Brasil.  Dessa forma, o presente trabalho teve como objetivo avaliar o efeito do condicionamento fisiológico e posterior secagem sobre o potencial germinativo das sementes de feijão caupi, cv. BRS Potengi. O primeiro experimento consistiu em comparar se o uso das mesmas sementes para todos os períodos de embebição (experimento I) ou a utilização de novas sementes a cada período poderiam interferir na construção da curva de embebição (30’; 1; 3; 6; 9; 12; 18 e 24 horas). Previamente foi avaliado o período de embebição necessário para que as sementes atingissem a fase II do processo trifásico de embebição, sem iniciar a fase III. No segundo experimento, utilizando a metodologia II de embebição, as sementes após cada período de embebição foram divididas em duas frações, sendo uma delas mantida úmida (fração úmida) até a semeadura e a outra submetida ao processo de secagem (fração seca). Foi utilizado o delineamento inteiramente casualizado, adotando-se para o segundo experimento um esquema fatorial 2×7 + testemunha (sementes sem embebição), ou seja, presença e ausência de secagem após o condicionamento fisiológico × períodos de embebição. Avaliou-se: teor de água; germinação (protrusão da raiz primária); índice de velocidade, coeficiente de velocidade e tempo médio de protrusão da raiz primária e condutividade elétrica. A curva de embebição pode ser conduzida  de forma eficiente utilizando as mesmas sementes durante todos os períodos de avaliação ou fazendo uso de novas sementes a cada período.   Visando-se o uso de menos sementes e uma melhor otimização do tempo para a preparação e a condução do experimento de embebição, indica-se a metodologia que utiliza as mesmas sementes para todos os períodos de embebição. O condicionamento fisiológico das sementes por 18 e 24 horas, sem posterior secagem, proporciona uma emissão mais rápida da raiz primária das sementes de feijão caupi, cv. BRS Potengi. O processo de secagem das sementes não interfere no efeito benéfico do condicionamento fisiológico.

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Archivos adicionales

Publicado

2022-01-01

Cómo citar

Caçula, B. T. de S. ., Diniz da Silva, M. A. ., da Silva, J. N. ., & Bezerra, L. de A. . (2022). Potencial germinativo de sementes de feijão caupi, cv. BRS Potengi, após condicionamento fisiológico. Diversitas Journal, 7(1), 0090–0105. https://doi.org/10.48017/dj.v7i1.2109