Diversidade florística entre fragmentos de Caatinga, Piauí, Brasil
DOI:
https://doi.org/10.48017/dj.v7i2.1865Palavras-chave:
conservação, estudo fitossociológico, estrutura horizontal.Resumo
O bioma Caatinga é caracterizada por vegetação xerófita e, apresenta uma rica diversidade florística, porém, se encontra fragmentada pela ação antrópica. Esse trabalho teve como objetivo, avaliar as diferenças florísticas e estruturais entre fragmentos de Caatinga com diferentes níveis de conservação no estado do Piauí. Foram alocadas 26 parcelas de 20 m × 20 m, dividido em duas áreas (AI e AII). Foram mensurados todos os indivíduos vivos com diâmetro na altura do peito ≥ 5 cm. Na AI foram mensurados 1532 indivíduos vivos distribuídos em 14 famílias botânicas e 38 espécies. As famílias com maior número de espécies foram Fabaceae (18), Apocynaceae (2) Myrtaceae (2) e Combretaceae (2). Já na área II foram amostrados 787 indivíduos, 10 famílias e 30 espécies. As famílias Fabaceae (16), Combretaceae (2) e Euphorbiaceae (2) foram as mais representativas em número de espécies. Os índices de diversidade de Shannon e equabilidade de Pielou foram de 2,71 nats/ind e 0,76 AI e 2,60 nats.ind-1 0,75 AII, respectivamente. As espécies Combretum glaucocarpum, Cenostigma macrophyllum, Pterocarpus villosus, Hymenaea eriogyne e Ephedranthus pisocarpus juntas contribuíram com 56,28% do valor de importância na AI. Combretum glaucocarpum, Pityrocarpa moniliformis, Cenostigma macrophyllum, Combretum leprosum e Machaerium sp, juntas contribuíram com 56,40% do valor de importância na AII. Nas duas áreas houve diferenças nos parâmetros fitossociológicos, o que explica processos de regeneração distintos.
Métricas
Referências
Almeida-Cortez, J. S., Tavares, F. M., Schulz, K., Pereira, R. C. A., & Cierjacks, A. (2016). Floristic survey of the caatinga in areas with different grazing intensities, Pernambuco, Northeast Brazil. Journal of Environmental Analysis and Progress, 1(1), 43-51, 2016. https://doi.org/10.24221/jeap.1.1.2016.986.43-51
Alvares, C. A., Stape, J. L., Sentelhas, P. C., Gonçalves, J. L. M., & Sparovek, G. (2013). Köppen’s climate classification map for Brazil. Meteorol Z. 22(6), 711-728, 2013. https://doi.org/10.1127/0941-2948/2013/0507
Alves, A. R., Ribeiro, I. B., Sousa, J. R. L., Barros, S. S., & Sousa, P. Silva. (2013). Análise da estrutura vegetacional em uma área de caatinga no município de Bom Jesus, Piauí. Revista Caatinga, 26(4), 99-106, 2013. http://periodicos.ufersa.edu.br/index.php/sistema
Andrade, L. K. F., Silva, W., M., & Quirino, Z. G. M. (2020). Levantamento florístico do Parque das Pedras, Pocinhos – PB. Braz. J. of Develop., 6(8), 60757 - 60769, 2020. https://doi.org/10.34117/bjdv6n8-478
APG IV. (2016). Angiosperm Phylogeny Group. An update of the Angiosperm Phylogeny Group classification for the orders and families of flowering plants: APG IV. Bot J Linn Soc. 181: 1-20, 2016. https://doi.org/10.1111/boj.12385
Bulhões, A. A., Chaves, A. D. C. G., Almeida, R. R. P., Ramos, Í. A. N., Silva, R. A., Andrade, A. B. A., & Silva, F. T. (2015). Levantamento Florístico e Fitossociológico das Espécies Arbóreas do Bioma Caatinga realizado na Fazenda Várzea da Fé no Município de Pombal-PB. Informativo Técnico do Semiárido, Mossoró, 9(1), 51-56, 2015. https://www.gvaa.com.br/revista/index.php/INTESA/article/view/3220
Carvalho, W. S., Santos, L. R. S., Oliveira, S. F., Oliveira, F. M. Pereira.; Arnan, X., & Leal, I. R. (2020). Formigas como provedoras de serviços ecossistêmicos na Caatinga: Como informar a sociedade sobre pesquisas ecológicas. Journal of Environmental Analysis and Progress, 5 (3), 281-287, 2020. https://doi.org/10.24221/jeap.5.3.2020.3118.281-287
Chaves, A. D. C. G., Santos, R. M. S., Santos, J. O., Fernandes, A. A., & Maracajá, P. B. (2013). A importância dos levantamentos florístico e fitossociológico para a conservação e preservação das florestas. Agropecuária Científica no Semiárido, 9(2), 43-48, 2013. 10.30969 / acsa.v9i2.449. http://dx.doi.org/10.30969/acsa.v9i2.449
Colli-Silva, M., Ivanauskas, N. M., & Souza, F. M. (2019). Diagnóstico do conhecimento da biodiversidade de plantas vasculares nas unidades de conservação do estado de São Paulo. Rodriguésia, 70(1), 1-11, 2019. https://doi.org/10.1590/2175-7860201970068
Dias, P. M. S., Diodato, M. A., & Grigio, A. M. Levantamento fitossociológico de remanescentes florestais no Município de Mossoró-RN. (2014). Revista Caatinga, Mossoró, 27(4), 183-190, 2014. http://periodicos.ufersa.edu.br/index.php/sistema
FINGER, C. A. G. (1992). Fundamentos de Biometria Florestal. Santa Maria: UFSM/CEPEF/FATEC, 1992. 269 p.
