Os (des)caminhos da Educação do Campo em Campos dos Goytacazes: uma análise das políticas públicas educacionais
DOI:
https://doi.org/10.17648/diversitas-journal-v6i1-1575Resumen
RESUMO: O histórico da educação brasileira evidencia que os projetos de educação pensados para o campo não consideram o capital social e as particularidades dos territórios rurais. Ressaltando, as arenas de poder entre a classe dominante e a classe trabalhadora. No campo das políticas públicas educacionais as tensões se concentram nas descontinuidades das ações governamentais voltadas as melhorias da Educação do Campo. O Brasil adota planos educacionais que não condizem com a realidade dos povos do campo, no entanto as políticas públicas conquistadas nas últimas décadas foram um importante passo na luta pela seguridade de direitos da classe trabalhadora. Diante do exposto, o presente projeto de pesquisa tem como objetivo: analisar a implementação das políticas públicas de Educação do Campo no município de Campos dos Goytacazes, no sentido de promover o desenvolvimento dos territórios camponeses. Para tanto elegeu-se como abordagem metodológica a pesquisa qualitativa. Dentre os procedimentos técnicos adotados destacam-se a pesquisa bibliográfica e documental, a realização de entrevistas com sujeitos ligados a Educação do Campo no município e a Caderneta de Campo, como ferramenta auxiliar para a sistematização dos dados. Os resultados da pesquisa apontaram que a Prefeitura Municipal de Campos dos Goytacazes acessa recursos para a implantação de programas voltados a Educação do Campo, mas por falta de “vontade política” os sujeitos do campo continuam sendo invisibilizados. No sentido de mitigar os efeitos deletérios do paradigma educacional sugere-se, por exemplo, a efetiva implantação da matriz de Educação do Campo, aprovada em 2016, pelo município. A adoção da matriz em questão contribuirá com a promoção de um processo de ensino-aprendizagem mais significativo para os estudantes do campo, posto que os coloca como protagonistas do processo formativo.
PALAVRAS-CHAVE: Campesinato, políticas públicas, território.
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