Relações institucionais e Multidimensionalidade no Semiárido de Alagoas:

uma convivência entre ensino, pesquisa e extensão

Autores

  • José Júnior Universidade Federal de Alagoas/ Docente do curso de Meteorologia - Instituto de Ciências Atmosféricas e Bolsista de Produtividade em Pesquisa do CNPq - Nível 2 https://orcid.org/0000-0002-6131-7605
  • Sr. André Rocha Instituto Federal de Alagoas, Curso de logística https://orcid.org/0000-0001-9625-2090
  • Sr. Valdemir da Silva Docente e pesquisador da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade (FEAC)/Universidade Federal de Alagoas (UFAL) https://orcid.org/0000-0001-5515-382X
  • Sra. Denize Santos Docente e pesquisadora do curso de Geografia/ UNEAL/ Palmeira dos Índios https://orcid.org/0000-0003-4185-8698
  • Carlos Costa UFAL/ FEAC

DOI:

https://doi.org/10.48017/dj.v7i1.2028

Palavras-chave:

Multidimensionalidade, Relações institucionais, Pesquisa-ação

Resumo

O objetivo do estudo qualitativo é descrever a relação institucional e a multidimensionalidade entre
Estado e Comunidade no semiárido alagoano, a partir do ensino, da pesquisa e da extensão. A abordagem teórica sensibilizadora tratou dos temas: relação institucional, para aproximar - horizontalmente - Estado (três organizações públicas de ensino) e Comunidade (agricultores familiares); multidimensionalidade, pela composição de mais de uma área do conhecimento - Administração, Contabilidade, Meteorologia e Geografia; e o tripé ensino, pesquisa e extensão, por envolver na ação docentes e discentes, a partir de um método científico, que para o estudo foi a Pesquisa-Ação (PA) participativa. Este método parte do princípio que deve haver uma demanda social real - a dos agricultores familiares - e que, a partir desta, o conhecimento científico - por mérito - auxilia à condução da ação, ou seja, na resolução dos problemas locais. A coleta dos dados, primordialmente primária, se deu por meio de conversas informais, entrevistas intensivas e questionário. E como considerações, a partir das fases da PA, foi possível desenvolver ações - construídas em consenso entre docentes, discentes e agricultores - tendo em vista a demanda dos agricultores, guiadas pela noção de convivência com o semiárido e da troca de saberes.

Métricas

Carregando Métricas ...

Biografia do Autor

José Júnior, Universidade Federal de Alagoas/ Docente do curso de Meteorologia - Instituto de Ciências Atmosféricas e Bolsista de Produtividade em Pesquisa do CNPq - Nível 2

Universidade Federal de Alagoas/ Docente do curso de Meteorologia - Instituto de Ciências Atmosféricas e Bolsista de Produtividade em Pesquisa do CNPq - Nível 2

Sr. André Rocha, Instituto Federal de Alagoas, Curso de logística

Instituto Federal de Alagoas, Curso de logística

Sr. Valdemir da Silva, Docente e pesquisador da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade (FEAC)/Universidade Federal de Alagoas (UFAL)

Docente e pesquisador da Faculdade de Economia, Administração e
Contabilidade (FEAC)/Universidade Federal de Alagoas (UFAL)

Sra. Denize Santos, Docente e pesquisadora do curso de Geografia/ UNEAL/ Palmeira dos Índios

Docente e pesquisadora do curso de Geografia/ UNEAL/ Palmeira dos Índios

Referências

ALPERSTEDT, G. D.; ANDION, C. Por uma pesquisa que faça sentido. Revista de Administração de Empresas, v. 57, p. 626-631, 2017.

BACHELARD, G. A formação do espírito científico: contribuição para uma psicanálise do conhecimento. Rio de Janeiro: Contraponto, 1996. p. 29-68.

BÁTORA, J. European defence agency: a flashpoint of institutional logics. West European Politics, v. 32, n. 6, p. 1075-1098, 2009.

BURRELL, G.; MORGAN, G. Sociological paradigms and organisational analysis. Pags 1 a 40. London Heinemann, 1979.

CAMPOS, E. F. Ensino, pesquisa, extensão: Contribuições da pesquisa-ação. Actualidades Investigativas en Educación, v. 20, n. 1, p. 533-551, 2020.

