Esquistossomose mansônica: uma análise de indicadores epidemiológicos no estado de Alagoas entre os anos de 2013 e 2015
DOI:
https://doi.org/10.17648/diversitas-journal-v1i3.468Resumen
Esquistossomose é uma doença parasitária causada por vermes trematóides do gênero Schistosoma. Cerca de 258 milhões de pessoas necessitaram de tratamento apenas em 2014. Autóctone da África, a transmissão da esquistossomose foi reportada em 78 países incluindo o Brasil. Classificada como uma doença tropical negligenciada (DTNs) a doença é mais prevalente em regiões tropicais e subtropicais, especialmente dentre parcelas mais pobres da população. Esse trabalho objetivou analisar indicadores epidemiológicos no estado de Alagoas, onde a esquistossomose é uma das principais morbidades que assola o estado. Foram realizadas buscas ativas em bancos de dados (DATASUS/TabWin) e informações pluviométricas mensais/anuais (SEMARH-AL). No triênio avaliado, o ano de 2015 teve menor incidência de casos positivos, ainda assim representa 52,4% dos casos totais positivos para esquistossomose no Brasil. As microrregiões com maiores índices de casos positivos no período são respectivamente, Mata e Quilombo. A microrregião Mata apresentou um dos maiores índices de precipitação pluviométrica, podendo existir uma correlação entre o alto índice de casos positivos com os regimes de chuva, favorecendo o desenvolvimento e disseminação de criadouros dos planorbídeos. As maiores frequências de casos não tratados se deu nas microrregiões Mata e Quilombos, representando 38,2% e 30% da quantidade total de casos indicados à quimioterapia no estado. Estima-se que 33,8% dos casos indicados ao tratamento ficaram sem acesso a quimioterapia. Apesar de Alagoas ter diminuído o número de casos positivos nos últimos três anos, os indicadores epidemiológicos avaliados evidenciam que a esquistossomose continua sendo um grave problema de saúde pública no estado de Alagoas.Métricas
Citas
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