Pressupostos teórico-metodológicos e epistemológicos da Avaliação Educacional na Educação em Ciências
DOI:
https://doi.org/10.48017/dj.v7i1.2056Palabras clave:
Avaliação Educacional, Campo científico, Educação em CiênciasResumen
A avaliação da aprendizagem tem sido foco de estudos ao longo dos últimos anos. Considerada como um campo, área ou disciplina de disputas entre distintos atores sociais (pesquisadores, profissionais da educação, governantes, entre outros), a avaliação educacional apresenta diferentes modelos, paradigmas, abordagens e perspectivas, que se conformaram de diferentes modos ao longo do tempo. Na busca de discutir teoricamente essas questões, principalmente no que concerne à Educação em Ciências, neste estudo, de caráter ensaístico, exploratório e bibliográfico, objetivamos, com base em autores como Bourdieu (1983), Franco (1991), Moreira (2005), Fernandes (2010) e Freire (2014), refletir a respeito das principais questões educacionais e epistemológicas que influenciaram ou influenciam, em alguma medida, a avaliação da aprendizagem. Nossos resultados apontam para uma pluralidade de perspectivas, conceitos e terminologias quando a avaliação é tomada como um campo científico, área de conhecimento ou disciplina acadêmica. Com base na discussão e exposição desses aspectos, evidenciamos e defendemos as potencialidades de uma perspectiva avaliativa que se paute em uma práxis humanizada e que se alicerce em um caráter crítico-reflexivo, em contraposição às perspectivas e modelos objetivistas e subjetivas, que historicamente predominam no âmbito da educação.
Métricas
Citas
ALBUQUERQUE, T. de S. Avaliação, Estado e Sociedade: problematizando a Avaliação como Estratégia de Gestão Educacional. In: ALBUQUERQUE, T. de S.; ABRAMOWICZ, M.; CARVALHO, M. H. da C. (Orgs.). Currículo e Avaliação: uma articulação necessária – textos e contextos. Edições Bagaço. Recife, 2006.
BOURDIEU, P. O Campo científico. In: ORTIZ, R. (Org.) Pierre Bourdieu. São Paulo: Ática, 1983.
ESTEBAN, M. T. Avaliar: ato tecido pelas imprecisões do cotidiano. 23ª Reunião Anual da ANPEd. Caxambu MG, 2000.
FERNANDES, D. Acerca da articulação de perspectivas e da construção teórica em avaliação educacional. In: ESTEBAN, M. T.; AFONSO, A. J. (Orgs.). Olhares e Interfaces: reflexões críticas sobre a avaliação. Cortez Editora, São Paulo, 2010.
FLECK, L. Gênese e Desenvolvimento de um fato científico. Trad. Georg Otte e Mariana C. de Oliveira. Belo Horizonte: Fabrefactum, 2010.
FRANCO, M. L. P. B. Pressupostos epistemológicos da avaliação educacional. In: SOUSA, C. P. de (org.); DEPRESBITERIS, L.; SOUSA, S. Z. L. de. Avaliação do Rendimento Escolar. Coleção Magistério: Formação e trabalho pedagógico, Campinas: Papirus, 1991.
FREIRE, P. Pedagogia do Oprimido. 56ª reimp., Rio de Janeiro: Paz e Terra, (1975); 2014.
_________. Pedagogia da Autonomia: Saberes Necessários à Prática Educativa. 51ª reimpressão, Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2015.
GATTI, B. Reflexões à margem sobre o tratamento dado a questões de avaliação educacional - a propósito de uma leitura. In: FREITAS, L.C. de (Org.). Questões de avaliação educacional (Coleção avaliação: construindo o campo e a crítica). Komedi: Campinas/SP. 2003.
GIL, A. C. Métodos e técnicas de pesquisa social. 6 ed., São Paulo: Atlas, 2008.
LEITE, S. B. Considerações em torno do significado do conhecimento. In: MOREIRA, A. F. B. (org.). Conhecimento Educacional e Formação de Professores. (Coleção Magistério, Formação e Trabalho Pedagógico). Campinas: Papirus Editora, 2ª ed. 1995.
MIRANDA, I L. de. Processo educativo: a práxis intencional e o resgate da cidadania. Rev. Fac. Educ. [online]. v. 24, n. 1, 1998. pp. 87-99.
MIGUEL, K. S.; MONTALVÃO NETO, A. L.; FERRAZ, D. F.; DELLA JUSTINA, L. A. A produção acadêmica sobre avaliação da aprendizagem: um olhar para estudos produzidos na área de Educação em Ciências. Research, Society and Development, v. 10, n.8, p. 1-14, 2021.
MOREIRA, A. F. B. O processo curricular no ensino superior no contexto atual. In: VEIGA, I. P. A.; NAVES, M. L. de P. (Orgs.). Currículo e Avaliação na Educação Superior. Araraquara: Junqueira & Marin, 1º ed., 2005.
PACHECO, J. A. Avaliação Externa das Escolas: Teorias e Modelos. Conferência “Avaliação Externas das Escolas: Modelos, Práticas e Impacto”, Universidade do Minho, 2010.
SEVERINO, A. J. Metodologia do Trabalho Científico. 20ª ed. rev. ampl. São Paulo: Cortez, 1998.
SILVA, J. F. da. Avaliação do ensino e da aprendizagem numa perspectiva formativa reguladora. In: SILVA, J. F.; HOFFMANN, J.; ESTEBAN, M. T. (Orgs.). Práticas avaliativas e aprendizagens significativas: em diferentes áreas do currículo. Porto Alegre: Editora Mediação, 2003. 107p.
SIMAS FILHO, J. P. Cena da Prova Floripa: Um Diálogo com Professoras de Ciências da Rede Municipal de Ensino de Florianópolis. Tese (Doutorado em Educação Científica e Tecnológica). Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 2018.
Archivos adicionales
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
Derechos de autor 2021 José Pedro Simas Filho, Alberto Lopo Montalvão Neto
Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución 4.0.
O periodico Diversitas Journal expressa que os artigos são de unica responsabilidade dos Autores, conhecedores da legislação Brasileira e internacional. Os artigos são revisados pelos pares e devem ter o cuidado de avisar da possível incidencia de plagiarismo. Contudo o plagio é uma ação incontestavel dos autores. A Diversitas Journal não publicará artigos com indicios de Plagiarismos. Artigos com plagios serão tratados em conformidade com os procedimentos de plagiarismo COPE.
A violação dos direitos autorais constitui crime, previsto no artigo 184, do Código Penal Brasileiro:
“Art. 184 Violar direitos de autor e os que lhe são conexos: Pena – detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano, ou multa. § 1o Se a violação consistir em reprodução total ou parcial, com intuito de lucro direto ou indireto, por qualquer meio ou processo, de obra intelectual, interpretação, execução ou fonograma, sem autorização expressa do autor, do artista intérprete ou executante, do produtor, conforme o caso, ou de quem os represente: Pena – reclusão, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa.”