Letramento científico no ensino de Biologia: o planejamento pedagógico no Programa Residência Pedagógica
DOI:
https://doi.org/10.48017/dj.v7i4.2228Palabras clave:
PRP, formação inicial, Ensino de Biologia, metodologias ativasResumen
Este artigo se debruça sobre a produção textual de nove residentes do Programa Residência Pedagógica (PRP), voltado para a formação inicial, pertencentes ao subprojeto Biologia. Entendendo o professor de Biologia como um fomentador do letramento científico, lançou-se uma questão fundamental: são os residentes, ao longo de sua formação no PRP, capazes de realizar o letramento científico junto aos estudantes da Educação Básica? Objetivou-se descrever sobre competência docente a partir da produção de estratégias pedagógicas no PRP, especificamente a produção de planos de aula contendo as metodologias ativas Experimentação Científica e Sequência de Ensino por Investigação (SEI). Para atender o objetivo proposto foi utilizado como método a pesquisa documental, com a abordagem qualitativa, do tipo descritiva. Os planos de aula elaborados foram analisados sob a lupa de três critérios: clareza dos objetivos educacionais, domínio do pensamento científico e domínio das metodologias utilizadas. A análise revelou que todos os nove residentes são cientificamente letrados e capazes de expressar com clareza os objetivos educacionais em seus planos de aula. Além disso, uma diversidade de graus de apropriação do conhecimento científico foi observada, com residentes dominando o método científico completamente e utilizando estratégias ousadas de letramento, enquanto outros permaneceram conservadores, atrelados a uma visão antiquada de ciência, numa concepção iluminista. Em relação às estratégias pedagógicas elaboradas, apenas dois residentes não compreenderam a caracterização das metodologias ativas abordadas, aplicando metodologias passivas. Tal descaracterização pode ser explicada por uma formação básica e acadêmica ainda muito arraigada na passividade discente, ao que o PRP tem o potencial de desconstruir. Conclui-se assim, que a jornada dos residentes no programa foi auspiciosa, apesar dos entraves encontrados em algumas concepções arcaicas de ciência e ensino.
Métricas
Citas
BRASIL (2019). PORTARIA Nº 259, DE 17 DEZEMBRO DE 2019. Dispõe sobre o regulamento do Programa de Residência Pedagógica e do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (PIBID). https://www.in.gov.br/en/web/dou/-/portaria-n-259-de-17-dezembro-de-2019-234332362.
Carvalho, A. M. P. (2017). O ensino de ciências e a proposição de sequências de ensino investigativas. In: Carvalho, A.M.P. (org.), Ensino de Ciências por Investigação: condições para implementação em sala de aula. (pp. 1-20). CENCAGE Learning.
Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (2017). A Ciência e a Tecnologia no Olhar dos Brasileiros. CGEE. https://www.cgee.org.br/documents/10182/734063/percepcao_web.pdf.
Chaiklin, S., Pasqualini, J. C. (2011). A zona de desenvolvimento próximo na análise de Vigotski sobre aprendizagem e ensino. Psicologia em Estudo, 16(4), 659-675, out./dez.2011. https://www.scielo.br/j/pe/a/jCGfKbkrHPCr8KyZD4xjB3C/?format=pdf&lang=pt.
Committee on Science Literacy and Public Perception of Science (2016). Science Literacy: Concepts, Contexts, and Consequences. The National Academies Press.
Cunha, R. B. (2017). Alfabetização científica ou letramento científico?: interesses envolvidos nas interpretações da noção de scientific literacy. Revista Brasileira de Educação, 22(68), 169-186, jan./mar.2017. https://www.scielo.br/j/rbedu/a/cWsmkrWxxvcm9RFvvQBWm5s/?lang=pt&format=pdf.
Demo, P. (2015). Educar pela Pesquisa. (10ªed.) Editora Autores Associados.
Flach, P. Z. S., Del Pino, J. C. (2016). Afinal, para que servem a história e a filosofia da biologia?. Educação Por Escrito, 7(2), 236-252, jul.dez, 2016. https://revistaseletronicas.pucrs.br/ojs/index.php/porescrito/article/view/23151/15376.
Giani, K. (2010). A experimentação no Ensino de Ciências: possibilidades e limites na busca de uma Aprendizagem Significativa [Dissertação de mestrado, Universidade de Brasília]. Secretaria da Educação do Estado do Paraná. http://www.educadores.diaadia.pr.gov.br/arquivos/File/fevereiro2013/ciencias_artigos/dissertacao_experimentacao_2010_KellenGiani.pdf.
