Diagnóstico dos estabelecimentos agropecuários de Alagoas
DOI:
https://doi.org/10.17648/diversitas-journal-v6i2-1507Resumo
RESUMO: O Estado de Alagoas, com população de 3,1 milhões de habitantes distribuídos em 27,8 mil km2, apresenta diferentes desigualdades socioeconômica e ambiental, principalmente no meio rural. Com o objetivo de descrever as características dos estabelecimentos agropecuários, foram analisadas informações estatísticas referentes ao censo agropecuário 2017 (estrutura agrária do imóvel, condição legal do produtor, faixa etária, escolaridade, gênero, práticas de manejo e crédito rural), Incra (assentamentos), Secretaria de Saúde de Alagoas (intoxicação por agrotóxicos) e Emater (projeto Dom Helder Câmara). Identificou-se 98,5 mil estabelecimentos agropecuários, ocupando 1,6 milhões de hectares, em que 61,8% pertencem a 4,2% de produtores, indicando acúmulo de terras, confirmado pelo índice de Gini (0,861). Existem 164 assentamentos que beneficiam 12,5 mil famílias. A população tem entre 25 e 55 anos (55,3%), das quais 46,2% não sabem ler e escrever, predominando a mão de obra masculina (76,7%). A falta de assistência técnica (93,8%) reflete em práticas insustentáveis de manejo, a exemplo do uso de agrotóxicos, registrando-se 1.110 intoxicações. Observou-se que 87,9% dos produtores não tiveram acesso a crédito. O projeto Dom Helder Câmara, com auxílio financeiro e assistência técnica, melhorou a qualidade de vida de 1.974 famílias de 21 municípios do alto e médio sertão. Estas informações indicam que grande parte dos estabelecimentos desempenham atividades ligadas a agricultura familiar e que ações de assistência técnica poderão minimizar os problemas socioeconômicos e ambientais enfrentados pela população agrícola de Alagoas.
PALAVRAS-CHAVE: Agricultura familiar, Arranjos produtivos locais, Assistência técnica.
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