Entre idas e vindas, a casa
DOI:
https://doi.org/10.48017/dj.v8i2.2550Palabras clave:
Espaço, Proteção, RetornoResumen
O presente trabalho, embasado na Teoria do Imaginário, intenta encontrar o itinerário imagético de José Luís Peixoto em o Regresso a casa, partindo das discussões sobre o mito do retorno – ressoado desde a Odisseia – e da Poética do espaço, de Bachelard (2008), uma vez que estas duas imagens (retorno/casa) se encontram imbricadas ao longo da narrativa poética, que parte da volta (e permanência) nas casas agora devido à quarentena, fomentada pela pandemia da Covid-19. Somados a esses dois elementos fundantes do texto, observa-se como o tempo no espaço fechado da casa destrava, no sujeito, sentimentos de medo e incerteza diante do presente. Nesse sentido, verificou-se que a imagem da casa, no livro referido, ainda recupera a simbólica de um espaço protetivo, atualizado na vivência do isolamento social. O mesmo movimento de atualização acontece na recuperação do mito homérico, a partir do qual se pode pensar em como os sujeitos encontraram a necessidade de retornar ao meio familiar por causa da pandemia, ao mesmo tempo em que as imagens de retorno dialogam com a volta à escrita poética e com as viagens do escritor português para outros países, principalmente os asiáticos. Para a realização deste artigo, recorremos aos postulados teórico-metodológicos de Bachelard (2008), Durand (1993), Mello (2002) e outros autores.Métricas
Citas
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