Freire, M. M., Lughadha, E. N., Filer, D. L., Araújo, F. S., & Martins, F. R. (2014). A catalogue of the vascular plants of the Caatinga Phytogeographical domain: a synthesis of floristic and phytosociological surveys”. Phytotaxa, 160: 1-118, 2014. https://doi.org/10.11646/phytotaxa.160.1.1
Freitas, A. D. S., Silva, T. O., Menezes, R. S. C., Sampaio, E. V. S. B., Araújo, E. R., & Fraga, V. S. (2011). Nodulação e fixação de nitrogênio por forrageiras da caatinga cultivadas em solos do semiárido paraibano. Rev Bras Zootec. 40(9), 1856-1861, 2011. https://doi.org/10.1590/S1516-35982011000900003
Fundação de Ciência e Tecnologia (RS). (2006). Software Mata Nativa 2: manual do usuário. Viçosa: Cientec, 2006. 295 p.
Hammer, Ø., Harper, D. A. T., & Ryan, P. D. (2001). PAST: Pacote de software de estatísticas paleontológicas para educação e análise de dados. Palaeontologia Electronica, 4(1), 1-9, 2001.
Hencker, C., Assis, A. M., & Lirio, E. J. (2012). Fitossociologia de um trecho de floresta estacional semidecidual no município de Itarana (ES). Natureza on line, 10(3), 153-159, 2012.
Holanda, A. C., Lima, F. T. D., Silva, B. M., Dourado, R. G., & Alves, A. R. (2015). Estrutura da vegetação em remanescentes de caatinga com diferentes históricos de perturbação em Cajazeirinhas (PB). Revista Caatinga, 28(4), 142 – 150, 2015. https://doi.org/10.1590/1983-21252015v28n416rc
Leitão, A. C., Vasconcelos, W. A., Cavalcante, A. M. B., Tinôco, L. B. M., & Fraga, V. S. (2014). Florística e estrutura de um ambiente transicional Caatinga – Mata Atlântica. Revista Caatinga, 27(3), 200-210, 2014. https://periodicos.ufersa.edu.br/index.php/caatinga/article/view/3229#:~:text=A%20flor%C3%ADstica%20registrou%20108%20esp%C3%A9cies,mais%20importante%20foi%20a%20Myrtaceae.
Leite, J. A. N., Araújo, L. V. C., Arriel, E. F., Chaves, L. F. C., & Nóbrega, A. M. F. (2015). Análise quantitativa da vegetação lenhosa da Caatinga em Teixeira, PB. Pesquisa Florestal Brasileira, Colombo, 35(82), 89-100, 2015. http://dx.doi.org/10.4336/2015.pfb.35.82.584
Macedo, W. S., Silva, L. S., Alves, A. R., & Martins, A. R. (2019). Análise do componente arbóreo em uma área de ecótono Cerrado-Caatinga no sul do Piauí, Brasil. Scientia Plena, 15(1), 1-11, 2019. . http://dx.doi.org/10.14808/sci.plena.2019.010201
Medeiros, F. S., Souza, M. P., Cerqueira, C. L., Alves, A. R., Souza, M. S., & Borges, C. H. A. (2018). Florística, fitossociologia e modelagem da distribuição diamétrica em um fragmento de Caatinga em São Mamede-PB. ACSA, Patos-PB, 14(2), 85-95, Abril-Junho, 2018. http://dx.doi.org/10.30969/acsa.v14i2.900
Monteiro, E. R., Mangolin, C. A., Neves, A. F., Orasmo, G. R., Silva, J. G. M., & Machado, F. P. S. (2015). Genetic diversity and structure of populations in Pilosocereus gounellei (F.A.C.Weber ex K.Schum.) (Cactaceae) in the Caatinga biome as revealed by heterologous microsatellite primers. Biochem System Ecol. 58(2), 7-12, 2015. http://dx.doi.org/10.1016/j.bse.2014.10.006
Müller-Dombois, D., Ellemberg, H. (1974). Aims and methods of vegetation ecology. New York: John Wiley e Sons; 1974. 547p.
