Gardnerella vaginalis em secreções vaginais presentes em mulheres quilombolas no município de Bequimão-MA
DOI:
https://doi.org/10.48017/dj.v8i3.2626Palabras clave:
ISTs, Gardnerella vaginalis, Vaginose bacterianaResumen
O sistema reprodutor feminino confere a forma em que a vagina e o colo uterino são órgãos considerados complexos, concentra quantidade considerável de bactérias aeróbias e anaeróbias da microbiota natural vaginal. A Gardnerella vaginalis tem um papel fundamental no desenvolvimento de vaginose bacteriana, já que a vagina é um ambiente adequado para sua colonização, inclusive por bactérias anaeróbias estritas, que estão associadas ao quadro de VB. Caracterizar a relação entre a presença de secreções vaginais com a infecção por Gardnerella vaginalis em mulheres quilombolas. Trata-se de um estudo descritivo, de corte transversal, a população foi constituída de mulheres quilombolas entre 15 e 75 anos de idade. Os dados foram coletados com base no formulário de requisição de exame citopatológico, foi realizada entrevista e colhidas informações pessoais e dados sociodemográficos. De um total de 140 participantes, 25% foram positivas para Gardnerella vaginalis. Em relação a faixa etária entre 31-45 anos ocorreu uma prevalência de 44,3%, encontrou-se p= 0,8344. Com relação ao estado civil, o maior grupo foi o de mulheres casadas ou união estável com 75 integrantes, sendo que apenas 14 mulheres (18,66%) estão associadas com a Gardnerella vaginalis com p= 0,2843. Em relação ao teste de Amsel, teste de Whiff e Cells, foi encontrado p <0,0001. O perfil sociodemográfico das mulheres quilombolas, demonstrou maior frequência de mulheres em idade entre 31 a 45 anos, que estudaram até o ensino fundamental, que eram casadas, não etilistas e não fumantes. A inflamação relacionada com a Gardnerella vaginalis, representou 25% dos exames realizados.
Métricas
Citas
Agorastos, T., Chatzistamatiou, K., Katsamagkas, T., Koliopoulos, G., Daponte, A., Constantinidis, T., ... & HERMES Study Group. (2015). Primary screening for cervical cancer based on high-risk human papillomavirus (HPV) detection and HPV 16 and HPV 18 genotyping, in comparison to cytology. PloS one, 10(3), e0119755.
Amaral, A. F., Araújo, E. S., Magalhães, J. C., Silveira, É. A., Tavares, S. B. D. N., & Amaral, R. G. (2014). Impacto da capacitação dos profissionais de saúde sobre o rastreamento do câncer do colo do útero em unidades básicas de saúde. Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia, 36, 182-187.
Aragão, FBA, dos Santos, GRB, de Lobão, WJM, de Oliveira, AP, Monteiro, SG, Santos, LM, ... & Batista, JE (2019). Associação do perfil microbiológico com alterações citológicas em mulheres quilombolas atendidas em unidades básicas de saúde.Medicina (Ribeirão Preto) , 52 (4), 311-318.
Boyanova, Lyudmila et al. Gardnerella vaginalis in urinary tract infections, are men spared?. Anaerobe, v. 72, p. 102438, 2021.
Bagnall, P., & Rizzolo, D. (2017). Bacterial vaginosis: A practical review. Journal of the American Academy of PAs, 30(12), 15-21.
Bitew, A., Abebaw, Y., Bekele, D., & Mihret, A. (2017). Prevalence of bacterial vaginosis and associated risk factors among women complaining of genital tract infection. International Journal of Microbiology, 2017.
Chávez, N., Molina, H., Sánche, J., Gelaye, B., & Sánchez, S. E. (2009). Duchas vaginales y otros riesgos de vaginosis bacteriana. Revista peruana de medicina experimental y salud pública, 26(3), 299-306.
Castro, Joana et al. Gardnerella vaginalis enhances Atopobium vaginae viability in an in vitro model. Frontiers in Cellular and Infection Microbiology, v. 10, p. 83, 2020.
Fethers, K. A., Fairley, C. K., Morton, A., Hocking, J. S., Hopkins, C., Kennedy, L. J., ... & Bradshaw, C. S. (2009). Early sexual experiences and risk factors for bacterial vaginosis. The Journal of infectious diseases, 200(11), 1662-1670.