CHALUB, L.; FRATE, C.; VICENTIM, F. M. Inserção social e universidades brasileiras: as melhores práticas. In: As novas dimensões da universidade: interdisciplinaridade, sustentabilidade e inserção social. Eli-mar Pinheiro do Nascimento e Alfredo Pena-Veja (orgs.). Rio de Janeiro: Garamond, 2012

CHESANI, F. H. et al. A indissociabilidade entre a extensão, o ensino e a pesquisa: o tripé da universidade. Revista Conexão UEPG, v. 13, n. 3, p. 452-461, 2017.

CORRÊA, T. H. Diálogo e alteridade: a extensão na transversalidade do ensino superior. Revista Triângulo, v. 12, n. 1, p. 119-126, 2019.

CRESWELL, J. Projeto de pesquisa: método qualitativo, quantitativo e misto. Artmed: Porto Alegre, 2010.

DEL-MASSO, M. C. et al. Interdisciplinaridade em extensão universitária. Revista Ciência em Extensão, v. 13, n. 3, p. 2-12, 2017.

DOURADO, G. F. Aprendizados a partir de Sistematizações de experiências da Troca de Saberes: relato de uma prática pedagógica com a Licenciatura em Educação do Campo da UFV. Cadernos de Agroecologia, v. 15, n. 2, 2020.

DURAND, R.; THORNTON, P. H. Categorizing institutional logics, institutionalizing categories: A review of two literatures. Academy of Management Annals, v. 12, n. 2, p. 631-658, 2018.

DUTRA, L. Introdução à Teoria da Ciência. 2. ed. Florianópolis: UFSC, 2003.

FERNANDES, M. et al. Universidade e a extensão universitária: a visão dos moradores das comunidades circunvizinhas. Educação em Revista, v.28, p.169-194, 2012.

FREITAS, M. F.; SOUZA, J. Pensar a formação e a pesquisa na pós-graduação stricto sensu. Educar em Revista, n. 71, p. 09-18, 2018.

FRIEDLAND, R.; ALFORD, R. Bringing Society Back in: Symbols, practices, and institutional contradictions. In: POWELL W. and DIMAGGIO, P. Institutionalism in Organizational Analysis. University of Chicago: Chicago, 1991.

GIULIETTI et al. Diagnóstico da vegetação nativa do bioma Caatinga. In: SILVA, J. M. C.; TABARELLI, M.; FONSECA, M. T.; LINS, L. V. (Org.). Biodiversidade da Caatinga: áreas e ações prioritárias para a conservação. Brasília, DF: Ministério do Meio Ambiente, 2004. p. 48-90.

HUNGER, D. et al. O dilema extensão universitária. Educação em Revista, v.30, p. 335-54, 2014.

JUPIASSU, H. O espírito interdisciplinar. Cadernos Ebape. BR, v.4, n.3, p.01-09, 2006.

LATOUR, B. A esperança de Pandora: ensaios sobre a realidade dos estudos científicos. Bauru, SP: EDUSC, 2001. p. 133-154.

LEAL, I. R.; SILVA, J. M. C.; TABARELLI, M.; LACHER-JUNIOR, T. Mudando o curso da conservação da biodiversidade na Caatinga do nordeste do Brasil. Megadiversidade, v. 1, p. 139-146, 2005.

LEE, M.; LOUNSBURY, M. Filtering institutional logics: Community logic variation and differential responses to the institutional complexity of toxic waste. Organization Science, v. 26, n. 3, p. 847-866, 2015.

LIMA, M. Convivência com o Semiárido: Mobilizações Sociais, Políticas Públicas e Agricultura Familiar. Editora Appris, 2021.

LODI, M.; THIOLLENT, M.; SAUERBRONN, J. Uma Discussão Acerca do Uso da Pesquisa-ação em Administração e Ciências Contábeis. Sociedade, Contabilidade e Gestão, v. 13, n. 1, 2018.

MARCUSE, H. A ideologia da sociedade industrial: o homem unidimensional. Rio de Janeiro: Zhar, 1973.

MOORE, K. et al. Building new partnerships changing institutional relations. In: Centred on Learning. Routledge, 2018. p. 127-152.

MORIN, E. Ciência com consciência. Rio de Janeiro: Bertrand, 2005.

_________. Os sete saberes necessários à educação do futuro. 4ªed. São Paulo (SP): Cortez. Brasília, DF: UNESCO; 2001a.

_________. Introdução ao pensamento complexo. Tradução de Dulce Matos. 3a ed. Lisboa (PT): Instituto Piaget; 2001b

ORLIKOWSKI, W. “The sociomateriality of organisational life: considering technology in management research.” Cambridge Journal of Economics. 125-141. 34, 2009.