Oliveros, J. C. Venny: uma ferramenta interativa para comparar listas com os diagramas de Venn [Internet]. 2015 [citado em 18 de Janeiro de 2022]. Disponível em: https://bit.ly/2ZJOWNU
Queiroz, L. P., Cardoso, D., Fernandes, M., & Moro, M. F. (2017). “Diversity and evolution of flowering plants of the Caatinga domain”. In: da Silva, J. C, Leal, I, & Tabarelli, M. (eds.), Caatinga: the largest tropical dry forest region in South America. Cham: Springer. (p. 23-63). http://dx.doi.org/10.1007/978-3-319-68339-3_2
RMFC. (2005). Rede de Manejo Florestal da Caatinga: protocolo de medições de parcelas permanentes. Comitê Técnico Científico da Rede de Manejo Florestal da Caatinga - Recife: Associação Plantas do Nordeste. (p. 21). https://books.google.com.br/books/about/Rede_de_manejo_florestal_da_caatinga.html?id=1jj-ewEACAAJ&redir_esc=y
Rocha, S. J. S. S., Torres, C. M. M. E., Jacovine, L. A. G., Schettini, B. L. S., Villanova, P. H., Rufino, M. P. M. X., & Viana, Á. B. T. (2019). Efeito da borda na estrutura e estoque de carbono de uma Floresta Estacional Semidecidual. Adv. For. Sci., Cuiabá, 6(2), 645-650, 2019. http://dx.doi.org/10.34062/afs.v6i2.7635
Sabino, F. G. S., Cunha, M. C. L., & Santana, G. M. (2016). Estrutura da vegetação em dois fragmentos de caatinga antropizada na Paraíba. Floresta e Ambiente, 23(4), 487-497, 2016. https://doi.org/10.1590/2179-8087.017315
Santos, W. S., Souza, M. P., Nóbrega, G. F. Q., Medeiros, F. S., Alves, A. R., & Holanda, A. C. (2017). Caracterização florístico-fitossociológica do componente lenhoso em fragmento de caatinga no município de Upanema-RN. Nativa, Sinop, 5(2), 85-91, mar./abr. 2017. https://doi.org/ 10.5935/2318-7670.v05n02a02
Silva, J. M. C., & Barbosa, L. C. F. (2017). Impact of human activities on the Caatinga. In: Caatinga. Springer, Cham. p. 359- 368, 2017. doi: 10.1007/978-3-319-68339-3_13
Silva, L. S., Costa, T. R., Salomão, N. V. Alves, A. R., Santos, T. R., & Machado, E. L. M. (2020). Mudanças temporais na estrutura vegetacional de um fragmento de Caatinga, sul do Piauí. Scientia Plena, 16(2), 1-12, 2020. https://doi.org/10.14808/sci.plena.2020.020203
Silva, L. A., Costa, T. R., Gonzaga, A. P. D., & Machado, E. L. M. (2020). Diversity of α and β in two fragments of seasonal deciduous forest. Floresta e Ambiente, 27(4), e20180285, 2020. https://doi.org/10.1590/2179-8087.028518
Souza, M. P., Coutinho, J. M. C. P., Silva, L. S., Amorim, F. S., & Alves, A. R. (2017). Composição e estrutura da vegetação de caatinga no sul do Piauí, Brasil. Revista Verde Agroececologia Desenvolvimento Sustentável, 12(2), 210-217, 2017. https://doi.org/10.18378/rvads.v12i2.4588
Ulloa's, C. U., Acevedo-Rodríguez, P., Beck, S., Belgrano, M. J., Bernal, R., Berry, P. E., Brako, L., Celis, M., Davidse, G., Forzza, R. C., Gradstein, S. R., Hokche, O., León, B., León-Yánez, S., Magill, R. E., Neill, D. A., Nee, M., Raven, P. H., Stimmel, H., Strong, M. T., Villaseñor, J. L., Zarucchi, J. L., Zuloaga, F. O., & Jørgensen, P. M. (2017). An integrated assessment of the vascular plant species of the Americas. Science, 358, 1614-1617, 2017. DOI: 10.1126/science.aao0398
Vasconcelos, A. D. M., Henriques, I. G. N., Souza, M. P., Santos, W. S., Santos, W. S., & Ramos, G. G. (2017). Caracterização florística e fitossociológica em área de Caatinga para fins de manejo florestal no município de São Francisco-PI. ACSA, Patos-PB, 13(4), 329-337, Outubro-Dezembro, 2017. https://doi.org/10.31413/nativa.v8i3.9136
Arquivos adicionais
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2022 Leovandes Soares da Silva
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
O periodico Diversitas Journal expressa que os artigos são de unica responsabilidade dos Autores, conhecedores da legislação Brasileira e internacional. Os artigos são revisados pelos pares e devem ter o cuidado de avisar da possível incidencia de plagiarismo. Contudo o plagio é uma ação incontestavel dos autores. A Diversitas Journal não publicará artigos com indicios de Plagiarismos. Artigos com plagios serão tratados em conformidade com os procedimentos de plagiarismo COPE.
A violação dos direitos autorais constitui crime, previsto no artigo 184, do Código Penal Brasileiro:
“Art. 184 Violar direitos de autor e os que lhe são conexos: Pena – detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano, ou multa. § 1o Se a violação consistir em reprodução total ou parcial, com intuito de lucro direto ou indireto, por qualquer meio ou processo, de obra intelectual, interpretação, execução ou fonograma, sem autorização expressa do autor, do artista intérprete ou executante, do produtor, conforme o caso, ou de quem os represente: Pena – reclusão, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa.”