Fonseca, A. J. D., Ferreira, L. P., Dalla-Benetta, A. C., Roldan, C. N., & Ferreira, M. L. S. (2010). Epidemiologia e impacto econômico do câncer de colo de útero no Estado de Roraima: a perspectiva do SUS. Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia, 32, 386-392.
Forsum, U., Holst, E., Larsson, P. G., Vasquez, A., Jakobsson, T., & Mattsby‐Baltzer, I. (2005). Bacterial vaginosis–a microbiological and immunological enigma. Apmis, 113(2), 81-90.
Graves, K., Ghosh, A. P., Kissinger, P. J., & Muzny, C. A. (2019). Trichomonas vaginalis virus: a review of the literature. International journal of STD & AIDS, 30(5), 496-504.
Hernández, J. A. S., García, L. L. C., González, E. V., Gordillo, L. V., & Tapia, J. A. R. (2007). Diagnóstico clínico, de laboratorio y tratamiento de la vaginosis por Gardnerella vaginilis. Universitas médica, 48(4), 382-395.
Janulaitiene, M., Paliulyte, V., Grinceviciene, S., Zakareviciene, J., Vladisauskiene, A., Marcinkute, A., & Pleckaityte, M. (2017). Prevalence and distribution of Gardnerella vaginalis subgroups in women with and without bacterial vaginosis. BMC infectious diseases, 17, 1-9.
Jespers, V., Crucitti, T., Menten, J., Verhelst, R., Mwaura, M., Mandaliya, K., ... & Vaginal Biomarkers Study Group. (2014). Prevalence and correlates of bacterial vaginosis in different sub-populations of women in sub-Saharan Africa: a cross-sectional study. PloS one, 9(10), e109670.
Kim, J. M., & Park, Y. J. (2017). Probiotics in the prevention and treatment of postmenopausal vaginal infections. Journal of Menopausal Medicine, 23(3), 139-145.
Linhares, I. M., Giraldo, P. C., & Baracat, E. C. (2010). Novos conhecimentos sobre a flora bacteriana vaginal. Revista da Associação Médica Brasileira, 56, 370-374.
McNeil, CJ, Tan, A., Powell, JA, Pontius, A., Lewis, A., Myler, N., & Schwwebke, JR (2022). Avaliando a eficácia da erradicação da colonização vaginal de Gardnerella vaginalis com amoxicilina: um estudo randomizado, duplo-cego, de fase 2. Doenças sexualmente transmissíveis , 49 (2), 133–138.
Mitra A, MacIntyre DA, Marchesi, JR, Lee YS, Bennett PR, Kyrgiou M. A microbiota vaginal (2016) a infecção pelo papilomavírus humano e neoplasia intraepitelial cervical: o que sabemos e para onde vamos a seguir? Microbioma.
Morrill, Sydney; GILBERT, Nicole M.; LEWIS, Amanda L. Gardnerella vaginalis as a cause of bacterial vaginosis: appraisal of the evidence from in vivo models. Frontiers in cellular and infection microbiology, v. 10, p. 168, 2020.
Neto P. G.S.G. Vaginose bacteriana por Gardnerella vaginalis. Monografia (Pós graduação “Lato Sensu” em Citologia Clínica). Universidade Paulista e Centro de Consultoria Educacional, Recife- PE, 2011.
O'Hanlon, D. E., Moench, T. R., & Cone, R. A. (2011). In vaginal fluid, bacteria associated with bacterial vaginosis can be suppressed with lactic acid but not hydrogen peroxide. BMC infectious diseases, 11(1), 1-8.
Oliveira LMA. Diversidade bacteriana e determinação da carga de Gardnerella vaginalis, Atopobiumvagina e, Mobiluncus spp., Mycoplasmahominis e Lactobacillus spp. em amostras de secreção vaginal de mulheres com e sem diagnóstico clínico de vaginose bacteriana. 2014. 107 f. Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal de Juiz de Fora. Juiz de Fora, 2014.