Gil, A.C. (2002). Como elaborar projetos de pesquisa. (4ªed). Atlas.
IBCL (2018). ILC - Indicador de Letramento Científico Sumário executivo de resultados. http://iblc.org.br/wp-content/uploads/2018/01/1-relatorio-executivo-ilc-fcc.pdf.
Ignácio, L. E. (2015). O progresso da ciência: uma análise comparativa entre Karl R. Popper e Thomas S. Kuhn [Dissertação de mestrado, Universidade Federal de Santa Maria]. Manancial - Repositório Digital da UFSM. https://repositorio.ufsm.br/bitstream/handle/1/9154/IGNACIO%2c%20LEONARDO%20EDI.pdf?sequence=1&isAllowed=y.
Libâneo, J. C. (2013). Didática. (2ªed). Cortez.
Massola, G. M., Crochík, J. L., Svartman, B.P. (2015). Por uma crítica da divulgação científica. Psicologia USP, 26(3), 310-315, 2015.
Ministério da Educação. (2018). Base Nacional Comum Curricular. http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/BNCC_EI_EF_110518_versaofinal_site.pdf.
Morais, J., Kolinsky, R. (2016). Literacia científica: leitura e produção de textos científicos. Educar em Revista, 62, 143-162, out./dez.2016. https://www.scielo.br/j/er/a/TmTWQKJc88Sv3htgPfvXSVb/?lang=pt&format=pdf#:~:text=A%20literacia%20cient%C3%ADfica%20significa%20que,m%C3%A9todos%20utilizados%20para%20ger%C3%A1%2Dla.
Nóvoa, A. (org.) (1992). Vidas de professores. Porto Editora.
Oliveira, F. F. B., Bôto, A. H. V., Silva, S. C., Cavalcante, M. M. D. (2013). A relação entre teoria e prática na formação inicial docente: percepções dos licenciandos de pedagogia. Anais V FIBED, 2013. https://www.editorarealize.com.br/artigo/visualizar/3646.
Prodanov, C. C., Freitas, E.C. (2013). Metodologia do trabalho científico: métodos e técnicas da pesquisa e do trabalho acadêmico. (2ªed). Universidade Fevale.
Santos, T.S. (2019). METODOLOGIAS ATIVAS DE ENSINO-APRENDIZAGEM. Biblioteca Campus Olinda.
Santos, V.S., Machado, A. C. F., Rizzatti, I. M. (2019). A importância da experimentação no ensino de ciências para o entendimento do ciclo da água: uma proposta para a educação infantil. ACTIO, 4(3), 131-145, set./dez. 2019. https://periodicos.utfpr.edu.br/actio/article/view/10416/7323#:~:text=Assim%2C%20as%20atividades%20envolvendo%20a,na%20preserva%C3%A7%C3%A3o%20dos%20recursos%20h%C3%ADdricos.
Saviani, D. (2012). Escola e Democracia (42ªed.). Autores Associados.
Shen, B. S. P. (1975). Science Literacy: Views: Public understanding of science is becoming vitally needed in developing and industrialized countries alike. American Scientist, 63(3), 265-268, mai./jun. 1975.https://www.jstor.org/stable/27845461.
Tardif, M. (2008). Saberes docentes e formação profissional (9ªed). Vozes.
Zabala, A. (1998). A prática educativa: como ensinar. Artmed.
Archivos adicionales
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
Derechos de autor 2022 Felipe Rodrigues de Andrade, Lilian Carmen, Jussara Lima
Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución 4.0.
O periodico Diversitas Journal expressa que os artigos são de unica responsabilidade dos Autores, conhecedores da legislação Brasileira e internacional. Os artigos são revisados pelos pares e devem ter o cuidado de avisar da possível incidencia de plagiarismo. Contudo o plagio é uma ação incontestavel dos autores. A Diversitas Journal não publicará artigos com indicios de Plagiarismos. Artigos com plagios serão tratados em conformidade com os procedimentos de plagiarismo COPE.
A violação dos direitos autorais constitui crime, previsto no artigo 184, do Código Penal Brasileiro:
“Art. 184 Violar direitos de autor e os que lhe são conexos: Pena – detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano, ou multa. § 1o Se a violação consistir em reprodução total ou parcial, com intuito de lucro direto ou indireto, por qualquer meio ou processo, de obra intelectual, interpretação, execução ou fonograma, sem autorização expressa do autor, do artista intérprete ou executante, do produtor, conforme o caso, ou de quem os represente: Pena – reclusão, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa.”