A Fragilidade e relação com teste de caminhada de seis minutos.

Reabilitação cardiovascular: série de casos

Autores

  • Caroline Melo Silveira Universidade Federal de Uberlândia, Brasil
  • Ana Julia Garcia de Almeida Universidade Federal de Uberlândia, Brasil
  • Clesnan Mendes-Rodrigues Universidade Federal de Uberlândia, Brasil https://orcid.org/0000-0002-8871-7422
  • Erica Carolina Campos Universidade Federal de Uberlândia, Brasil

DOI:

https://doi.org/10.48017/dj.v9i4.2788

Palavras-chave:

Fragilidade, Reabilitação

Resumo

Objetivo: avaliar a fragilidade em pacientes com doenças cardiovasculares e o desempenho no teste de caminhada de seis minutos (TC6) em participantes do programa de reabilitação cardiovascular ambulatorial (RCV). Métodos: Estudo retrospectivo, descritivo, de pacientes acima de 60 anos participantes da RCV no período de abril de 2021 até abril de 2023. Dados do TC6 e estimativa da capacidade cardiorrespiratória (ACR) e escala CFS foram obtidos pré e pós RCV, expressos em média±desvio padrão. Resultados: Doze prontuários foram avaliados: idade média de 68,3±6,58 anos, 5 homens e 7 mulheres. A CFS pré e pós reabilitação foi respectivamente de 5,0±1,28 e 3,75±1,48. As distâncias do TC6 pré e pós RCV foram de 292,33±88,86 e 375,16±111,80 metros (m), respectivamente. A velocidade média do TC6 pré e pós RCV foi de 48,71±14,80 e 62,52±18,64 m/min, respectivamente. Os pacientes apresentam escala CFS entre vulnerável, levemente frágil, moderadamente frágil e muito frágil; com melhora após RCV para levemente frágil, vulnerável, regular, ativo e muito ativo. Houve incremento na distância percorrida e na velocidade média de execução do TC6, o que refletiu também na melhora da aptidão cardiorrespiratória (ACR) estimada de muito baixa à boa após RCV. Conclusão: Quanto maior a fragilidade, menor foi o desempenho e a velocidade nos TC6 e o programa de exercícios supervisionados promoveu o incremento na capacidade funcional tornando-os mais ativos, uma estratégia importante para promover adaptações sistêmicas benéficas que contribuem para melhora funcional.

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Biografia do Autor

Caroline Melo Silveira, Universidade Federal de Uberlândia, Brasil

0009-0002-4235-8775, Curso de Fisioterapia, Universidade Federal de Uberlândia, Uberlândia, Minas Gerais (MG), Brasil. carolinemellosillveira@gmail.com

Ana Julia Garcia de Almeida, Universidade Federal de Uberlândia, Brasil

0009-0003-0593-8313, Curso de Fisioterapia, Universidade Federal de Uberlândia, Uberlândia, Minas Gerais (MG), Brasil. anagarciadealmeida@ufu.br

Clesnan Mendes-Rodrigues, Universidade Federal de Uberlândia, Brasil

0000-0002-8871-7422; Curso de Enfermagem, Universidade Federal de Uberlândia, Uberlândia, Minas Gerais (MG), Brasil.clesnan@ufu.br

Erica Carolina Campos, Universidade Federal de Uberlândia, Brasil

Fisioterapeuta; Mestre em ciências; doutorado e pós-doutorado em Patologia Cardiovascular; Professor de Reabilitação Cardiovascular da Faculdade de Fisioterapia e Educação Física da Universidade Federal de Uberlândia - Brasil

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Publicado

2024-11-30

Como Citar

Silveira, C. M., Almeida, A. J. G. de, Mendes-Rodrigues, C., & Campos, E. C. (2024). A Fragilidade e relação com teste de caminhada de seis minutos. : Reabilitação cardiovascular: série de casos. Diversitas Journal, 9(4). https://doi.org/10.48017/dj.v9i4.2788