Santana, Jean Railan et al. Prevalência de Gardnerella vaginalis em mulheres atendidas em uma Unidade Básica de Saúde no município de Macapá-AP. Pubsaúde,[SL], v. 5, p. 1-6, 2021.
Silva, D. S. M. D., Silva, A. M. N., Brito, L. M. O., Gomes, S. R. L., Nascimento, M. D. D. S. B., & Chein, M. B. D. C. (2014). Rastreamento do câncer do colo do útero no Estado do Maranhão, Brasil. Ciência & Saúde Coletiva, 19, 1163-1170.
Soares MC, Mishima SM, Silva RC, Ribeiro CV, Meincke SMK, Corrêa ACL. (2011) Câncer de colo uterino: atenção integral à mulher nos serviços de saúde. Revista Gaúcha Enfermagem.
Sobel, J. D., Subramanian, C., Foxman, B., Fairfax, M., & Gygax, S. E. (2013). Mixed vaginitis—more than coinfection and with therapeutic implications. Current infectious disease reports, 15, 104-108.
Swidsinski, A., Doerffel, Y., Loening-Baucke, V., Swidsinski, S., Verstraelen, H., Vaneechoutte, M., ... & Mendling, W. (2010). Gardnerella biofilm involves females and males and is transmitted sexually. Gynecologic and obstetric investigation, 70(4), 256-263.
Teixeira, P. M. (2018). Prevalência e fatores associados à vaginose bacteriana em mulheres atendidas pelo SUS no município de Ouro Preto/MG.
Verstraelen, H., & Swidsinski, A. (2013). The biofilm in bacterial vaginosis: implications for epidemiology, diagnosis and treatment. Current opinion in infectious diseases, 26(1), 86-89.
Vodstrcil L.A, Hocking JS, Law M, Walker S, Tabrizi SN, Fairley CK, et al. A contracepção hormonal está associada a um risco reduzido de vaginose bacteriana: uma revisão sistemática e meta-análise.PLoS ONE. 2013;8(9):e73055.
Wessels, D., Lusche, D. F., Voss, E., Kuhl, S., Buchele, E. C., Klemme, M. R., ... & Soll, D. R. (2017). Melanoma cells undergo aggressive coalescence in a 3D Matrigel model that is repressed by anti-CD44. PloS one, 12(3), e0173400.
Xavier, M. P., de Carvalho, T. A., do Vale, B. N., & Boas, A. F. V. (2017). Incidência de Alterações da Microbiota (Vaginose) por Gardnerella vaginalis em Mulheres Sexualmente Ativas. Revista Eletrônica de Ciências Humanas, Saúde e Tecnologia, 1(11), 13-27.
Yang, S., Zhang, Y., Liu, Y., Wang, J., Chen, S., & Li, S. (2017). Clinical significance and characteristic clinical differences of cytolytic vaginosis in recurrent vulvovaginitis. Gynecologic and obstetric investigation, 82(2), 137-143
Descargas
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
Derechos de autor 2023 Francisca Bruna Arruda Aragão, William Dutra Texeira , Carlos Eduardo Mendonça Batista, Graciomar Conceição Costa, Francisco Bruno da Silva Aragão, Denise Alves Santos, Neemias Costa Duarte Neto, José Eduardo Batista
Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución 4.0.
O periodico Diversitas Journal expressa que os artigos são de unica responsabilidade dos Autores, conhecedores da legislação Brasileira e internacional. Os artigos são revisados pelos pares e devem ter o cuidado de avisar da possível incidencia de plagiarismo. Contudo o plagio é uma ação incontestavel dos autores. A Diversitas Journal não publicará artigos com indicios de Plagiarismos. Artigos com plagios serão tratados em conformidade com os procedimentos de plagiarismo COPE.
A violação dos direitos autorais constitui crime, previsto no artigo 184, do Código Penal Brasileiro:
“Art. 184 Violar direitos de autor e os que lhe são conexos: Pena – detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano, ou multa. § 1o Se a violação consistir em reprodução total ou parcial, com intuito de lucro direto ou indireto, por qualquer meio ou processo, de obra intelectual, interpretação, execução ou fonograma, sem autorização expressa do autor, do artista intérprete ou executante, do produtor, conforme o caso, ou de quem os represente: Pena – reclusão, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa.”