“Tecnologia é no feminino!”

motivações de ingresso e evasão de mulheres em cursos de TI, Belém-PA

Autores/as

  • Juliana Nazareth dos Santos Andrade Faculdade Estácio do Pará
  • Breno Augusto Pantoja Baena Faculdade Estácio do Pará
  • Flavio Henrique Souza Lobato Universidade Federal do Pará https://orcid.org/0000-0001-9368-2650

DOI:

https://doi.org/10.48017/dj.v8i3.2595

Palabras clave:

Tecnologia da Informação, Mulheres, Ingresso, Evasão, Belém (PA)

Resumen

O presente trabalho objetivou identificar as possíveis causas do baixo número de mulheres em cursos de Tecnologia da Informação (TI) e computação de Instituições de Ensino Superior (IES) sediadas em Belém e Região Metropolitana (PA). A pesquisa foi realizada por meio da aplicação de um questionário online junto a 47 mulheres estudantes ou formadas em cursos de TI na RMB. No que diz respeito aos motivos pelos quais essas mulheres trancaram, abandonaram ou desistiram dos cursos de TI e ou computação, identificou-se questões relacionadas ao machismo, a assédio sexual, ao preconceito, à discriminação, ao questionamento da capacidade cognitiva ou intelectualidade feminina. Nesse sentido, muitas participantes revelaram que se sentiram: isoladas por haver poucas mulheres no curso e também pelo comportamento de colegas homens, incomodadas com “brincadeiras” feitas pelos professores e colegas de sala e, por fim, alvo do preconceito por ser mulher em um curso predominantemente masculino, sendo a orientação sexual por vezes questionada. À luz do exposto, entende-se que a representatividade é um elemento fundamental tanto para a superação de estereótipos e paradigmas como para o incentivo de meninas em seguir carreira nessas áreas, pois demonstra que as mulheres são capazes de realizar trabalhos braçais, resolver equações matemáticas complexas e solucionar problemas operacionais dentro de corporações.

Métricas

Cargando métricas ...

Biografía del autor/a

Juliana Nazareth dos Santos Andrade, Faculdade Estácio do Pará

Graduada em Tecnologia da Informação Faculdade Estácio do Pará (FAP).

Breno Augusto Pantoja Baena, Faculdade Estácio do Pará

Graduação em Tecnologia da Informação na Faculdade Estácio do Pará (FAP).

Flavio Henrique Souza Lobato, Universidade Federal do Pará

Doutorando e Mestre em Planejamento do Desenvolvimento no Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Sustentável do Trópico Úmido (PPGDSTU), pertencente ao Núcleo de Altos Estudos Amazônicos (NAEA) da Universidade Federal do Pará (UFPA). Especialista em Geografia e Meio Ambiente pela UFPA (2019). Graduado em Bacharelado em Turismo pela UFPA (2016), com período sanduíche na Universidade de Coimbra (UC), no curso de Licenciatura em Turismo, Lazer e Patrimônio (2015), como Bolsista de intercâmbio internacional do Programa Santander Universidades Bolsas Ibero-Americanas para Estudantes de Graduação (2014). Atuou como Bolsista de Iniciação Científica do PIBIC/CNPq (2013-2014 | 2014-2015) e da Universidade Federal do Pará - PIBIC/UFPA (2015-2016). Faz parte dos Grupos de Pesquisa em Ecologia humana, natureza e populações amazônicas (EHNAPAM) e em Lazer, Ambiente e Sociedade (GPLAS).

Citas

Avolio, B., Chávez, J., & Vílchez-Román, C. (2020). Factors that contribute to the underrepresentation of women in science careers worldwide: A literature review. Social Psychology of Education, 23(3), 773-794.

Bardin L. (2011). Análise de conteúdo. São Paulo: Edições 70.

Carneiro, S. G., Silva, G. C., Silva, L. A. D., Costa, V. G. D., & da Silva, A. V. (2020). Mulheres nas ciências de exatas, engenharia e computação: uma revisão integrativa. Humanidades e Tecnologia (Finom), 20(1), 159-175.

Christie, M., O'Neill, M., Rutter, K., Young, G., & Medland, A. (2017). Entendendo por que as mulheres estão sub-representadas em Ciência, Tecnologia, Engenharia e Matemática (STEM) no Ensino Superior: um estudo de caso regional. Produção, 27(1), 134-147.

