As mulheres extrativistas da “Associação Aroeira” em Piaçabuçu, Alagoas

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DOI:

https://doi.org/10.17648/diversitas-journal-v6i2-1792

Resumo

RESUMO: O debate em torno da organização do trabalho de mulheres rurais extrativistas, embora ainda seja incipiente é importante nos estudos contemporâneos, tendo em vista a necessidade de compreender os modos de vida e de organização dessas mulheres e demais grupos sociais que mantém a economia agroextrativista e fortalecem os projetos de desenvolvimento numa perspectiva da sustentabilidade. Neste contexto, este trabalho busca identificar as estratégias de sobrevivência adotadas pelas mulheres extrativistas organizadas pela “Associação Aroeira” e a importância do trabalho associado neste processo. Trata-se de um estudo de caso, onde foram realizadas entrevistas semiestruturadas, além das observações e anotações registradas em diário de campo. Os resultados demonstram que as mulheres possuem uma lógica reprodutiva baseada nos recursos naturais locais e nas suas múltiplas ocupações, dentre elas a pesca, sua principal atividade, o extrativismo sustentável da pimenta rosa e agroindustrialização de produtos agroextrativistas, bem como, elas organizam suas estratégias socioprodutivas através do associativismo.  A Associação, enquanto espaço de organização social e produtiva, viabilizou o trabalho coletivo, a melhoria das condições de produção, a comercialização e a capacitação técnica das extrativistas. Constatou-se também, a importância social atribuída à atuação das mulheres na Associação, posto o maior reconhecimento de sua força de trabalho e a conquista de maior afirmação social, dentro e fora do grupo doméstico.

PALAVRAS-CHAVE: Associativismo, mulheres rurais, Protagonismo feminino, extrativismo sustentável.

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Biografia do Autor

Sonia Maria Pessoa Pereira Bergamasco, Faculdade de Engenharia agrícola (FEAGRI/UNICAMP)/ professora titular

Possui graduação em Agronomia pela Universidade de São Paulo (1969), mestrado em Extensão Rural pela Universidade Federal de Viçosa (1976) e doutorado em Agronomia (Agricultura) pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (1974). Pós-doutorado pela Universidade Estadual de Campinas (1980), especialização em Extensão Rural para o Deesnvolvimento Sócioeconomico pela Agricultural University - Wageningen (1985), pós-doutorado pela École de Hautes Études en Sciences Sociales (1990/91) e pós-doutorado pela École de Hautes Études en Sciences Sociales (2000/01). Atualmente é professora titular da Universidade Estadual de Campinas. Tem experiência na área de Agronomia, com ênfase em Extensão Rural, atuando principalmente nos seguintes temas: desenvolvimento rural sustentável, reforma agrária e assentamentos rurais.

Luciano Celso Brandão Guerreiro Barbosa, Universidade Federal de Alagoas/Professor Adjunto IV CAMPUS DO SERTÃO

Líder do Grupo de Pesquisa: Centro de Estudos em Ecodesenvolvimento, Ruralidades, Gestão (CEERG)
Professor Adjunto IV na Unidade Santana do Ipanema - CAMPUS DO SERTÃO/UFAL
Pós-Doutor em Sociologia (PPGS/UFPR)
Doutor em Meio Ambiente e Desenvolvimento (MADE/UFPR)
Mestre em Desenvolvimento e Meio Ambiente (PRODEMA/UFAL)
Bacharel em Ciências Econômicas (UFAL)

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Publicado

2021-06-02

Como Citar

Maciel, K. N., Bergamasco, S. M. P. P., & Barbosa, L. C. B. G. (2021). As mulheres extrativistas da “Associação Aroeira” em Piaçabuçu, Alagoas. Diversitas Journal, 6(2), 2791–2809. https://doi.org/10.17648/diversitas-journal-v6i2-1792

Edição

Seção

Dossiê Temático - Desenvolvimento e Sustentabilidade