PEREZ, O. O Que é Interdisciplinaridade? Definições mais comuns em Artigos Científicos Brasileiros. Interseções: Revista de Estudos Interdisciplinares, v.20, n.2, 2018.

REAY, T.; HININGS, C. Managing the rivalry of competing institutional logics. Organization Studies, v. 30, n. 6, p. 629-652, 2009.

RIBEIRO, K. S. A contribuição da extensão comunitária para a formação acadêmica em fisioterapia. Fisioterapia e pesquisa, v. 12, n. 3, p. 22-29, 2005.

RIBEIRO, M. R.; PONTES, V. M.; SILVA, E. A. A contribuição da extensão universitária na formação acadêmica: desafios e perspectivas. Revista Conexão UEPG, v. 13, n. 1, p. 52-65, 2017.

ROSSATO, M.; MARTÍNEZ, A. M. A metodologia construtiva-interpretativa como expressão da Epistemologia Qualitativa na pesquisa sobre o desenvolvimento da subjetividade. CIAIQ 2017, v. 1, 2017.

SÁ, M. G. Em busca do impacto perdido? Experiências significativas com sentido local em pesquisa, ensino e extensão. Farol-Revista de Estudos Organizacionais e Sociedade, v. 6, n. 15, p. 364-398, 2019.

SAMPAIO, E. V. Caracterização da caatinga e fatores ambientais que afetam a ecologia das plantas lenhosas. In: SALES, V. C. (Org.). In: Ecossistemas brasileiros: manejo e conservação. Fortaleza: Expressão, 2003. p. 129-142. v. 1.

SANTOS, M. C.; SANTOS, P. C. Pesquisa e extensão universitária como sustentação do ensino. Brazilian Journal of Development, v. 5, n. 9, p. 14345-14360, 2019.

SCHATZKI, T. Larger Scales. In: Demanding Ideas: Where theories of practice might go next. England. Working paper. 2014

SILVA, C. O problema do conhecimento e a dissolução do conceito de maldade em Heinrich von Kleist. Tese de doutorado: Universidade Estadual Paulista - Faculdade de Ciências e Letras, Campus Araraquara. 2019. 252 f.

SILVA, R. M. et al. Características produtivas e socioambientais da agricultura familiar no Semiárido brasileiro: evidências a partir do Censo Agropecuário de 2017. Desenvolvimento e Meio Ambiente, v. 55, 2020.

STAKE, R. Pesquisa qualitativa: estudando como as coisas funcionam. Porto Alegre: Penso, 2011.

SUDENE. Delimitação do semiárido de Alagoas. Disponível em: <http://antigo.sudene.gov.br/images/arquivos/semiarido/arquivos/alagoas-delimitacaosemiarido-dezembro2017.jpeg>. Acesso em: 16.08.2021

THIOLLENT, M. Metodologia da pesquisa-ação. São Paulo, Cortez, 2009.

THIOLLENT, M.; OLIVEIRA, L. Participação, cooperação, colaboração na relação dos dispositivos de investigação com a esfera da ação sob a perspectiva da pesquisa-ação. CIAIQ 2016, v. 3, 2016.

THORNTON, P.; JONES, C.; KURY, K. Institutional logics and institutional change in organizations: Transformation in accounting, architecture, and publishing. Research in the Sociology of Organizations, v. 23, p. 125-170, 2005.

THORTON, P.; OCASIO, W. Institutional Logics and the Historical Contingency of Power in Organizations: Executive Succession in the Higher Education Publishing Industry, 1958-1990. American Journal of Sociology, v.105, N.3, Nov, pp.801-43, 1999.

THORNTON, P.; OCASIO, W.; LOUNSBURY, M. The institutional logics perspective: A new approach to culture, structure, and process. Oxford University Press, 2012.

VELANES, D. A Crítica de Gaston Bachelard ao método cartesiano: o cartesianismo como um obstáculo epistemológico? Revista Seara Filosófica, n.14, p.1-19, 2017.

ZILBER, T. Institutional logics and institutional work: Should they be agreed?. Research in the Sociology of Organizations, v. 39, p. 77-96, 2013.

Arquivos adicionais

Publicado

2022-01-01

Como Citar

Júnior, J., Rocha, A., Silva, V., Santos, D., & Costa, C. (2022). Relações institucionais e Multidimensionalidade no Semiárido de Alagoas: : uma convivência entre ensino, pesquisa e extensão. Diversitas Journal, 7(1), 0407–0423. https://doi.org/10.48017/dj.v7i1.2028

Edição

Seção

Economia, Administração e Desenvolvimento Rural