Corrêa, J. M. (2018). A presença feminina nos cursos de engenharia: um estudo quantitativo e qualitativo. In: Congresso Brasileiro de Educação em Engenharia, 2018; Salvador: COBENGE, 1-8.

Cunha, U. F. C. D., Miranda, C. M., & Rambo, M. K. D. (2020). Mulheres nas ciências exatas e tecnologias: um olhar para a Universidade Federal do Tocantins–UFT na perspectiva de gênero. Humanidades & Inovação, 7(2), 276-289.

Flores B. S. (2013). Você já possuía conhecimento prévio de alguma área da computação ao ingressar no curso? [Trabalho de Conclusão de Curso]. Porto Alegre: Universidade Federal do Rio Grande do Sul.

Loch, R. M. B., Torres, K. B. V., & Costa, C. R. (2021). Mulher, esposa e mãe na ciência e tecnologia. Revista Estudos Feministas, 29(1), 1-11.

Marconi M. A., & Lakatos E. M. (2003). Fundamentos da metodologia científica. São Paulo: Atlas.

Margolis, J., & Fisher, A. (2002). Unlocking the clubhouse: women in computing. Cambridge: M.I.T. Press.

Moraes, A. Z. D. (2016). Relações de gênero e a formação de engenheiras e engenheiros. Programa de Pós-Graduação em Educação.

Nascimento, J. S., & Nascimento, Z. S. (2018). Análise da participação de mulheres nos cursos de tecnologia da informação (TI) na Universidade Federal Rural da Amazônia no campus Capitão Poço-Pa. [Trabalho de Conclusão de Curso]. Capitão Poço: Universidade Federal Rural da Amazônia.

Paredes-Walker, V. (2020). Mulheres que marcam precedentes na Engenharia. Sua experiência na carreira acadêmica em uma universidade de pesquisa no Chile. Revista iberoamericana de educación superior, 11(30), 137-159.

Quirino, R., Rosa, M. A. G., & Gonçalves, B. D. O. (2018). Mulheres na engenharia: Desafios e possibilidades. Desafios da educação em engenharia: Inovação e sustentabilidade, aprendizagem ativa e mulheres na Engenharia.

Reis, T. A., Dias, A. S., Oliveira, E. O., Costa, J. A., Cremonezi, G. O. G., & Spers, V. R. E. (2018). Desafios e conflitos da mulher na busca da ascensão na carreira profissional. Revista de Carreiras e Pessoas, 8(3).

Sociedade Brasileira de Computação. (2018). Educação superior em computação: estatísticas. Porto Alegre: SBC. Disponível em: http://sbc.org.br/documentos-da-sbc/summary/133-estatisticas/1167-educacao-superior-em-computacao-estatisticas-2016. Acesso em: 05 fev. 2023.

Sousa, R. M. B. C. D., & Melo, M. C. D. O. L. (2009). Mulheres na gerência em tecnologia da informação: análise de expressões de empoderamento. REGE Revista de Gestão, 16(1), 1-16.

Souza T. P. (2017). A desigualdade de gênero no campo da tecnologia da informação. In: XI Seminário Internacional Fazendo Gênero e XIII Women’s Worlds Congress. Florianópolis. 1-14.

Tonini, A. M., & Araújo, M. T. D. (2019). A participação das mulheres nas áreas de STEM (Science, Technology, Engineering and Mathematics). Revista de Ensino de Engenharia, 38(3), 118-125,

Uamusse, A. A., Cossa, E. F. R., & Kouleshova, T. (2020). A mulher em cursos de ciências, tecnologia, engenharia e matemática no ensino superior moçambicano. Revista Estudos Feministas, 28.

Publicado

2023-07-14

Cómo citar

Nazareth dos Santos Andrade, J., Pantoja Baena, B. A., & Souza Lobato, F. H. (2023). “Tecnologia é no feminino!”: motivações de ingresso e evasão de mulheres em cursos de TI, Belém-PA. Diversitas Journal, 8(3), 2851–2865. https://doi.org/10.48017/dj.v8i3.2595

Número

Sección

Ciências Humanas e Sociais Aplicadas